Edifício da antiga Seca do Bacalhau e zona adjacente dos estendais da seca do bacalhau
| IPA.00036290 |
Portugal, Porto, Vila do Conde, Vila do Conde |
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Edifício ligado à seca do bacalhau, construído em meados do séc. 20, constituindo o único armazém subsistente do núcleo inicial, ainda que em muito mau estado, mas com projeto de recuperação. Apresenta planta retangular, comprida, com coberturas em telhados de quatro águas e fachadas evoluindo em dois pisos, rasgadas por vãos retilíneos, atualmente entaipados. A fachada virada ao rio, possui pintura mural dedicada às mulheres que ali trabalhavam. Representa várias mulheres a transportar e a estender o bacalhau sobre as "mesas", tendo como pano de fundo a cidade de Vila do Conde e, de outro lado, um cardume de peixe vivo e bacalhaus escalados; entre as cenas, surge a inscrição: "ESTE FOI O MAR DAS MULHERES / AQUI SE GLORIFICARAM / E AQUI NAUFRAGARAM". Junto ao edifício ainda se conservam muitos dos esteios que compunham as "mesas" onde se colocava o bacalhau, de modo a ser sujeito à incidência dos raios solares e ao ar, para a sua secagem natural. O trabalho, que exigia numerosa mão de obra, normalmente feminina, consistia em descarregar, lavar, em tanques, salgar e levar o bacalhau, todos os dias, para as "mesas" de seca, recolhendo-o depois à tarde. | |
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Edifício e estrutura Edifício
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Descrição
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Acessos
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Vila do Conde, Avenida Marquês Sá da Bandeira; Avenida Júlio Graça. WGS84 (graus decimais) lat.: 41,343230, long.: -8,746167 |
Protecção
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Categoria: CIM - Conjunto de Interesse Municipal, Aviso n.º 4484/2021, DR, 2.ª série, n.º 48 de 10 março 2021 |
Enquadramento
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Urbano, ribeirinho, isolado. Implanta-se a sudeste da cidade, na margem ribeirinha do rio Ave, adaptado ao declive do terreno, e a cerca de 500 m da barra, onde se ergue o Forte de São João Baptista (v. IPA.00005384), a Capela de Nossa Senhora da Guia (v. IPA.00005387) e o edifício dos Socorros a Náufragos. Nas imediações e no limite norte dos "mesas" onde se secava o bacalhau, ergue-se o Centro de Monotorização e Interpretação Ambiental de Vila do Conde, o qual integra estruturas do antigo edifício da Casa do Risco. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Extração, produção e transformação: secagem |
Utilização Actual
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Devoluto |
Propriedade
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Privada: municipal |
Afectação
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Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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1958 - construção do armazém ainda subsistente destinado à seca do bacalhau; posteriormente, recebe vários acrescentos; 1966 - ampliação do edifício do armazém, assumindo a forma atual; a última denominação do conjunto de armazéns é "Organizações Taveira da Mota, Guimarães Cardoso e C.ª Ld.ª; 2020, 10 março - em reunião ordinária da Câmara Municipal de Vila do Conde, delibera-se por unanimidade, classificar o edifício da antiga Seca do Bacalhau e da zona adjacente dos estendais da seca do bacalhau, como Conjunto de Interesse Municipal; 02 abril - publicação da deliberação Camarária a determinar classificar o conjunto, em Aviso n.º 5675/2020, DR, 2.ª série, n.º 66/2020; a Câmara prevê a adaptação do edifício da antiga seca e estendais adjacentes do Centro Artes Náuticas (CAN), com a reconversão do edifício para instalação de um centro interpretativo relacionado com a construção naval de madeira; para execução do projeto, o Município candidatou-se aos EEA Grants, mecanismo de financiamento plurianual criado pela Islândia, pelo Liechtenstein e pela Noruega, como reforço das relações económicas e comerciais com a União Europeia. |
Dados Técnicos
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Materiais
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Bibliografia
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«Município vai reconverter edifício da antiga seca do bacalhau». In Mais Semanário. 08 abril 2020, p. 18. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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EM ESTUDO |
Autor e Data
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Paula Noé 2021 |
Actualização
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