Casa do Brasileiro
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Portugal, Santarém, Tomar, União das freguesias de Tomar (São João Baptista) e Santa Maria dos Olivais |
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Casa de "brasileiro", construída por um emigrante retornado do Brasil, no final do séc. 19 ou início do séc. 20, provavelmente já em Novecentos, considerando que esta foi a época em que mais se recorreu às varandas em ferro. É bastante simples, sem a exuberância típica de algumas destas casas na zona norte do país. É de planta retangular simples, evoluindo em dois pisos, marcada por varandas em duas das suas fachadas, sustentadas por colunas em ferro, levando-nos a crer numa construção oitocentista, mas que nos deixa algumas dúvidas pelo talhe mais moderno da pedra das modinaturas e impostas das arcadas, com características mais eruditas, que atingem o maior expoente na decoração dos pilares do muro, que formam falsas estípites nas almofadas. Este contrasta com a simplicidade da platibanda, em cerâmica vazada, optando por uma decoração de padrão geométrico. | |
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Registo visualizado 66 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Residencial unifamiliar Casa
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Descrição
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Planta retangular simples, de volume único, com cobertura homogénea em telhado de quatro águas, interrompida a do lado sudeste por trapeira recuada, de duas águas e com aba de madeira. Fachadas evoluindo em dois registos de vãos, definidos por friso saliente, rebocadas e pintadas de branco, flanqueadas por cunhais apilastrados, pintados de amarelo, e rematadas em frisos e cornijas, os primeiros também pintados de amarelo, sobrepujadas por platibanda vazada, em tijolo, formando padrão decorativo geométrico, pontuado por acrotérios em tijolo. São rasgadas, de forma regular, por janelas em arcos em asa de cesto, com molduras em cantaria e caixilharias de madeira e vidros simples, protegidos por portadas de madeira internas. Fachada principal virada a sudoeste, marcada por escada central em alvenaria, tendo, no registo inferior uma galeria aberta por arcos de volta perfeita em cantaria que protege as portas e janelas do piso inferior, em número de cinco, onde assenta ampla varanda corrida, saliente, com guarda metálica e acrotérios, que sustentam colunelos em ferro, que sustêm a cobertura; para esta, abrem cinco portas-janelas. A fachada lateral esquerda é marcada por escada central, com guarda em ferro, em alvenaria vazada, permitindo a passagem em túnel, marcado por dois arcos de volta perfeita em cantaria. As escadas acedem a porta central, ladeada por duas janelas de peitoril; a ladear as escadas, duas portas no piso térreo. Fachada lateral direita rasgada por porta ampla, ao centro, de volta perfeita, sobre impostas salientes, ladeada por janelas, a que correspondem, no piso superior, janela central de varandim, com guarda metálica, ladeada por duas janelas de peitoril. Fachada posterior com porta central de volta perfeita, ladeada por duas janelas de peitoril, tendo, no piso superior, varanda corrida com guarda metálica e assente em duas colunas de ferro, para onde abrem as cinco portas-janelas e com acesso direto ao jardim por escada em caracol, também ela em ferro. INTERIOR não observado. |
Acessos
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Tomar, Rua dos Voluntários da República, n.º 42, Praceta Santo André, Rua da Cascalheira. WGS84 (graus decimais): lat.: 39,606759; long.: -8,407413 |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Urbano, isolado, no topo nordeste de um quarteirão que confina com uma rotunda integrada na Estrada Nacional 10, constituindo uma das saídas de Tomar, na direção de Coimbra. Encontra-se numa zona plana, confinando com as vias públicas de que se separa pelo passeio pavimentado a calçada, numa área para onde se ampliou a cidade, em meados do séc. 20, regularizada pelo Plano de Urbanização de tomar, da autoria do arquiteto Carlos Ramos. Está rodeada por edifícios unifamiliares e plurifamiliares datados de meados e de finais do séc. 20, sofrendo forte pressão urbana. Está rodeado por muro de alvenaria, rebocado e encimado por grade de ferro, que contorna uma área ajardinada que envolve a casa, pontuada por árvores de fruto e outros arbustos e tendo um lago. Tem acesso por portões, rasgados no muro virado a norte, confinando com a Rua da Cascalheira, e no virado a sudeste, este pontuado por pilares com almofado em falsa estípite, ostentando decoração vegetalista, que se repete nos pilares que sustentam o portão de acesso. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Residencial: casa |
Utilização Actual
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Devoluto |
Propriedade
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Privada: pessoa singular |
Afectação
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Sem afetação |
Época Construção
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Séc. 19 / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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Séc. 19 - séc. 20 - construção da casa por um "brasileiro", português regressado do Brasil; 2011, 04 maio - particular apresenta proposta de classificação; 2012, 14 março - proposta da DRC de Lisboa e Vale do Tejo para arquivamento do processo, pelo facto do edifício não ter valor nacional; 13 abril - Despacho do presidente do IGESPAR para arquivamento do processo; 2012, 23 abril - é enviado à Câmara Municipal de Tomar cópia do processo para a eventual classificação do edifício como bem municipal. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Estrutura em alvenaria, rebocada e pintada com elementos estruturais em cantaria e ferro; modinaturas, arcos, acrotérios, pilares e escadas em cantaria de granito; guardas, colunas das varandas, escadas, varandim em ferro; caixilharias e portadas de madeira; janelas com vidro simples; platibanda em tijolo; cobertura em telha cerâmica. |
Bibliografia
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Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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DGPC: SIPA, IGESPAR |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Nada a assinalar. |
Observações
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Autor e Data
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Paula Figueiredo 2019 |
Actualização
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