Cisterna medieval de Valença / Poço de São Vicente
| IPA.00036110 |
Portugal, Viana do Castelo, Valença, União das freguesias de Valença, Cristelo Covo e Arão |
|
Cisterna de construção medieval, com planta semicircular, no interior da vila muralhada, junto à porta norte da fortificação, reformada no séc. 16, conforme denota a modinatura da porta de acesso à mesma, e entulhada aquando da construção da fortificação moderna. | |
|
|
Registo visualizado 46 vezes desde 27 Julho de 2011 |
|
|
|
Edifício e estrutura Edifício Hidráulica de contenção Cisterna
|
Descrição
|
Planta semicircular, com cobertura em abóbada de berço, possuindo os silhares com inúmeras siglas. Tem acesso por porta em arco de volta perfeita, de aduelas largas e regulares, assente nos pés direitos. |
Acessos
|
Valença, Baluarte do Socorro. WGS84 (graus decimais) lat.: 42,033247, long.: -8,645344 |
Protecção
|
Incluído na Zona Especial de Proteção das Fortificações da Praça de Valença do Minho (v. IPA.00003527) |
Enquadramento
|
Urbano, adossado, no interior do recinto da magistral, disposto a norte, à entrada do transito da Porta da Gaviarra, sob o baluarte do Socorro, junto à porta medieval que surge integrada na estrutura do transito. A cisterna, desenvolvida numa cota bastante rebaixada em relação ao transito, tem acesso por escadas de cantaria, desenvolvidas na face norte do mesmo. Nas imediações, ergue-se a Pousada de São Teotónio (v. IPA.00006217), |
Descrição Complementar
|
|
Utilização Inicial
|
Hidráulica: cisterna |
Utilização Actual
|
Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
|
Pública: municipal |
Afectação
|
|
Época Construção
|
Séc. 13 / 16 |
Arquitecto / Construtor / Autor
|
Desconhecido. |
Cronologia
|
1217, 11 agosto - aquando da concessão do foral por D. Afonso II, a povoação de nome Contrasta já é circundada por muralhas; 1262, 11 agosto - confirmação do foral por D. Afonso III, alterando-se o nome da povoação para Valença; séc. 13 - época provável da construção da cisterna, junto à porta da Gaviarra, flanqueada por duas torres; séc. 16 - provável reforma da porta de acesso à cisterna, dada a sua modinatura; 1509, cerca - Duarte de Armas representa a vila de Valença circundada por muralhas de traçado elíptico, com três portas, a dos Açougues ou de D. Afonso, a poente, a da Gaviarra, a norte, e a do Sol a nascente e dois cubelos, integrada no circuito, reforçada por barbacã, com alguns cubelos, tudo com alguns sinais de degradação e ruína; séc. 17 - início das obras de construção de fortificação moderna, em que o corpo principal segue, à exceção do lado sul, o alinhamento da muralha medieval, integrando uma vasta extensão dos seus muros e reaproveitando a estrutura da porta da Gaviarra, muito provavelmente, entulhando-se então a cisterna; 1713 - planta da fortaleza de Valença feita por Manuel Pinto de Vilalobos dando-a como quase concluída; 1758, 23 abril - o Pe. António Lourenço Lages nas Memórias Paroquiais da freguesia de Santo Estêvão refere as várias fontes existentes na fortificação ou fosso da mesma , bem como os poços, não fazendo qualquer alusão à cisterna, o que leva a acreditar que a mesma se encontrava entulhada e fora de uso; o pároco ao referir as três portas da praça, tendo ao serviço apenas a que está por baixo da Gaviarra e a da Coroada, estando a de Monção fechada, também não faz qualquer alusão à cisterna; 1817 - relatório militar refere que a fortaleza não possui cisterna, indiciando que a mesma ainda se encontrava entulhada, mas apenas um poço de água salobra e outro de água doce na Coroada e, na praça, um poço com nora aparelhada a precisar de conserto, e outros poços particulares; refere ainda a existência da Fonte do Cristelo, a das Tripas e a Fonte da Vila no fosso da fortificação, e a Fonte das Barracas na esplanada de Faro; 2005 - data da primeira tentativa de localização da antiga cisterna, sem contudo se conseguir localizar; 2012 - escavações arqueológicas permitem localizar a cisterna, tornando-a visitável. |
Dados Técnicos
|
Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
|
Estrutura em alvenaria e cantaria de granito. |
Bibliografia
|
CAPELA, José Viriato - Valença nas Memórias Paroquiais de 1758. Valença: 2003; Castro, Alberto Pereira de - A Praça Forte de Valença do Minho. Valença: Câmara Municipal de Valença, 2006; CONCEIÇÃO, Margarida Tavares - «Transformação do espaço urbano: de Duarte de Armas a Champalimaud de Nussane». In Monumentos. Lisboa: DGEMN, 2000, n.º 12, pp. 33-39;FONTES, Luís, PEREIRA, Belisa - «Cisterna Medieval / Poço de S. Vicente». Valença: texto policopiado cedido pela Câmara Municipal, 2017; FONTES, Luís, MACHADO, André Manuel Paes, PEREIRA, Belisa Vilar - Relatório Progresso da Intervenção Arqueológica no Centro Histórico de Valença. Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho, 2005, n.º 7; FONTES, Luís Fernando Oliveira, PEREIRA, Belisa Vilar, ANDRADE, F. J. S. de - Relatório Progresso da Intervenção Arqueológica no Centro Histórico de Valença. Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho. 2015, n.º 21; FONTES, Luís, PEREIRA, Belise - Fortaleza de Valença - Guia. Valença: Câmara Municipal de Valença, 2015. |
Documentação Gráfica
|
|
Documentação Fotográfica
|
Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho; Câmara Municipal de Valença |
Documentação Administrativa
|
Direção dos Serviços de Engenharia do Exército Português: Repartição do Património - Tombo dos Prédios Militares, Prédio n.º 1 de Valença |
Intervenção Realizada
|
|
Observações
|
EM ESTUDO |
Autor e Data
|
Paula Noé 2019 |
Actualização
|
|
|
|
| |
| |