Cisterna medieval de Valença / Poço de São Vicente

IPA.00036110
Portugal, Viana do Castelo, Valença, União das freguesias de Valença, Cristelo Covo e Arão
 
Cisterna de construção medieval, com planta semicircular, no interior da vila muralhada, junto à porta norte da fortificação, reformada no séc. 16, conforme denota a modinatura da porta de acesso à mesma, e entulhada aquando da construção da fortificação moderna.
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Hidráulica de contenção  Cisterna    

Descrição

Planta semicircular, com cobertura em abóbada de berço, possuindo os silhares com inúmeras siglas. Tem acesso por porta em arco de volta perfeita, de aduelas largas e regulares, assente nos pés direitos.

Acessos

Valença, Baluarte do Socorro. WGS84 (graus decimais) lat.: 42,033247, long.: -8,645344

Protecção

Incluído na Zona Especial de Proteção das Fortificações da Praça de Valença do Minho (v. IPA.00003527)

Enquadramento

Urbano, adossado, no interior do recinto da magistral, disposto a norte, à entrada do transito da Porta da Gaviarra, sob o baluarte do Socorro, junto à porta medieval que surge integrada na estrutura do transito. A cisterna, desenvolvida numa cota bastante rebaixada em relação ao transito, tem acesso por escadas de cantaria, desenvolvidas na face norte do mesmo. Nas imediações, ergue-se a Pousada de São Teotónio (v. IPA.00006217),

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Hidráulica: cisterna

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Pública: municipal

Afectação

Época Construção

Séc. 13 / 16

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

1217, 11 agosto - aquando da concessão do foral por D. Afonso II, a povoação de nome Contrasta já é circundada por muralhas; 1262, 11 agosto - confirmação do foral por D. Afonso III, alterando-se o nome da povoação para Valença; séc. 13 - época provável da construção da cisterna, junto à porta da Gaviarra, flanqueada por duas torres; séc. 16 - provável reforma da porta de acesso à cisterna, dada a sua modinatura; 1509, cerca - Duarte de Armas representa a vila de Valença circundada por muralhas de traçado elíptico, com três portas, a dos Açougues ou de D. Afonso, a poente, a da Gaviarra, a norte, e a do Sol a nascente e dois cubelos, integrada no circuito, reforçada por barbacã, com alguns cubelos, tudo com alguns sinais de degradação e ruína; séc. 17 - início das obras de construção de fortificação moderna, em que o corpo principal segue, à exceção do lado sul, o alinhamento da muralha medieval, integrando uma vasta extensão dos seus muros e reaproveitando a estrutura da porta da Gaviarra, muito provavelmente, entulhando-se então a cisterna; 1713 - planta da fortaleza de Valença feita por Manuel Pinto de Vilalobos dando-a como quase concluída; 1758, 23 abril - o Pe. António Lourenço Lages nas Memórias Paroquiais da freguesia de Santo Estêvão refere as várias fontes existentes na fortificação ou fosso da mesma , bem como os poços, não fazendo qualquer alusão à cisterna, o que leva a acreditar que a mesma se encontrava entulhada e fora de uso; o pároco ao referir as três portas da praça, tendo ao serviço apenas a que está por baixo da Gaviarra e a da Coroada, estando a de Monção fechada, também não faz qualquer alusão à cisterna; 1817 - relatório militar refere que a fortaleza não possui cisterna, indiciando que a mesma ainda se encontrava entulhada, mas apenas um poço de água salobra e outro de água doce na Coroada e, na praça, um poço com nora aparelhada a precisar de conserto, e outros poços particulares; refere ainda a existência da Fonte do Cristelo, a das Tripas e a Fonte da Vila no fosso da fortificação, e a Fonte das Barracas na esplanada de Faro; 2005 - data da primeira tentativa de localização da antiga cisterna, sem contudo se conseguir localizar; 2012 - escavações arqueológicas permitem localizar a cisterna, tornando-a visitável.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes.

Materiais

Estrutura em alvenaria e cantaria de granito.

Bibliografia

CAPELA, José Viriato - Valença nas Memórias Paroquiais de 1758. Valença: 2003; Castro, Alberto Pereira de - A Praça Forte de Valença do Minho. Valença: Câmara Municipal de Valença, 2006; CONCEIÇÃO, Margarida Tavares - «Transformação do espaço urbano: de Duarte de Armas a Champalimaud de Nussane». In Monumentos. Lisboa: DGEMN, 2000, n.º 12, pp. 33-39;FONTES, Luís, PEREIRA, Belisa - «Cisterna Medieval / Poço de S. Vicente». Valença: texto policopiado cedido pela Câmara Municipal, 2017; FONTES, Luís, MACHADO, André Manuel Paes, PEREIRA, Belisa Vilar - Relatório Progresso da Intervenção Arqueológica no Centro Histórico de Valença. Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho, 2005, n.º 7; FONTES, Luís Fernando Oliveira, PEREIRA, Belisa Vilar, ANDRADE, F. J. S. de - Relatório Progresso da Intervenção Arqueológica no Centro Histórico de Valença. Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho. 2015, n.º 21; FONTES, Luís, PEREIRA, Belise - Fortaleza de Valença - Guia. Valença: Câmara Municipal de Valença, 2015.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho; Câmara Municipal de Valença

Documentação Administrativa

Direção dos Serviços de Engenharia do Exército Português: Repartição do Património - Tombo dos Prédios Militares, Prédio n.º 1 de Valença

Intervenção Realizada

Observações

EM ESTUDO

Autor e Data

Paula Noé 2019

Actualização

 
 
 
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