Poço do Trem Militar
| IPA.00036109 |
Portugal, Viana do Castelo, Valença, União das freguesias de Valença, Cristelo Covo e Arão |
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Poço com fonte associada, pertencentes ao antigo Trem da praça-forte, construídos na transição do séc. 18 para o 19, possivelmente por iniciativa régia. O Poço, com profundidade significativa, possui bocal circular, com paredes de cantaria, encimadas por pilares para sustentação do sistema de extração, que foi alterado ao longo dos tempos. A fonte adossada, tipo caixa de água, é de grande simplicidade e possui o corpo paralelepipédico com remate em cornija apenas nas faces laterais e principal, esta última, encimada por espaldar com as armas reais entre urnas. As bicas, circulares achatadas, têm linguagem mais moderna. Frontalmente tem tanque retangular, mais largo do que o corpo, sendo o recorte lateral direito aproveitado para colocar um outro tanque, mais pequeno. | |
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Registo visualizado 81 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Estrutura Hidráulica de elevação, extração e distribuição Poço
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Descrição
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Sobre soco de planta circular, formado por dois degraus, dispõe-se POÇO, circular, com guarda plena em lajes de cantaria de granito, de bordo convexo saliente, integrando em dois lados opostos acrotérios, encimados por pilares de sustentação do antigo mecanismo em ferro de tirar água. A norte existe ainda roda em ferro, que acionava o sistema de extração. O bocal é tapado por placa de betão, com tampa quadrangular, em ferro. No interior, o poço, com cerca de 18 metros de profundidade e escavado no substrato geológico, possui as paredes revestidas a alvenaria. A poente, adossa-se ao poço FONTE, atualmente inativa, tipo caixa de água, paralelepipédica. Apresenta as faces principais e laterais terminadas em cornija reta, sendo a principal definida por pilastras laterais e sobreposta por espaldar recortado, decorado com brasão das armas reais, envolvido por palmas, encimado por elemento de cantaria incaracterístico. Sobre os cunhais dispõem-se urnas sobre acrotérios. No plano inferior da face principal existem três bicas circulares, achatadas, que vertiam para tanque frontal, retangular, mais largo que o corpo, com guarda em cantaria. Na face lateral direita, acompanhando a largura do tanque frontal, existe um outro tanque, quadrangular, para onde vertia uma bica. |
Acessos
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Valença, Largo Visconde de Guaratiba; Rua José Rodrigues; Rua São Francisco. WGS84 (graus decimais) lat.: 42,031995, long.: -8,644808 |
Protecção
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Incluído na Zona Especial de Proteção das Fortificações da Praça de Valença do Minho (v. IPA.00003527) |
Enquadramento
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Urbano, isolado em outeiro, no interior da fortaleza. Implanta-se no logradouro Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Valença (v. IPA.00008919), pavimentado a alvenaria de granito, em plataforma adaptada ao declive do terreno. Em frente à fonte foi construída uma fonte central, decorativa, de planta circular, com elemento tipo pinha no centro. Nas imediações, adossado à fachada lateral esquerda do edifício do Hospital, adossa-se um dos Passos da Via Sacra (v. IPA.00006232) e nas imediações ergue-se uma casa manuelina (v. IPA.00025024), as Igrejas de Santa Maria dos Anjos (v. IPA.00006437) e da Santa Casa da Misericórdia (v. IPA.00006231), para noroeste, e, a cerca de 40 metros para sudeste, a Igreja de Santo Estêvão (v. IPA.00006230). |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Hidráulica: poço / chafariz |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Privada: Misericórdia de Valença |
Afectação
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Época Construção
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Séc. 18 / 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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Séc. 18, finais - séc. 19, inícios - época provável da construção do poço e respetiva fonte; 1817 - relatório militar refere que a fortaleza não possui cisterna, mas apenas um poço de água salobra e outro de água doce na coroada e, na praça, um poço com nora aparelhada (que precisava conserto) e outros poços particulares; 1834, 20 junho - o Duque de Bragança, regente, dissolve o trem da Praça de Valença, dando-se providências sobre a construção das obras indispensáveis, ficando os objetos ali encontrados a cargo do respetivo Almoxarife; 1872, 11 agosto - autorização do Ministério de Guerra à Câmara Municipal para colocar no poço existente no largo do Trem da praça-forte uma bomba de ferro para o público usar a água; séc. 20 - colocação de tampa no poço, em betão. |
Dados Técnicos
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Estrutura autoportante. |
Materiais
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Estrutura em cantaria de granito; urnas, brasão, paredes dos tanques e do poço em cantaria de granito; gatos, porta da boca do poço e roda em ferro; placa do poço em betão. |
Bibliografia
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Castro, Alberto Pereira de - A Praça Forte de Valença do Minho. Valença: Câmara Municipal de Valença, 2006; CONCEIÇÃO, Margarida Tavares - «Transformação do espaço urbano: de Duarte de Armas a Champalimaud de Nussane». In Monumentos. Lisboa: DGEMN, 2000, n.º 12, pp. 33-39; Neves, Manuel Augusto Pinto - Valença na História e na Lenda. Braga: Câmara Municipal de Valença, 1990, p. 54; Neves, Manuel Augusto Pinto - Valença - Entre a história e o Sonho. Valença: Rotary Club de Valença, 2003; FONTES, Luís, PEREIRA, Belisa - «Poço do Trem Militar». Valença: texto policopiado cedido pela Câmara Municipal, 2017 |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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DGPC: DGEMN:DSID, SIPA; Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho; Câmara Municipal de Valença |
Documentação Administrativa
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Direção dos Serviços de Engenharia do Exército Português: Repartição do Património - Concelho de Valença - Tombo dos Prédios Militares. Prédio n.º 1 |
Intervenção Realizada
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Observações
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Autor e Data
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Paula Noé 2019 |
Actualização
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