Estação Ferroviária de Macedo de Cavaleiros

IPA.00035968
Portugal, Bragança, Macedo de Cavaleiros, Macedo de Cavaleiros
 
Estação ferroviária da Linha do Tua, construída no séc. 20, conservando ainda o edifício de passageiros (EP), o cais coberto e as instalações sanitárias. O edifício de passageiros apresenta planta retangular, composta por três corpos, o central de dois pisos e os laterais de um, com coberturas em telhados de duas águas. As fachadas, terminadas em cornija de cantaria, são rasgadas regularmente por vãos abatidos de moldura retilínea, geminados nos corpos laterais, correspondendo a portas no piso térreo e a janelas de peitoril no superior, exceto nos corpos laterais da fachada principal, onde se abrem janelas. O portal principal é mais largo e tem moldura biselada. As fachadas laterais, terminadas em empena, têm toponímias relevadas, abrindo-se no segundo piso da lateral nascente, vão estreito, de modinatura semelhante. A fachada virada à linha é corrida por "marquesa" metálica, cobrindo a plataforma de embarque. A ligação ferroviária era feita em via estreita (bitola métrica) entre a estação do Tua (Linha do Douro) e a estação de Bragança, numa extensão total de 134 quilómetros.
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Transportes  Apeadeiro / Estação  Estação ferroviária  

Descrição

Conjunto composto por edifício de passageiros (EP), cais coberto (CC) e instalações sanitárias (Retretes), apresentando ainda outros vestígios complementares, tais como: plataforma de embarque, cais alteado para cargas e descargas de mercadorias, aparelhos de mudança de via (agulhas) e ainda uma balança de material circulante. O EDIFÍCIO DE PASSAGEIROS tem planta retangular composta por três corpos, dispostos paralela e regularmente à linha, o central sensivelmente mais avançado e de dois pisos e os laterais de apenas um. Volumes escalonados com coberturas diferenciadas em telhados de duas águas, rematadas em beiradas simples, dispondo-se a leste do corpo central e lateral, chaminés. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, com soco de cantaria, terminadas em cornija, do mesmo material, e rasgadas regularmente por vãos de verga abatida e moldura retilínea, formando ligeiro recorte lateral e com chave relevada. A fachada principal, virada a norte, é rasgada, no corpo central, por três eixos de vãos, correspondendo no piso térreo a portas, a central mais larga e de moldura biselada, encimada por mastro da bandeira, e no superior a janelas de peitoril. Nos corpos laterais abrem-se duas janelas, interligadas por moldura comum, de modinatura semelhante às do segundo piso. As fachadas laterais, terminadas em empena, possuem, no corpo central, toponímias em relevo, pintada de preto, abrindo-se ao centro da lateral esquerda, ao nível do segundo piso, pequeno vão de igual modinatura. A fachada posterior é rasgada, no corpo central, por três eixos de vãos, correspondendo a portas, no piso térreo, e a janelas de peitoril, no segundo, surgindo sobre o portal central toponímia em relevo, pintada de preto, e, nos corpos laterais, dois portais geminados. A fachada é percorrida por "marquesa", com uma estrutura metálica sobre longas mísulas, avançando sobre a plataforma de embarque, para abrigo dos passageiros. No INTERIOR, o edifício estava dividido entre áreas de serviço e sala de espera, no piso térreo, e habitação do chefe de estação, no segundo piso, implantando-se no lado norte as escadas de comunicação.

Acessos

Macedo de Cavaleiros, ER 216; Largo da Estação; IP 2; A4; Linha do Tua - Ponto quilométrico 82,775 (PK). WGS84 (graus decimais) lat.: 41,533328; long.: -6,954906

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Urbano, isolado, no limite sudeste da urbe, possuindo frontalmente amplo largo, pavimentado a paralelos.

Descrição Complementar

Na fachada lateral direita, o corpo mais baixo, possui painel de azulejos policromos, com a seguinte inscrição: "MACEDO DE CAVALEIROS / SEMANA DA JANELA FLORIDA / 2-10 SET. 1967 / 1.º PRÉMIO JARDINS".

Utilização Inicial

Transportes: estação ferroviária

Utilização Actual

Devoluto

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Infraestruturas de Portugal (conforme do artigo 6º, nº 2 e 5, e artigo 11º, n.º 1, ambos do DL 91/2015, e com a regras definidas pelo regime jurídico do Domínio Público Ferroviário que constam do DL 276/2003)

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

1902, 19 abril - assinatura de contrato com o empresário João Lopes da Cruz para a construção do troço do caminho de ferro de Mirandela a Bragança, definindo-se que teria de passar por Macedo de Cavaleiros; 1903, 30 junho - autorização do trespasse da concessão para a Companhia Nacional de Caminhos de Ferro; 1905, 05 agosto - inauguração da Linha do Tua; setembro - ainda não está concluído o assentamento da via entre Romeu e Macedo de Cavaleiros; 15 outubro - entra ao serviço a linha entre Romeu e Macedo; 16 outubro - durante a cerimónia de inauguração, parte o primeiro comboio com destino a Mirandela; 1913 - a estação de Macedo está ligada por carreiras de diligências até Chacim, Alfândega da Fé e Mogadouro; 1946 - assinatura da escritura da transferência da concessão da Companhia Nacional para a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses; 1947, 01 janeiro - a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses inicia a exploração da Linha do Tua; 1967, setembro - atribuição do 1.º prémio "jardins", semana da janela florida, com colocação de painel de azulejos na estação; 1991, 15 dezembro - encerramento ao tráfego ferroviário do troço entre Mirandela e Macedo de Cavaleiros, por motivos de segurança; 17 dezembro - encerramento do troço de Macedo a Bragança, devido a um descarrilamento próximo da estação de Sorte; 1992, 15 outubro - encerramento do troço ferroviário Mirandela - Bragança.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes.

Materiais

Estrutura rebocada e pintada; soco, cornija e molduras dos vãos em cantaria de granito; portas e caixilharia de madeira; vidros simples; painel de azulejos policromo; cobertura de telha.

Bibliografia

«Há 50 anos». In Gazeta dos Caminhos de Ferro. 01 outubro 1955. Ano n.º 68, p. 353; «Linhas Portuguezas». In Gazeta dos Caminhos de Ferro. 01 agosto 1905, ano n.º 18, pp. 234-235; «Linhas Portuguezas». In Gazeta dos Caminhos de Ferro. 01 outubro 1905, ano n.º 18, p. 299; «O que se fez em caminhos de Ferro no ano de 1939». In Gazeta dos Caminhos de Ferro. 01 janeiro 1940, n.º 52, p. 39; «Parte Official». In Gazeta dos Caminhos de Ferro. 16 junho 1902, Ano n.º 15, p. 182; «Parte Official». In Gazeta dos Caminhos de Ferro. 16 julho 1903, Ano n.º 16, pp. 238; «Troços de linhas férreas portuguesas abertas à exploração desde 1856, e a sua extensão». In Gazeta dos Caminhos de Ferro. 16 outubro 1956, n.º 69, p. 529.

Documentação Gráfica

Arquivo Técnico da IP-Infraestruturas de Portugal (solicitação através do site www.infraestruturasdeportugal.pt)

Documentação Fotográfica

DGPC: SIPA; Arquivo Técnico da IP-Infraestruturas de Portugal (solicitação através do site www.infraestruturasdeportugal.pt)

Documentação Administrativa

Arquivo Técnico da IP-Infraestruturas de Portugal (solicitação através do site www.infraestruturasdeportugal.pt); CMLisboa: Hemeroteca Digital

Intervenção Realizada

Companhia Nacional de Caminhos de Ferro: 1939 - obras de restauro na estação, com reparação dos telhados, assentamento de vidros, afinação de ferragens e pequenas caiações.

Observações

EM ESTUDO

Autor e Data

Armando Oliveira 2018 (no âmbito do Acordo de colaboração DGPC / Infraestruturas de Portugal)

Actualização

 
 
 
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