Edifício da Quinta dos Lilases / Academia Portuguesas de História

IPA.00035946
Portugal, Lisboa, Lisboa, Lumiar
 
Palacete construído a partir de finais do século 19, apresenta uma fachada principal de marcado gosto eclético. Com uma planta retangular, alongada de dois e três pisos, a que se adossa um novo corpo retangular perpendicular ao primeiro, de dois pisos, ligando-o a um outro mais pequeno quadrangular, ostenta uma fachada principal orientada a ocidente, desenvolvida em cinco panos de dois e três pisos, completamente simétricos, separados entre si por cunhais de cantaria e percorridos por soco do mesmo material. Ainda em cantaria são as molduras dos vãos a platibanda e a cimalha trabalhada, contrastando com a parede murária completamente revestida a azulejo industrial verde água. Na fachada posterior desenvolve-se uma galeria envidraçada de ferro e vidro, implantada longitudinalmente ao londo do corpo principal e ligando-o, perpendicularmente, ao que terá sido uma estufa ou jardim de inverno. Esta estrutura, a mais curiosa de toda a construção, desenvolve-se em dois pisos, sendo o balcão superior, com madeira no pavimento, suportado num conjunto de elegantes colunas de ferro unidas por elementos decorativos de inspiração floral. A galeria é composta por estrutura de ferro, formando uma varanda dividida a todo o comprimento por janelas geminadas com vidro transparente (que inicialmente seria martelado e trabalhado) rematadas por elementos em espigão com volutas. Do lado direito, junto à casa principal da Quinta dos Lilases, encontram-se duas escadas semi-circulares simétricas, permitindo o acesso exterior à galeria a partir da arcada de ferro.
 
Registo visualizado 302 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Residencial unifamiliar  Quinta  Palacete  

Descrição

Planta retangular, alongada de dois e três pisos, a que atualmente se adossa um novo corpo retangular perpendicular ao primeiro, de dois pisos, ligando-o a um outro mais pequeno quadrangular. Fachadas rebocadas e pintadas, sendo a principal revestida a azulejo vidrado verde água e a do corpo de ligação envidraçada, no segundo piso. Coberturas teladas a quatro e duas águas. Fachada principal orientada a ocidente, desenvolvida em cinco panos de dois e três pisos, completamente simétricos, separados entre si por cunhais de cantaria e percorridos por soco do mesmo material. Pano central de três pisos e empena alteada em frontão triangular rasgado pelo óculo elíptico denotando a existência de um sótão. Este pano é rasgado por três vãos retilíneos em cada piso, sendo o primeiro centralizado pelo portal de acesso ao interior, inscrito em arco abatido de cantaria, este é ladeado por duas janelas de peito inseridas em moldura retilínea com os cantos cortados, em cantaria. O segundo piso, piso nobre, é servido de três janelas de sacada, de verga reta e moldura simples de cantaria, com guarda de ferro, assente em mísulas de cantaria. O terceiro piso é centralizado por um vão de sacada, de verga reta e moldura de cantaria simples, servido de guarda em ferro sobre mísulas de cantaria. Os dois panos seguintes, de dois pisos, são identicos, com empena reta alteada sobre cornija saliente de cantaria e rasgada por óculo elíptico, primeiro piso rasgado por janela inscrita em arco abatido e protegidas por grades de ferro, e o segundo piso rasgado por janela retilínea com moldura de cantaria simples. Os últimos panos, mais longos, de dois pisos encimados por cornija saliente e platibanda trabalhada e pináculos nos acrotérios, são rasgados por quatro (o do extremo esquerdo) e três (no direito) vãos retilíneos com molduras de cantaria simples de cantos cortados e servidos de grades, no primeiro piso, encimados por outros tantos vãos retilíneos inscritos em moldura de arco abatido. Fachada lateral esquerda animada por altos arcos de volta perfeita envidraçados. Na fachada posterior desenvolve-se uma galeria envidraçada de ferro e vidro, implantada longitudinalmente ao londo do corpo principal e ligando-o, perpendicularmente, ao que terá sido uma estufa ou jardim de inverno. Esta estrutura desenvolve-se em dois pisos, sendo o balcão superior, com madeira no pavimento, suportado num conjunto de elegantes colunas de ferro unidas por elementos decorativos de inspiração floral. A galeria é composta por estrutura de ferro, formando uma varanda dividida a todo o comprimento por janelas geminadas com vidro transparente rematadas por elementos em espigão com volutas. Do lado direito, junto à casa principal da Quinta dos Lilases, encontram-se duas escadas semi-circulares simétricas, permitindo o acesso exterior à galeria a partir da arcada de ferro.

Acessos

Alameda das Linhas de Torres. WGS (graus decimais): lat. 38,770533, long. -9,159579

Protecção

Em vias de classificação

Enquadramento

Urbano, destacado. Inserido na malha urbana do Lumiar, a nascente da Alameda das Linhas de Torres, para onde se encontra orientada a sua entrada principal. Confina a nascente com o Parque da Quinta das Conchas (v. IPA.00023905) e a sul com as instalações da EPUL - Empresa Pública de Urbanização de Lisboa.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Residencial: palacete

Utilização Actual

Cientifica: centro de investigação

Propriedade

Pública: municipal

Afectação

Academia Portuguesa de História

Época Construção

Séc. 19 / 20

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITETO: Norte Júnior (galeria envidraçada, 1916)

Cronologia

Séc. 19, finais - Francisco Mantero, notável colonialista e empresário em São Tomé e Príncipe, a Francisco César Batalha, tendo sido sucessivamente transformado e aumentado; 1916 - Francisco Mantero encomenda a Manuel Norte Júnior (1878 - 1962) a construção, na parte traseira do imóvel, de uma curiosa galeria em ferro, ao nível do segundo andar, unindo o corpo principal da habitação ao que terá sido um Jardim de Inverno ou Estufa; 2007, 23 março - despacho do diretor municipal de Cultura da Câmara Municipal de Lisboa a determinar a abertura do processo de classificação; 10 maio - é publicado no Boletim Municipal n.º 690, o Edital n.º 34/2007 classificando como Interesse Municipal; 2010, 23 dezembro despacho do director do IGESPAR em concordância com o parecer da Direção-Regional de Cultura de Lisboa e Vale do Tejo pela não existência de interesse para uma classificação de valor nacional.

Dados Técnicos

Estrutura mista

Materiais

Bibliografia

www.cm-lisboa.pt (acedido em fevereiro 2018); www.patrimoniocultural.gov.pt (acedido em fevereiro 2018)

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

EM ESTUDO

Autor e Data

Paula Tereno 2018

Actualização

 
 
 
Termos e Condições de Utilização dos Conteúdos SIPA
 
 
Registo| Login