Palacete dos Condes do Alto Mearim, jardim e património integrado

IPA.00035873
Portugal, Lisboa, Lisboa, Santo António
 
Palacete construído em finais do século 19 e modificado na transição para o século 20, de características neoclássicas. Apresenta uma fachada principal bastante sóbria, menos aparatosa do que a posterior, virada ao jardim de buxo, resultado da intervenção ocorrida no início de novecentos, da qual resultarou a colocação de aventais em todos os vãos do segundo piso, a transformação dos vãos do piso nobre em janelas de sacada, a abertura de um vão extra e a placagem, com almofadas de cantaria, dos três vãos centrais no piso térreo e no piso nobre, a construção de um balcão assente em colunas diante deste corpo, a alteração da tipologia e colocação de molduras de cantaria nas janelas térreas desta segunda fachada, bem como a construção do último piso do palacete. No interior há a destacar a decoração pictórica da autoria de José Maria Pereira Júnior. Dentre o património integrado da habitação merecem destaque algumas portas, originalmente de metal dourado, oriundas do Convento de Santa Joana, em Aveiro. Os espaços exteriores incluem um interessante exemplar de jardim de buxo à francesa, de linguagem formal, composto por jogos de canteiros de formas geométricas organizados em função da imponente fachada posterior. merecem ainda destaque os azulejos setecentistas existentes no jardim, atribuíveis a Bartolomeu Antunes, e ainda um pequeno pavilhão de recreio e uma casa de fresco de planta centralizada
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Residencial unifamiliar  Casa  Palacete  

Descrição

Planta retangular de eixo longitudinal, de quatro pisos. Fachadas rebocadas e pintadas, percorridas por soco de cantaria, rasgados, a um ritmo regular, por vãos de arco em asa de cesto com moldura de cantaria, e com os pisos separados por cornija do mesmo material. Cobertura telhada a quatro águas. Fachada principal virada a sul, para a Rua do Salitre, fachada posterior, a norte, voltada para os jardins, e muito alterada por obras de remodelação que aí decorreram no início do século 20. Data de então a colocação de aventais em todos os vãos do segundo piso, a transformação dos vãos do piso nobre em janelas de sacada, a abertura de um vão extra e a placagem, com almofadas de cantaria, dos três vãos centrais no piso térreo e no piso nobre, a construção de um balcão assente em colunas diante deste corpo, a alteração da tipologia e colocação de molduras de cantaria nas janelas térreas desta segunda fachada, bem como a construção do último piso do palacete. Interior decorado com pintura de José Maria Pereira Júnior. No exterior inclui um jardim de buxo à francesa, de linguagem formal, composto por jogos de canteiros de formas geométricas organizados em função da imponente fachada posterior. merecem ainda destaque os azulejos setecentistas existentes no jardim, atribuíveis a Bartolomeu Antunes, e ainda um pequeno pavilhão de recreio e uma casa de fresco de planta centralizada

Acessos

Rua do Salitre, n.º 66 a 68. WGS (graus decimais): lat.: 38,720064, long.: 9,148059

Protecção

Categoria: MIP - Monumento de Interesse Público, Portaria n.º 617/2020, DR, 2.ª série, n.º 203 de 19 outubro 2020

Enquadramento

Urbano. Insere-se na malha urbana da pendente que sobe da Avenida da Liberdade, para poente, em direção ao Jardim Botânico. Confronta, a nascente, com o Palacete Alves Machado (IPA.00035870), nas proximações do Edifício Jean Monnet.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Residencial: palacete

Utilização Actual

Propriedade

Privada

Afectação

Sem afetação.

Época Construção

Séc. 19.

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITETO: Carlos Rebelo de Andrade (c. 1900)

Cronologia

1876 - edificação do palacete pela Companhia de Crédito Edificadora Portuguesa para Vicente de Castro Guimarães; 1893 - é adquirido por José João Martins de Pinho, conde do Alto Mearim, que havia feito fortuna no Brasil; 1900 - o palacete passou para a posse do segundo filho varão de José João Martins de Pinho, Jaime Roque de Pinho, que nele se instalou com a sua família depois de efetuar importantes obras de modernização, segundo projeto de Carlos Rebelo de Andrade, na mesma altura se reformularam os jardins, segundo desenho de um paisagista francês; 1938 - a propriedade é vendida em hasta pública à Federação Nacional dos Produtores de Trigo; 1989 - é adquirida pela Fundação Oriente, que aí e no vizinho Palacete Alves Machado (v. IPA.00035870) instala a sua sede; 2015, dezembro - a propriedade é vendida ao fundo imobiliário Pavilions West Lisbon - Investimentos Imobiliários e Turísticos, Unipessoal, Lda; 2016, 04 abril - o Departamento dos Bens Culturais da DGPC propõe a abertura de um procedimento de classificação de âmbito nacional; 18 maio - é publicado o Anúncio n.º 129/2016, DR, 2.ª série, n.º 96, referente à abertura do processo de classificação.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes

Materiais

Bibliografia

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

EM ESTUDO

Autor e Data

Paula Tereno 2017

Actualização

 
 
 
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