Menir da Vilarinha 3

IPA.00035855
Portugal, Faro, Silves, São Bartolomeu de Messines
 
Menir de forma ovoide, inicialmente alongada, mas atualmente bastante alterada e reduzida a cerca de um terço do tamanho original, devido à exposição prolongada aos agentes naturais, destacando-se pela sua profusão e complexidade decorativa. Segundo Mário Varela Gomes (GOMES, M. V., 2008, p. 63-64), essa decoração resultará de diferentes fases de execução, em que a fase inicial será contemporânea do afeiçoamento primitivo em forma de falo, com glande demarcada e covinha representando o meato uretral, podendo ser atribuída ao Neolítico Antigo (5500-4500 a.C.); mais tarde, utilizando outros métodos de gravação, terão sido representados diversos artefactos, que podem ser atribuídos ao Neolítico Médio e Final e, numa última fase, terá sido gravado um desenho em ziguezague, que deverá corresponder ao período Calcolítico. O Menir da Vilarinha 3 integra-se num alinhamento formado atualmente por quatro menires, dispostos no topo de pequenos cabeços em escada, do cerro da Vilarinha, orientados no sentido nordeste-sudeste, com raros paralelos conhecidos, tornando-os assim, monumentos únicos no contexto megalítico do Barlavento Algarvio.
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Religioso  Menir    

Descrição

Monólito talhado em arenito vermelho, de forma ovoide, medindo 2,47m de altura por 0,95m de largura máxima e 0,51m de espessura. É profusamente decorado, apresentando a representação de vinte e duas figuras, das quais se destacam cordões serpentiformes, covinhas, báculos, machados, armas de arremesso e linhas. Possui ainda vestígios de bojardagem e polimento.

Acessos

São Bartolomeu de Messines, Cerro da Vilarinha; estrada municipal 1080 Amorosa - Barragem do Arade; no lugar do Vale Fuzeiros, toma-se o desvio para sul, para a Quinta do Penedo e em seguida o caminho até ao monte da Vilarinha, seguindo depois pelo corta-fogo em direção a suudoeste. WGS84 (graus decimais): lat.: 37,245296; long.: -8,344344

Protecção

Categoria: MIM - Monumento de Interesse Municipal, Edital n.º 44/2016, da Câmara Municipal de Silves de 04 julho 2016

Enquadramento

Rural, isolado, na região do Barrocal, no topo do cerro da Vilarinha, próximo da aldeia da Amorosa.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Religiosa: menir

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Afectação

Época Construção

Megalitismo

Arquitecto / Construtor / Autor

Cronologia

Megalitismo - época provável da feitura do menir; 1994 - o Menir da Vilarinha 3 é encontrado fora da sua posição original, a cerca de 250 m para sudoeste do menir Vilarinha 2; 2015, 07 janeiro - Deliberação da Câmara Municipal de Silves a determinar a abertura do procedimento de classificação como Monumento de Interesse Municipal; 27 janeiro - publicação do Edital n.º 10/2015 da Câmara Municipal de Silves; 29 janeiro - pedido de parecer da Câmara sobre a eventual classificação como Monumento de Interesse Municipal; 20 julho - Informação favorável da DRC do Algarve; 04 agosto - Despacho de concordância do diretor-geral da DGPC; 27 outubro - é dado conhecimento do despacho à Câmara Municipal de Silves; 2016, 22 junho - Deliberação da Câmara Municipal de Silves a determinar a classificação como Monumento de Interesse Municipal.

Dados Técnicos

Estrutura autoportante.

Materiais

Estrutura em arenito vermelho.

Bibliografia

RAMALHO, Maria - «Menir da Vilarinha 3, 2015». In Direção-Geral do Património Cultural (http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/20964805), [consultado em 24 outubro 2017]; «Vilarinha 3» In Portal do Arqueólogo (http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/index.php?sid=sitios.resultados&subsid=2701778), [consultado em 24 outubro 2017].

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

EM ESTUDO. *1 - Próximo do alinhamento de Vilarinho, a menos de 500m para sudoeste e a 200m para poente, existem afloramentos de arenito vermelho, bem evidentes na encosta onde se implantam os lugares de Gregórios e Canhestros, possível área de proveniência da matéria-prima utilizada na elaboração dos menires.

Autor e Data

Paula Noé 2017

Actualização

 
 
 
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