Estação Ferroviária de Barracão-Sabugal

IPA.00035777
Portugal, Guarda, Sabugal, União das freguesias de Sabugal e Aldeia de Santo António
 
Estação ferroviária da Linha da Beira Baixa, ao pk 206,709, composta por edifício de passageiros (EP), plataforma de embarque, linha férrea, antigo armazém, edifício das instalações sanitárias, plataforma do antigo cais descoberto, reservatório de água e poço.destacando os painéis de azulejos lisos enxaquetados dos edifícios. EP de nível, de três corpos articulados, o central de dois registos e os laterais térreos; cobertura diferenciada em telhados de 3 águas nos corpos laterais e de 4 no corpo central. Lambris de azulejo azul e branco, enxaquetado, idêntico ao das Estações de Belmonte-Manteigas (v. IPA.00035774) e à de Castelo Barnco (v. IPA.00035776).
 
Registo visualizado 118 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Transportes  Apeadeiro / Estação  Estação ferroviária  

Descrição

Planta composta pelo edifício de passageiros (EP), plataforma de embarque e a linha férrea, um edifício devoluto, correspondente ao antigo armazém, edifício das instalações sanitárias, plataforma do antigo cais descoberto, reservatório de água e poço e vedações do recinto em cimento armado. EDIFÍCIO DE PASSAGEIROS (EP): de nível, implantado do lado direito das linhas férreas (sentido ascendente); planta retangular simples, massa disposta na horizontal, três volumes escalonados, com coberturas diferenciadas, em telhados de três e quatro águas, interrompidos pelas três chaminés nas águas viradas a norte e a sul, com revestimento em telha cerâmica vermelha, rematados por cimalhas. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, percorridas por socos em cantaria e por silhares de azulejos lisos enxaquetados de padrão azul e branco, estando flanqueadas por cunhais e rematadas por cornijas. São rasgadas de forma regular por vãos retilíneos, com molduras em cantaria de calcário, protegidos por caixilharias fixas e móveis de alumínio lacado de castanho-escuro e vidro simples; alguns dos vãos encontram-se entaipados. O nome da estação "Sabugal" aparece escrito ao centro das quatro fachadas, em painéis de azulejos, letras e remate a azul sobre fundo branco. Fachada principal virada a O. e às linhas férreas: composição simétrica, de três corpos, o inferior percorrido por friso de cantaria; três panos, divididos por pilastras, o central de dois registos. No registo inferior, surgem cinco portas, sendo três no corpo central e todas com verga em arco de volta perfeita; surgindo; janelas axiais no registo superior do corpo central. Fachada posterior virada a E. e ao Largo da Estação: semelhante à fachada O. As fachadas laterais N. e S. são semelhantes: um só registo e um só pano, sem quaisquer vãos de janela ou porta. A plataforma do EP tem revestimento de piso por lajetas de betão antiderrapante e está provida de bordaduras em betão liso. INTERIOR: paredes rebocadas e pintadas de branco (sala de espera). EDIFÍCIO DAS IS: implantado a norte do EP e na mesma plataforma, apresenta planta retangular simples, massa disposta na horizontal, e cobertura em telhado de duas águas, com revestimento em telha cerâmica vermelha. Fachadas revestidas a azulejos enxaquetados de padrão azul e branco, estando flanqueadas por cunhais e percorridas por socos em cantaria. Vãos de porta com caixilharia fixa e móvel de madeira pintada de azul. Dois muretes laterais com faces revestidas com o mesmo padrão encobrem o acesso ao interior. RESERVATÓRIO: implantado a norte do EP, do lado do caminho de acesso à estação; planta circular, massa simples, dois registos, dos quais já só existe o inferior, em alvenaria de tijolo, rebocada e pintada de branco. POÇO: implantado a norte do EP, do lado do caminho de acesso à estação; tem planta circular, massa simples, fachada curva em alvenaria de tijolo rebocada e pintada de branco, encimada por cimalha, beiral em telha cerâmica vermelha e rasgada por vão de porta, com moldura em granito. ARMAZÉM: implantado a norte do EP, planta retangular, massa simples disposta na horizontal, fachadas em panos de alvenaria de tijolo aparente e perfis em ferro, cobertura a duas águas; vãos de janela e portões com caixilharia metálica. Sobre as várias fachadas aparece escrito a tinta preta "Companhia União Fabril-Lisboa-Adubos Superphosphatos", "Velas", "Sabões", "Adubos para todas as culturas". ARRANJOS EXTERIORES: plataforma de passageiros em lajetas bordejadas a granito, carris e travessas de madeira, antigos sinais de circulação ferroviária e calços na via; restante área em terra batida; portão em ferro, vedações de delimitação dos domínios ferroviários em cimento armado, muros em alvenaria de pedra rebocada; vários candeeiros de iluminação pública.

Acessos

Largo da Liberdade, Barracão; WGS84 (graus decimais) lat: 40.30417; long: -7.141959

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Rural, implantado numa zona limítrofe, na entrada poente da povoação de Barracão; a envolvente apresenta um tecido fragmentado, com poucas construções com implantação definindo o traçado de alguns arruamentos de acesso.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Transportes: Estação ferroviária

Utilização Actual

Devoluto

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Infraestruturas de Portugal (conforme do artigo 6º, nº 2 e 5, e artigo 11º, n.º 1, ambos do DL 91/2015, e com a regras definidas pelo regime jurídico do Domínio Público Ferroviário que constam do DL 276/2003)

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

Cronologia

1891, 06 setembro - Inauguração do troço Abrantes/Covilhã; 1893, 11.05.1893 - Inauguração do troço Covilhã/Guarda; 1868, 01 abril - Inaugurado o serviço direto de Lisboa a Madrid; 1875, 09 abril - Portaria encarregando o Eng. Francisco Maria de Sousa Brandão de elaborar o projeto definitivo para a construção do CF da Beira Baixa; 1876, 26 janeiro - O Governo abre concurso para a construção dos CF da Beira Alta, Beira Baixa e do Algarve; 1880, 06 junho - Abertura à exploração pública do Ramal de Cáceres; 1882, 01 julho - Abertura à exploração pública da Linha da Beira Alta, entre Figueira da Foz e a fronteira por Vilar Formoso; 1883, 26 abril - Lei estabelecendo as condições para a construção do caminho-de-ferro da Beira Baixa e ramais de Mirandela e Viseu; 1883, 07 novembro - É adjudicada à Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses a Linha da Beira Baixa; 1884, 13 setembro - Assembleia Geral da Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses onde o Conselho de Administração de orientação francesa é substituído por um conselho comandado pelo Marquês da Foz; o Jornal do Comércio chama a essa Assembleia a "Assembleia Selvagem de Santa Apolónia"; 1891, 06 setembro - Abertura à exploração pública do troço entre Abrantes e Covilhã na Linha da Beira Baixa; 1893, 11 maio - Abertura à exploração pública do troço entre Covilhã e Guarda conclusão da Linha da Beira Baixa;

Dados Técnicos

Materiais

Bibliografia

ALMEIDA, Pedro Vieira de e CALADO, Rafael Salinas - Aspectos Azulejares na Arquitectura Ferroviária Portuguesa. Lisboa: Caminhos de Ferro Portugueses, EP, 2001; FINO, Gaspar Correia - Legislação e disposições regulamentares sobre caminhos de ferro. Lisboa: Imprensa Nacional, 1903 e 1908; FRAILE, Eduardo Gonzalez - Las primeras estaciones de ferrocarril: su tipologia; HUMBERT, Georges-Charles - Traité Complet des Chemins de Fer; LOPEZ GARCIA e Mercedes Lopez - MZA, Historia de sus estaciones. Madrid: Ediciones Turner, S.A., (Coleccion de ciências, humanis y enginieria, nº 2), 1986; PIRES, António Pinto - Linha da Beira Baixa. 2016; PEREIRA, Hugo Silveira - Caminhos-de-ferro da Beira (1845-1893). Revista de História da Sociedade e da Cultura. 2011.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

DGPC: SIPA; Arquivo Técnico da IP-Infraestruturas de Portugal

Documentação Administrativa

Arquivo Técnico da IP-Infraestruturas de Portugal; Arquivo Histórico da CP-Comboios de Portugal

Intervenção Realizada

Observações

EM ESTUDO

Autor e Data

Paula Azevedo e Ana Sousa 2017 (no âmbito do Protocolo de colaboração DGPC / Infraestruturas de Portugal)

Actualização

 
 
 
Termos e Condições de Utilização dos Conteúdos SIPA
 
 
Registo| Login