Estação Ferroviária de Castelo Branco

IPA.00035776
Portugal, Castelo Branco, Castelo Branco, Castelo Branco
 
Estação Ferroviária da linha da Beira Baixa, pk 93,759 , construída no séc. 20. Do património ferroviário da era do vapor persistem a antiga cocheira ou redonda (guarda e manutenção de locomotivas) com a respetiva placa giratória e vários depósitos de água e óleo.
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Transportes  Apeadeiro / Estação  Estação ferroviária  

Descrição

Planta composta pelo edifício de passageiros (EP) com alpendre, plataformas de embarque, linhas férreas, passagem inferior pedonal e respetivos acessos entre plataformas, cais coberto (armazém) e cais descoberto, depósitos de água e de combustível, cocheira (guarda e manutenção de locomotivas), placa giratória, edifício da "Via e Obras", edifício do "Dormitório", lampistaria. EDIFÍCIO DE PASSAGEIROS (EP): planta retangular composta, de nível com a linha férrea e do seu lado esquerdo (sentido ascendente da linha). Volumes escalonados, de três corpos, massa disposta na horizontal com coberturas em telhados de várias águas e revestimento em telha cerâmica vermelha rematados por cimalhas. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, percorridas por socos em cantaria e por silhares de azulejos lisos enxaquetados de padrão azul e branco, estando flanqueadas por cunhais e rematadas por cornijas. São rasgadas de forma regular por vãos retilíneos, com molduras em cantaria de calcário, protegidos por caixilharias fixas e móveis de alumínio lacado de azul e branco e vidro simples. O nome da estação "Castelo Branco" aparece escrito ao centro das fachadas laterais e da fachada virada às linhas férreas, em painéis de azulejos, letras e remate a azul sobre fundo branco. Fachada principal virada a SE. e às linhas férreas: composição simétrica, de quatro corpos, os inferiores percorridos por friso de cantaria; três panos, divididos por pilastras, o central de dois registos. No registo inferior surgem cinco portas, sendo três no corpo central e todas com verga em arco de volta perfeita; janelas axiais no registo superior do corpo central; molduras dos vãos em granito. O corpo implantado a nascente foi acrescentado sobre o edifício original, também de um único registo e com características semelhantes aos pré-existentes. Fachada posterior virada a NO. e à Praça Rei D. Carlos I: semelhante à fachada SE. As fachadas laterais E. e O. são semelhantes: um só registo e um só pano, rasgado por vão de porta. Alpendre a todo o comprimento da fachada SE.; estrutura metálica, pilares em ferro fundido com decoração moldada; cobertura em duas águas. PASSAGEM INFERIOR PEDONAL: acessos por escadas tradicionais e elevadores em ambas as plataformas. LAMPISTARIA: planta octogonal, volume simples, um só registo; fachadas rebocadas e pintadas de branco, encimadas por cimalha em granito; lambris em azulejos enxaquetados de cor azul e branca; cunhais em pedra rústica; vão de porta com folha de madeira. CAIS COBERTO : planta retangular simples, massa disposta na horizontal com localização a O. do EP.; cobertura em telhado de duas águas com abas lançadas sobre o espaço lateral; estrutura em asnas de madeira com revestimento e beirados em telha cerâmica vermelha Malha de pilares em granito, na zona superior das fachadas laterais para ventilação. Fachadas frontais com remate em empena; portões de acesso com folhas de correr em todas as fachadas; nome da estação "Castelo Branco" aparece escrito ao centro das fachadas laterais, em painéis de azulejos, letras e remate a azul sobre fundo branco. CAIS DESCOBERTO: plataforma equipada com guindaste, para carga e descarga de produtos. COCHEIRA OU REDONDA (guarda e manutenção de locomotivas): planta poligonal, com seis vãos de nível com a linha férrea e do seu lado direito (sentido ascendente da linha). Volume simples, um corpo, massa disposta na horizontal com cobertura em telhados de uma água e revestimento em telhas de barro vermelho; placa giratória equipada com fosso. ARRANJOS EXTERIORES: A plataforma do EP tem revestimento de piso com vários materiais, lajetas antiderrapantes, cubos de granito e betonilha afagada e está provida de faixa de segurança e bordadura em betão liso. Calçada portuguesa nos passeios exteriores, nome da estação e moldura em vidraço preto. Mobiliário de estação: relógio Paul Garnier, bancos e candeeiros de iluminação pública. Restantes áreas: vários tipos de vedação de delimitação do domínio ferroviário, um dos quais em cimento armado com desenho da Divisão de Via e Obras da CP; largo da estação e arruamentos alcatroados. Sinalética específica para passageiros.

Acessos

Praça Rei D. Carlos I; WGS84 (graus decimais) lat: 39.49559; -7.292647

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Urbano, isolado, implantado numa zona limítrofe, na entrada sudeste da cidade; tecido urbano consolidado ao longo da malha de arruamentos da envolvente próxima.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Transportes: Estação ferroviária

Utilização Actual

Transportes: Estação ferroviária (apenas serviço de passageiros)

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Infraestruturas de Portugal (conforme do artigo 6º, nº 2 e 5, e artigo 11º, nº1, ambos do DL 91/2015, e com a regras definidas pelo regime jurídico do Domínio Público Ferroviário que constam do DL 276/2003)

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

CONSTRUTOR: A. Salin &Cie. Dammarie France (guindaste)

Cronologia

1891, 06 setembro - Inauguração do troço Abrantes/Covilhã; 1893, 11.05.1893 - Inauguração do troço Covilhã/Guarda; 1868, 01 abril - Inaugurado o serviço direto de Lisboa a Madrid; 1875, 09 abril - Portaria encarregando o Eng. Francisco Maria de Sousa Brandão de elaborar o projeto definitivo para a construção do CF da Beira Baixa; 1876, 26 janeiro - O Governo abre concurso para a construção dos CF da Beira Alta, Beira Baixa e do Algarve; 1880, 06 junho - Abertura à exploração pública do Ramal de Cáceres; 1882, 01 julho - Abertura à exploração pública da Linha da Beira Alta, entre Figueira da Foz e a fronteira por Vilar Formoso; 1883, 26 abril - Lei estabelecendo as condições para a construção do caminho-de-ferro da Beira Baixa e ramais de Mirandela e Viseu; 1883, 07 novembro - É adjudicada à Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses a Linha da Beira Baixa; 1884, 13 setembro - Assembleia Geral da Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses onde o Conselho de Administração de orientação francesa é substituído por um conselho comandado pelo Marquês da Foz; o Jornal do Comércio chama a essa Assembleia a "Assembleia Selvagem de Santa Apolónia"; 1891, 06 setembro - Abertura à exploração pública do troço entre Abrantes e Covilhã na Linha da Beira Baixa; 1893, 11 maio - Abertura à exploração pública do troço entre Covilhã e Guarda conclusão da Linha da Beira Baixa; 2002, 06 maio - Requerimento de classificação da rotunda (ou cocheira) das locomotivas da Estação de Castelo Branco, por "O 6 de Setembro", Grupo de Amigos do Caminho de Ferro da Beira Baixa; 2002, 03 junho - Proposta de classificação da DR de Castelo Branco; 2002, 06 agosto - Solicitação à CM de Castelo Branco do envio do Plano de Pormenor relativo à zona envolvente da estação; 2015, 24 junho - Proposta de arquivamento da DRC do Centro, por a rotunda de locomotivas não ter valor nacional; 2015, 29 junho - Despacho do diretor-geral da DGPC a determinar o arquivamento do pedido de abertura do procedimento de classificação da rotunda de locomotivas; 2015, 13 agosto foi dado conhecimento do despacho de arquivamento à CM de Castelo Branco; séc. 21, final da década de 10 - projeto de construção de uma nova estação, com um interface rodo-ferroviário e reequalificação da zona envolvente, com construção de área habitacional, edifício de serviços, comercial e hotel, parque de estacionamento e novas áreas verdes, conforme projeto de Plural, Lda.

Dados Técnicos

Materiais

Bibliografia

ALMEIDA, Pedro Vieira de e CALADO, Rafael Salinas - Aspectos Azulejares na Arquitectura Ferroviária Portuguesa. Lisboa: Caminhos de Ferro Portugueses, EP, 2001; Estações com Vida - Castelo Branco. Requalificação e dinamização do modo ferroviário. S.l., Infraestruturas de Portugal, s.d.; FINO, Gaspar Correia - Legislação e disposições regulamentares sobre caminhos de ferro. Lisboa: Imprensa Nacional, 1903 e 1908; FRAILE, Eduardo Gonzalez - Las primeras estaciones de ferrocarril: su tipologia; HUMBERT, Georges-Charles - Traité Complet des Chemins de Fer; LOPEZ GARCIA e Mercedes Lopez - MZA, Historia de sus estaciones. Madrid: Ediciones Turner, S.A., (Coleccion de ciências, humanis y enginieria, nº 2), 1986; PIRES, António Pinto - Linha da Beira Baixa. 2016; PEREIRA, Hugo Silveira - Caminhos-de-ferro da Beira (1845-1893). Revista de História da Sociedade e da Cultura. 2011.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

DGPC: SIPA; Arquivo Técnico da IP-Infraestruturas de Portugal

Documentação Administrativa

Arquivo Técnico da IP-Infraestruturas de Portugal; Arquivo Histórico da CP-Comboios de Portugal

Intervenção Realizada

Observações

EM ESTUDO

Autor e Data

Paula Azevedo e Ana Sousa 2017 (no âmbito do Protocolo de colaboração DGPC / Infraestruturas de Portugal)

Actualização

 
 
 
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