Estação Ferroviária de Caria

IPA.00035775
Portugal, Castelo Branco, Belmonte, Caria
 
Estação ferroviária da Linha da Beira Baixa, ao ao pk 178,907, composta por Edifício de Passageiros (EP), plataforma de embarque, cais coberto e cais descoberto e guindaste. EP de nível, de três corpos articulados, o central de dois registos e os laterais térreos; cobertura diferenciada em telhados de 3 águas nos corpos laterais e de 4 no corpo central.
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Transportes  Apeadeiro / Estação  Estação ferroviária  

Descrição

Conjunto composto por edifício de passageiros (EP), plataforma de embarque com abrigo, a linha férrea, cais coberto e cais descoberto, guindaste, vários tipos de vedações do recinto em aço inox e em cimento armado. EDIFÍCIO DE PASSAGEIROS (EP): de nível, implantado do lado direito das linhas férreas (sentido ascendente); planta retangular simples, massa disposta na horizontal, três volumes escalonados, com coberturas diferenciadas, em telhados de três e quatro águas, interrompidos pelas três chaminés nas águas viradas a nascente e a poente, com revestimento em telha cerâmica vermelha, rematados por cimalhas. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, percorridas por socos em cantaria e por silhares de azulejos de padrão verde e branco, estando flanqueadas por cunhais e rematadas por cornijas. São rasgadas de forma regular por vãos retilíneos, com molduras em cantaria de calcário, protegidos por caixilharias fixas e móveis de alumínio lacado de branco e vidro simples; muitos dos vãos encontram-se entaipados. O nome da estação "Caria" aparece escrito ao centro das fachadas laterais, em painéis de azulejos, letras e remate a azul sobre fundo branco. Fachada principal virada a N. e às linhas férreas: composição simétrica, de três corpos, o inferior percorrido por friso de cantaria; três panos, divididos por pilastras, o central de dois registos. No registo inferior surgem cinco portas, sendo três no corpo central e todas com verga em arco de volta perfeita; surgindo; janelas axiais no registo superior do corpo central. Fachada posterior virada a S. e ao Largo da Estação: semelhante à fachada N. As fachadas laterais E. e P. são semelhantes: um só registo e um só pano, sem quaisquer vãos de janela ou porta. A plataforma do EP tem revestimento de piso por lajetas antiderrapantes e está provida de faixa de segurança e bordadura em betão liso. INTERIOR: paredes rebocadas e pintadas de branco (sala de espera). CAIS COBERTO: implantado a poente do EP, planta retangular, massa simples disposta na horizontal, fachadas em panos de alvenaria rebocada e pintada de branco, cobertura a duas águas cujas abas se projetam sobre o exterior; vãos de janela com caixilharia metálica e portões com folhas em madeira e molduras em granito. Sobre as fachadas nascente e poente, em empena, e ao centro, aparece escrito o nome da estação "Caria", em painéis de azulejos, letras e remate a azul sobre fundo branco. Guindaste sobre o cais descoberto, junto ao portão da fachada nascente. ABRIGO: implantado a norte do EP e na mesma plataforma, apresenta linhas retilíneas, com zona de espera sentada. ARRANJOS EXTERIORES: plataforma de passageiros em lajetas bordejadas a granito, carris e travessas de madeira, antigos sinais de circulação ferroviária e calços na via; restante área em terra batida; portão em ferro, vedações de delimitação dos domínios ferroviários em aço inox e em cimento armado, muros em alvenaria de pedra rebocada; vários candeeiros de iluminação pública.

Acessos

Rua dos Eucaliptos; WGS84 (graus decimais) lat: 40.182146; long: -7.221436

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Rural, implantado numa zona limítrofe, na entrada norte da localidade; a envolvente apresenta um tecido fragmentado, com poucas construções com implantação definindo o traçado de alguns arruamentos de acesso.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Transportes: estação ferroviária

Utilização Actual

Devoluto

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Infraestruturas de Portugal (conforme do artigo 6º, nº 2 e 5, e artigo 11º, nº1, ambos do DL 91/2015, e com a regras definidas pelo regime jurídico do Domínio Público Ferroviário que constam do DL 276/2003)

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

ENGENHEIROS: Selson Engineering Co, London (guindaste)

Cronologia

1891, 06 setembro - Inauguração do troço Abrantes/Covilhã; 1893, 11.05.1893 - Inauguração do troço Covilhã/Guarda; 1868, 01 abril - Inaugurado o serviço direto de Lisboa a Madrid; 1875, 09 abril - Portaria encarregando o Eng. Francisco Maria de Sousa Brandão de elaborar o projeto definitivo para a construção do CF da Beira Baixa; 1876, 26 janeiro - O Governo abre concurso para a construção dos CF da Beira Alta, Beira Baixa e do Algarve; 1880, 06 junho - Abertura à exploração pública do Ramal de Cáceres; 1882, 01 julho - Abertura à exploração pública da Linha da Beira Alta, entre Figueira da Foz e a fronteira por Vilar Formoso; 1883, 26 abril - Lei estabelecendo as condições para a construção do caminho-de-ferro da Beira Baixa e ramais de Mirandela e Viseu; 1883, 07 novembro - É adjudicada à Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses a Linha da Beira Baixa; 1884, 13 setembro - Assembleia Geral da Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses onde o Conselho de Administração de orientação francesa é substituído por um conselho comandado pelo Marquês da Foz; o Jornal do Comércio chama a essa Assembleia a "Assembleia Selvagem de Santa Apolónia"; 1891, 06 setembro - Abertura à exploração pública do troço entre Abrantes e Covilhã na Linha da Beira Baixa; 1893, 11 maio - Abertura à exploração pública do troço entre Covilhã e Guarda conclusão da Linha da Beira Baixa; Séc. 20, 1.ª metade - construção da estação; 1950 - projeto de ampliação.

Dados Técnicos

Materiais

Bibliografia

ALMEIDA, Pedro Vieira de e CALADO, Rafael Salinas - Aspectos Azulejares na Arquitectura Ferroviária Portuguesa. Lisboa: Caminhos de Ferro Portugueses, EP, 2001; FINO, Gaspar Correia - Legislação e disposições regulamentares sobre caminhos de ferro. Lisboa: Imprensa Nacional, 1903 e 1908; FRAILE, Eduardo Gonzalez - Las primeras estaciones de ferrocarril: su tipologia; HUMBERT, Georges-Charles - Traité Complet des Chemins de Fer; LOPEZ GARCIA e Mercedes Lopez - MZA, Historia de sus estaciones. Madrid: Ediciones Turner, S.A., (Coleccion de ciências, humanis y enginieria, nº 2), 1986; PIRES, António Pinto - Linha da Beira Baixa. 2016; PEREIRA, Hugo Silveira - Caminhos-de-ferro da Beira (1845-1893). Revista de História da Sociedade e da Cultura. 2011.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

DGPC: SIPA; Arquivo Técnico da IP-Infraestruturas de Portugal

Documentação Administrativa

Arquivo Técnico da IP-Infraestruturas de Portugal; Arquivo Histórico da CP-Comboios de Portugal

Intervenção Realizada

Observações

EM ESTUDO

Autor e Data

Paula Azevedo e Ana Sousa 2017 (no âmbito do Protocolo de colaboração DGPC / Infraestruturas de Portugal)

Actualização

 
 
 
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