Estação Ferroviária de Caria
| IPA.00035775 |
Portugal, Castelo Branco, Belmonte, Caria |
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Estação ferroviária da Linha da Beira Baixa, ao ao pk 178,907, composta por Edifício de Passageiros (EP), plataforma de embarque, cais coberto e cais descoberto e guindaste. EP de nível, de três corpos articulados, o central de dois registos e os laterais térreos; cobertura diferenciada em telhados de 3 águas nos corpos laterais e de 4 no corpo central. |
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Registo visualizado 118 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Transportes Apeadeiro / Estação Estação ferroviária
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Descrição
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Conjunto composto por edifício de passageiros (EP), plataforma de embarque com abrigo, a linha férrea, cais coberto e cais descoberto, guindaste, vários tipos de vedações do recinto em aço inox e em cimento armado. EDIFÍCIO DE PASSAGEIROS (EP): de nível, implantado do lado direito das linhas férreas (sentido ascendente); planta retangular simples, massa disposta na horizontal, três volumes escalonados, com coberturas diferenciadas, em telhados de três e quatro águas, interrompidos pelas três chaminés nas águas viradas a nascente e a poente, com revestimento em telha cerâmica vermelha, rematados por cimalhas. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, percorridas por socos em cantaria e por silhares de azulejos de padrão verde e branco, estando flanqueadas por cunhais e rematadas por cornijas. São rasgadas de forma regular por vãos retilíneos, com molduras em cantaria de calcário, protegidos por caixilharias fixas e móveis de alumínio lacado de branco e vidro simples; muitos dos vãos encontram-se entaipados. O nome da estação "Caria" aparece escrito ao centro das fachadas laterais, em painéis de azulejos, letras e remate a azul sobre fundo branco. Fachada principal virada a N. e às linhas férreas: composição simétrica, de três corpos, o inferior percorrido por friso de cantaria; três panos, divididos por pilastras, o central de dois registos. No registo inferior surgem cinco portas, sendo três no corpo central e todas com verga em arco de volta perfeita; surgindo; janelas axiais no registo superior do corpo central. Fachada posterior virada a S. e ao Largo da Estação: semelhante à fachada N. As fachadas laterais E. e P. são semelhantes: um só registo e um só pano, sem quaisquer vãos de janela ou porta. A plataforma do EP tem revestimento de piso por lajetas antiderrapantes e está provida de faixa de segurança e bordadura em betão liso. INTERIOR: paredes rebocadas e pintadas de branco (sala de espera). CAIS COBERTO: implantado a poente do EP, planta retangular, massa simples disposta na horizontal, fachadas em panos de alvenaria rebocada e pintada de branco, cobertura a duas águas cujas abas se projetam sobre o exterior; vãos de janela com caixilharia metálica e portões com folhas em madeira e molduras em granito. Sobre as fachadas nascente e poente, em empena, e ao centro, aparece escrito o nome da estação "Caria", em painéis de azulejos, letras e remate a azul sobre fundo branco. Guindaste sobre o cais descoberto, junto ao portão da fachada nascente. ABRIGO: implantado a norte do EP e na mesma plataforma, apresenta linhas retilíneas, com zona de espera sentada. ARRANJOS EXTERIORES: plataforma de passageiros em lajetas bordejadas a granito, carris e travessas de madeira, antigos sinais de circulação ferroviária e calços na via; restante área em terra batida; portão em ferro, vedações de delimitação dos domínios ferroviários em aço inox e em cimento armado, muros em alvenaria de pedra rebocada; vários candeeiros de iluminação pública. |
Acessos
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Rua dos Eucaliptos; WGS84 (graus decimais) lat: 40.182146; long: -7.221436 |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Rural, implantado numa zona limítrofe, na entrada norte da localidade; a envolvente apresenta um tecido fragmentado, com poucas construções com implantação definindo o traçado de alguns arruamentos de acesso. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Transportes: estação ferroviária |
Utilização Actual
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Devoluto |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Infraestruturas de Portugal (conforme do artigo 6º, nº 2 e 5, e artigo 11º, nº1, ambos do DL 91/2015, e com a regras definidas pelo regime jurídico do Domínio Público Ferroviário que constam do DL 276/2003) |
Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ENGENHEIROS: Selson Engineering Co, London (guindaste) |
Cronologia
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1891, 06 setembro - Inauguração do troço Abrantes/Covilhã; 1893, 11.05.1893 - Inauguração do troço Covilhã/Guarda; 1868, 01 abril - Inaugurado o serviço direto de Lisboa a Madrid; 1875, 09 abril - Portaria encarregando o Eng. Francisco Maria de Sousa Brandão de elaborar o projeto definitivo para a construção do CF da Beira Baixa; 1876, 26 janeiro - O Governo abre concurso para a construção dos CF da Beira Alta, Beira Baixa e do Algarve; 1880, 06 junho - Abertura à exploração pública do Ramal de Cáceres; 1882, 01 julho - Abertura à exploração pública da Linha da Beira Alta, entre Figueira da Foz e a fronteira por Vilar Formoso; 1883, 26 abril - Lei estabelecendo as condições para a construção do caminho-de-ferro da Beira Baixa e ramais de Mirandela e Viseu; 1883, 07 novembro - É adjudicada à Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses a Linha da Beira Baixa; 1884, 13 setembro - Assembleia Geral da Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses onde o Conselho de Administração de orientação francesa é substituído por um conselho comandado pelo Marquês da Foz; o Jornal do Comércio chama a essa Assembleia a "Assembleia Selvagem de Santa Apolónia"; 1891, 06 setembro - Abertura à exploração pública do troço entre Abrantes e Covilhã na Linha da Beira Baixa; 1893, 11 maio - Abertura à exploração pública do troço entre Covilhã e Guarda conclusão da Linha da Beira Baixa; Séc. 20, 1.ª metade - construção da estação; 1950 - projeto de ampliação. |
Dados Técnicos
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Materiais
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Bibliografia
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ALMEIDA, Pedro Vieira de e CALADO, Rafael Salinas - Aspectos Azulejares na Arquitectura Ferroviária Portuguesa. Lisboa: Caminhos de Ferro Portugueses, EP, 2001; FINO, Gaspar Correia - Legislação e disposições regulamentares sobre caminhos de ferro. Lisboa: Imprensa Nacional, 1903 e 1908; FRAILE, Eduardo Gonzalez - Las primeras estaciones de ferrocarril: su tipologia; HUMBERT, Georges-Charles - Traité Complet des Chemins de Fer; LOPEZ GARCIA e Mercedes Lopez - MZA, Historia de sus estaciones. Madrid: Ediciones Turner, S.A., (Coleccion de ciências, humanis y enginieria, nº 2), 1986; PIRES, António Pinto - Linha da Beira Baixa. 2016; PEREIRA, Hugo Silveira - Caminhos-de-ferro da Beira (1845-1893). Revista de História da Sociedade e da Cultura. 2011. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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DGPC: SIPA; Arquivo Técnico da IP-Infraestruturas de Portugal |
Documentação Administrativa
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Arquivo Técnico da IP-Infraestruturas de Portugal; Arquivo Histórico da CP-Comboios de Portugal |
Intervenção Realizada
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Observações
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EM ESTUDO |
Autor e Data
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Paula Azevedo e Ana Sousa 2017 (no âmbito do Protocolo de colaboração DGPC / Infraestruturas de Portugal) |
Actualização
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