Estação Ferroviária de Belmonte-Manteigas

IPA.00035774
Portugal, Castelo Branco, Belmonte, União das freguesias de Belmonte e Colmeal da Torre
 
Estação ferroviária da Linha da Beira Baixa, projetada e construída no início do século 20, onde ainda permanecem o edifício de passageiros (EP) e, à direita, correnteza de casas térreas de habitação para trabalhadores. EP de nível, implantado do lado esquerdo das linhas férreas, de três corpos articulados, o central de dois registos e os laterais térreos; cobertura diferenciada em telhados de 3 águas nos corpos laterais e de 4 no corpo central. Lambris de azulejo azul e branco, enxaquetado.
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Transportes  Apeadeiro / Estação  Estação ferroviária  

Descrição

Conjunto composto por edifício de passageiros, plataformas de embarque com abrigos, a linha férrea, casas de habitação para trabalhadores, muros em alvenaria de pedra e vedações em aço inox EDIFÍCIO DE PASSAGEIROS (EP): de nível, implantado do lado esquerdo das linhas férreas (sentido ascendente); planta retangular simples, massa disposta na horizontal, três volumes escalonados, com coberturas diferenciadas, em telhados de três e quatro águas, com revestimento em telha cerâmica vermelha, rematados por cimalhas. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, percorridas por socos em cantaria e por silhares de azulejos lisos enxaquetados de padrão azul e branco, estando flanqueadas por cunhais e rematadas por cornijas. São rasgadas de forma regular por vãos retilíneos, com molduras em cantaria de calcário, protegidos por caixilharias fixas e móveis de alumínio lacado de azul e vidro simples. O nome da estação "Belmonte-Manteigas" aparece escrito ao centro das fachadas laterais e da fachada virada às linhas férreas, em painéis de azulejos, letras e remate a azul sobre fundo branco. Fachada principal virada a SE. e às linhas férreas: composição simétrica, de três corpos, os inferiores percorridos por friso de cantaria; três panos, divididos por pilastras, o central de dois registos. No registo inferior surgem cinco portas, sendo três no corpo central e todas com verga em arco de volta perfeita; janelas axiais no registo superior do corpo central. Fachada posterior virada a NO. e ao Largo da Estação: semelhante à fachada SE. As fachadas laterais NE. e SO. são semelhantes: um só registo e um só pano, sem quaisquer vãos de janela ou porta. A plataforma do EP tem revestimento de piso por lajetas antiderrapantes e está provida de faixa de segurança e bordadura em betão liso. INTERIOR: paredes rebocadas e pintadas de branco. ABRIGOS: implantados a NE. do EP e na mesma plataforma e a SE. Na plataforma oposta, apresentam linhas retilíneas, com zonas de espera sentada. CASAS DE HABITAÇÃO: implantação a SE. das linhas e do EP; correnteza de planta retangular simples, massa disposta na horizontal; volume simples, de um só registo com cobertura em telhados de duas águas, e revestimento em telha cerâmica vermelha, formando beirados, interrompidos por chaminés, uma por cada habitação. Fachadas rebocadas e pintadas de branco. ARRANJOS EXTERIORES: plataformas de passageiros em lajetas, carris e travessas de madeira, sinais de circulação ferroviária e calços na via; restante área em terra batida; portão em ferro, vedações de delimitação dos domínios ferroviários em aço inox, muros em alvenaria de pedra rebocada; painéis de sinalética; vários candeeiros de iluminação pública.

Acessos

Estrada de Belmonte - Belmonte Gare. WGS84 (graus decimais) lat: 40.195996; long: -7.201088

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Rural, implantado numa zona limítrofe, a nascente da povoação; a envolvente apresenta um tecido fragmentado, com poucas construções com implantação definindo o traçado de alguns arruamentos de acesso.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Transportes: Estação ferroviária

Utilização Actual

Devoluto

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Infraestruturas de Portugal (conforme do artigo 6º, nº 2 e 5, e artigo 11º, n.º 1, ambos do DL 91/2015, e com a regras definidas pelo regime jurídico do Domínio Público Ferroviário que constam do DL 276/2003)

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

Cronologia

1891, 06 setembro - Inauguração do troço Abrantes/Covilhã; 1893, 11.05.1893 - Inauguração do troço Covilhã/Guarda; 1868, 01 abril - Inaugurado o serviço direto de Lisboa a Madrid; 1875, 09 abril - Portaria encarregando o Eng. Francisco Maria de Sousa Brandão de elaborar o projeto definitivo para a construção do Caminho de Ferro da Beira Baixa; 1876, 26 janeiro - O Governo abre concurso para a construção dos Caminhos de Ferro da Beira Alta, Beira Baixa e do Algarve; 1880, 06 junho - Abertura à exploração pública do Ramal de Cáceres; 1882, 01 julho - Abertura à exploração pública da Linha da Beira Alta, entre Figueira da Foz e a fronteira por Vilar Formoso; 1883, 26 abril - Lei estabelecendo as condições para a construção do caminho-de-ferro da Beira Baixa e ramais de Mirandela e Viseu; 1883, 07 novembro - É adjudicada à Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses a Linha da Beira Baixa; 1884, 13 setembro - Assembleia Geral da Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses onde o Conselho de Administração de orientação francesa é substituído por um conselho comandado pelo Marquês da Foz; o Jornal do Comércio chama a essa Assembleia a "Assembleia Selvagem de Santa Apolónia"; 1891, 06 setembro - Abertura à exploração pública do troço entre Abrantes e Covilhã na Linha da Beira Baixa; 1893, 11 maio - Abertura à exploração pública do troço entre Covilhã e Guarda conclusão da Linha da Beira Baixa; Séc. 20, 1.ª metade - construção da estação

Dados Técnicos

Materiais

Bibliografia

ALMEIDA, Pedro Vieira de e CALADO, Rafael Salinas - Aspectos Azulejares na Arquitectura Ferroviária Portuguesa. Lisboa: Caminhos de Ferro Portugueses, EP, 2001; FINO, Gaspar Correia - Legislação e disposições regulamentares sobre caminhos de ferro. Lisboa: Imprensa Nacional, 1903 e 1908; FRAILE, Eduardo Gonzalez - Las primeras estaciones de ferrocarril: su tipologia; HUMBERT, Georges-Charles - Traité Complet des Chemins de Fer; LOPEZ GARCIA e Mercedes Lopez - MZA, Historia de sus estaciones. Madrid: Ediciones Turner, S.A., (Coleccion de ciências, humanis y enginieria, nº 2), 1986; PIRES, António Pinto - Linha da Beira Baixa. 2016; PEREIRA, Hugo Silveira - "Caminhos-de-ferro da Beira (1845-1893)". Revista de História da Sociedade e da Cultura. 2011.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

DGPC: SIPA; Arquivo Técnico da IP-Infraestruturas de Portugal

Documentação Administrativa

Arquivo Técnico da IP-Infraestruturas de Portugal; Arquivo Histórico da CP-Comboios de Portugal

Intervenção Realizada

Observações

EM ESTUDO

Autor e Data

Paula Azevedo e Ana Sousa 2017 (no âmbito do Protocolo de colaboração DGPC / Infraestruturas de Portugal)

Actualização

 
 
 
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