Estação Ferroviária de Cachão

IPA.00035770
Portugal, Bragança, Mirandela, Frechas
 
Estação ferroviária da Linha do Tua, construída no séc. 20, conservando ainda o edifício de passageiros, as instalações sanitárias, o cais coberto fechado e a casa de habitação de guarda da passagem de nível. O edifício de passageiros tem planta retangular e fachadas evoluindo em dois pisos, percorridas por socos de cantaria, remates em cornija de massa, e rasgadas por vãos abatidos com a zona superior das jambas em cantaria. O espaço interior divide-se em zona destinada à habitação do chefe de estação e à área de serviço e do público. O cais coberto possui grande interesse, já que tem planta retangular composta por corpo fechado e alpendre frontal, cobertos por cobertura única, rematada em longas abas corridas de madeira. A ligação ferroviária era feita em via estreita (bitola métrica) entre a estação do Tua (Linha do Douro) e a estação de Bragança, numa extensão total de 134 quilómetros.
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Transportes  Apeadeiro / Estação  Estação ferroviária  

Descrição

CONJUNTO composto por edifício de passageiros (EP), cais coberto (CC) fechado, instalações sanitárias e a casa de habitação do guarda da passagem de nível (PN). O EDIFÍCIO DE PASSAGEIROS tem planta retangular, com coberturas em telhados de duas águas, rematadas em beirada simples, e sobreposta por duas chaminés. Fachadas de dois pisos, rebocadas e pintadas de branco, com soco de cantaria, remate em cornija de massa, sendo rasgadas por vãos de arco abatido, com a parte superior das jambas em cantaria, as janelas com peitoril do mesmo material, e caixilharia formando bandeira. A fachada principal, virada a nascente, e a posterior têm esquema semelhante, rasgando-se no piso térreo três portais e no segundo janelas de peitoril, ainda que na principal sejam quatro e na posterior três. As fachadas laterais, terminadas em empena, são rasgadas por olho de boi no topo e, na esquerda, por dois portais, interligados pelas molduras das jambas, possuindo ainda toponímia em relevo, que surge igualmente na fachada posterior, virada à linha. Alguns dos vãos encontram-se atualmente emparedados. À fachada lateral direita, adossa-se armazém, volumetricamente mais baixo, com fachada principal e lateral rasgada por janelas de igual modinatura e a posterior por amplo portal semelhante, mas com fecho relevado. INTERIOR: o espaço estava dividido entre áreas de serviço, sala de espera e habitação do chefe de estação. O CAIS COBERTO, a nordeste do edifício de passageiros, tem planta retangular, composta por corpo fechado e alpendre, com cobertura única em telhados de duas águas, terminadas em longas abas corridas, suportadas por vigamento de asnas, sobre escoras de madeira e pilares em ferro, na zona do alpendre. O corpo fechado apresenta as fachadas rebocadas e pintadas de branco, lateralmente rasgadas superiormente, formando respiradouros. A fachada virada à linha é rasgada por ampla porta, com folhas de correr, a do topo sudoeste por porta de arco abatido, moldurada, e a da fachada oposta por três janelas, a superior jacente, todas emparedadas. A paisagem ferroviária apresenta ainda outros vestígios complementares, tais como as linhas, principais e secundárias, e aparelhos de mudança de via (AMV, ou agulhas, como são conhecidas na gíria ferroviária).

Acessos

Frechas, Lugar de Cachão; EN 213; Linha do Tua - Ponto quilométrico 41,866 (PK). WGS84 (graus decimais): lat.: 41,387981, long.: -7,166216

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Peri-urbano, adossado, no exterior da povoação, junto ao rio Tua e desenvolvendo-se nas imediações ampla zona industrial, parcialmente abandonada.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Transportes: estação ferroviária

Utilização Actual

Transportes: estação ferroviária / Devoluto (alguns edifícios)

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Infraestruturas de Portugal (conforme do artigo 6º, nº 2 e 5, e artigo 11º, n.º 1, ambos do DL 91/2015, e com a regras definidas pelo regime jurídico do Domínio Público Ferroviário que constam do DL 276/2003)

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

Cronologia

1887, 29 setembro - inauguração da circulação da linha entre Tua e Mirandela; séc. 20 - provável construção do edifício da estacão de Cachão, inserida em troço em exploração entre Cachão e Carvalhais; 2008, agosto - encerramento.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes autónomas.

Materiais

Bibliografia

«O que se fez em caminhos de ferro no ano de 1939». In Gazeta dos Caminhos de Ferro. 01 janeiro 1940, n.º 52, p. 38; «Troços de linhas férreas portuguesas abertas à exploração desde 1856, e a sua extensão». In Gazeta dos Caminhos de Ferro. 16 Outubro 1956, n.º 69, p. 528; TORRES, Carlos Manitto - «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário». In Gazeta dos Caminhos de Ferro. 16 março 1958, n.º 71, p. 134.

Documentação Gráfica

Arquivo Técnico da IP-Infraestruturas de Portugal (solicitação através do site www.infraestruturasdeportugal.pt)

Documentação Fotográfica

DGPC: SIPA; Arquivo Técnico da IP-Infraestruturas de Portugal (solicitação através do site www.infraestruturasdeportugal.pt)

Documentação Administrativa

Arquivo Técnico da IP-Infraestruturas de Portugal (solicitação através do site www.infraestruturasdeportugal.pt); Câmara Municipal de Lisboa: Hemeroteca Digital

Intervenção Realizada

Companhia Nacional de Caminhos de Ferro: 1939 - reparação do telhado, abas e faixas do edifício de passageiros, retoques nos enchimentos interiores e exteriores e caiação geral; pinturas parciais na residência do chefe da estação e pinturas gerais nas dependências destinadas ao público; reparação de portas e caixilhos e pintura geral em todas as esquadrias exteriores; assentamento de vidros e afinação de ferragens; retoques dos enchimentos, caiação geral e pintura parcial das esquadrias do cais coberto; retoques dos enchimentos, caiação geral e pinturas parciais, assentamento de vidros e afinação de ferragens nas casas de habitação dos carregadores da estação; reparação de faixas do telhado, execução e assentamento de uma porta, retoques nos enchimentos, pintura geral e caiação das instalações sanitárias; reparação das faixas e das portas exteriores da casa do partido n.º 4, bem como retoques nos enchimentos, caiação geral interior e exteriormente e pinturas parciais das esquadrias da mesma.

Observações

EM ESTUDO

Autor e Data

Armando Oliveira / Paula Noé 2017 (no âmbito do Protocolo de colaboração DGPC / Infraestruturas de Portugal)

Actualização

 
 
 
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