Convento da Ordem Terceira de São Francisco de Ponte de Lima

IPA.00003577
Portugal, Viana do Castelo, Ponte de Lima, Arca e Ponte de Lima
 
Arquitectura religiosa, barroca e rococó. Igreja de planta longitudinal composta de nave e capela-mor, interligada ao Convento de Santo António, com decoração essencialmente barroca. Destaque para o claustro associado à igreja da Ordem Terceira. Os azulejos enxaquetados da nave constituem um revivalismo dos enxaquetados maneiristas; a talha dos vários altares constitui 1 excelente conjunto de talha barroca; o órgão, altar do lado do Evangelho e o cadeiral, com decoração muito elegante, são neoclássicos.
Número IPA Antigo: PT011607350045
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Convento / Mosteiro  Convento masculino  Ordem de São Francisco - Franciscanos Terceiros

Descrição

Conjunto de 2 conventos, com igrejas de planta longitudinal, composta por nave única, capela-mor rectangular, claustro quadrangular e outras dependências adossadas. Volumes articulados e escalados, com coberturas diferenciadas em telhados de 2 e 4 águas. Convento Santo António - Frontespício virado ao rio, terminado em empena com fogaréus coroando as pilastras dos cunhais, rasgado por arco em asa de cesto, janela quadrada ladeada de 2 nichos com imagens, e óculo oval sobrepostos. Torre sineira quadrada adossa-se avançada à direita, com alçado entre pilastras, rasgado por janelas e coroado por frontão interrompido sobre o campanário. Nave precedida por galilé aberta, coro-alto com cadeiral, púlpito quadrado sobre mísula de pedra no lado da Epístola e 2 capelas no lado do Evangelho; destas, destacamos a de Nª Sª da Piedade, enquadrada por estrutura de torsais, duplo arco rendilhado com 2 altares de talha. Arco triunfal pleno, revestido a talha polícroma e capela-mor com altar também de talha. Interior iluminado por janelas de ambos os lados, com pavimento de madeira e tecto curvo de madeira. Ante-sacristia, forrada a azulejos polícromos de padrão, com pequeno altar de talha, num vão de arco em asa de cesto que, tal como a porta lateral, é pintado imitando mármores. Sacristia com lambril de azulejos de figura avulsa, arcaz com alçado decorado por painéis alusivos a Stº António e relicários; tecto formando painéis pintados. Claustro pequeno, de 2 pisos, com arcada sobre colunas no 1º e loggia no 2º; ao centro fonte oval. Convento Ordem terceira de São Francisco - frontespício com pilastras nos cunhais apoiando a cornija decorada por triglifos e encimados por pináculos e frontão contracurvado com nicho central. Pórtico de verga recta, ladeado por dupla ordem de pilastras coroadas por pináculos e frontão interrompido por pedra de armas; lateralmente, 2 janelas de moldura recortada. Alçado lateral da nave e capela-mor rasgado por janelas de igual recorte. Parcialmente à fachada posterior desta última, adossa-se torre sineira de 2 registos e cobertura bolbosa. Nave com lambril de azulejos enxaquetados, coro-alto, órgão no lado da Epístola, 2 púlpitos quadrados colaterais, em talha sobre mísulas de pedra, 2 altares colaterais de talha dourada e 1 outro mais simples de talha polícroma no lado do Evangelho. Portas e janelas, de ambos os lados, com frontaleiras de talha. Abóbada de cruzaria com nervuras de madeira pintada e estrutura de talha revestindo o arco triunfal. Capela-mor com o mesmo tipo de cobertura, cadeiral de ambos os lados com alçados decorados, janelas com frontaleiras e grande retábulo de talha, com 2 nichos e trono central. Sacristia com arcaz encimado por pequeno altar com "Calvário", tecto com decoração de talha e mesa de tampo oitavado e pé muito esculpido.

Acessos

Avenida dos Plátanos. VWGS84 (graus decimais) lat.: 41,765005; long.: -8,587103

Protecção

Em vias de classificação (Homologado como IIP - Imóvel de Interesse Público, Despacho de fevereiro 1974 do Secretário de Estado da Cultura) *1

Enquadramento

Urbano, adossado, implantação harmónica. A poente da vila, com corpos organizados perpendicularmente virados para um adro conjunto, precedido por escadaria, dando para a Alameda dos Plátanos, junto ao rio Lima e pouco distante da igreja de Nossa Senhora da Guia.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Religiosa: convento masculino

Utilização Actual

Religiosa: igreja / Cultural e recreativa: museu

Propriedade

Privada: Igreja Católica

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 15 / 18 / 19

Arquitecto / Construtor / Autor

CARPINTEIRO: Manuel de Oliveira (1745 / 1747); Pedro de Oliveira (1751). ENTALHADOR: António da Cunha Correia do Vale (1756); António Rodrigues (1760-1761); José Alves de Araújo (1756); Manuel da Cunha Correia (1756). ORGANEIRO: Manuel de Sá Couto. PEDREIRO: Feliciano Alves Rego (1747); João Domingues do Vale (1718). PINTOR: Domingos Alvares (1751). MESTRE: Luigi Chiari.

Cronologia

1480 - Visconde D. Leonel de Lima e esposa, D. Filipa da Cunha, fundam convento que pretendiam que fosse para os Religiosos Observantes, mas como os Padres claustrais tinham 1 convento pouco distante de Ponte de Lima opuseram-se, acabando por ficar com invocação de Santo António; 1481, 19 Jun. - Breve do Papa Xisto IV autorizando; 1485, 20 Nov. - Sagração da igreja; 1494, 14 Abr. - Visconde doa convento à Ordem; 1520 - fundação da Capela Nª Sª da Graça; c. 1530 - fundação da capela do Visconde; 1568 - separação do convento da Santa Província de Portugal; 1593 - reedificação do dormitório, refeitório e cozinha, tecto do claustro e consertos na igreja, gastando-se até aqui 252.462 rs; 1601 / 1604 - muros da cerca feitos com dinheiro das esmolas; 1614 - retábulo para o altar-mor, tendo o Visconde Padroeiro dado a madeira necessária; transferência da imagem de Nª Sª da Graça para a sacristia; 1619 - douramento do retábulo-mor e altares laterais; 1620 - fr. António de Penalva manda fazer imagem da Senhora da Conceição, venerado no altar colateral da Epístola; 1630 - levantamento de 10 palmos da igreja e feitura de 3 frestas de cada lado e um novo tecto; 1632 - reparação da capela Nª Sª do Rosário; 1639 - manda-se fazer torre e cela do sacristão; 1640 - Breve de Urbano VIII autoriza que 1 vez por ano os religiosos pudessem ter o Santíssimo exposto na igreja por 40 horas; 1651 - estabelecimento do noviciado; 1656 - Fr. Bernardino de São Pedro; manda fazer varanda da enfermaria; 1662 - acrescentamento de 22 palmos ao refeitório, cortando-os do "Deprofundis", pelo que este ficou muito acanhado; 1671 - feitura de nicho em pedra na parede do claustro para outra imagem de Nª Sª da Conceição; 1673 - reforma do coro; 1699 - Fr. João da Visitação manda gravar imagem Nossa Senhora da Conceição no novo sino, colocado a 13 Jan.; 1704, depois - Frei João da Visitação aumenta "De profundis" e cozinha; 1708 - Pe António do Sacramento manda demolir abóbada da capela e cobri-la de madeira; 1718, 25 Janeiro - execução da sacristia da Ordem Terceira, junto à capela, usada como definitório, pelo pedreiro João Domingues do Vale, do Couto de Gondufe, Barcelos, por 118$000; 1722 - altar da capela dos Viscondes mudou para o centro da mesma; melhoramento do retábulo então danificado, tecto de madeira na capela-mor; 1723 - novo refeitório; 1743 / 1744 - reforma da sacristia; 1744 - novo frontespício da igreja, que avançou; 1745, 16 Novembro - obra de madeiramento do corpo da igreja e capela-mor da Igreja da Ordem Terceira, pelo carpinteiro Manuel de Oliveira, da freguesia de Santiago de Rebordões por 120$000; 1747 - obra da igreja da Ordem Terceira pelo pedreiro Feliciano Alves Rego, da freguesia de Gontinhães; 13 Maio - ajuste da obra de madeiramento e todo o corpo da igreja do convento de Santo António, por Manuel de Oliveira, da freguesia de Rebordões, por 150$000; 1750 - acréscimo de alguns palmos na altura da igreja, aumento das frestas e abóbada de estuque. Igreja da ordem Terceira - 1723 - frades da Ordem 3ª apossam-se de capela abandonada contígua à parte N. da igreja de Santo António; 1744 - frades do Convento dão terreno para construção de igreja, pelo que se mudou a fonte pública para o paredão do adro; 24 Setembro - mestre pedreiro Feliciano Alves do Rego arremata a obra (excepto a torre sineira) por 1.150$000; 1745, 27 Janeiro - lançamento da 1ª pedra; 1747, 19 Maio - sagração por Fr. João de Jesus Maria; 1751, 11 Julho - obra da imagem de Nossa Senhora da Conceição da igreja pelo carpinteiro Pedro de Oliveira, da vila; 10 Outubro - douramento, estofo e encarnação da imagem e reforma das pinturas dos altares colaterais da igreja pelo pintor Domingos Alvares, por 14$500; 1756 - feitura da mesa da sacristia; 16 Maio - pagamento do risco do retábulo da capela-mor e dos laterais da Igreja da Ordem Terceira, pelo entalhador José Alves de Araújo, de Braga, por 24$000, efectuado pelos mesários; 27 Maio - ajuste da obra de 3 frontais, 2 púlpitos, 15 sanefas, 7 imagens de santos, 2 anjos tocheiros e 14 castiçais aos entalhadores António da Cunha Correia do Vale e Manuel da Cunha Correia, de Guimarães, por 1:100$000; 1760 - 1761 - mestre António Rodrigues, de Viana, vem a Ponte de Lima, rever os retábulos da igreja dos Terceiros, por 2:000$4000; 1766 - sacrário; 1779 - aprovação dos seus estatutos pela Ordem; 1801 / 1802 - cadeiral da capela-mor por Luigi Chiari; 1807 / 1808 torre sineira, deixando-se aberta apenas 1 campanário; 1824 - fecha-se a ligação entre os 2 conventos existente nos fundos da capela de Nossa Senhora do Rosário; 1825 / 1826 - órgão, por Manuel de Sá Couto, pela quantia de 630$000 réis; 1834 - decreto para desobstruir os 3 campanários; 1834 - o mosteiro com dormitórios e corredores, enfermarias, claustros, hospedarias, casa do forno, tulha, coberto e barbearia e competentes lojas foi avaliado em 6 390$000 e todas as terras e terreiros, jangadas de vinha, jardins pomares e lavradio anexo dentro muros foram em 1:170$000, o que prefacia 7: 560$000; 4 Junho - inventário dos bens do mosteiro; 9 Junho - arrendamento da Quinta da Cerca, hospedaria e casa dos moços; arrematação da vinha existente nas adegas de cima e de baixo, milho e centeio; 1878 - implatação do cemitério municipal na Cerca do Convento de Stº António; 1978 - criação do Museu dos Terceiros no mesmo Convento; 2002 - assinatura de protocolo entre o Instituto Limiano - Museu dos Terceiros e a Câmara Municipal de Ponte de Lima, para "o restauro e gestão conjunta do espaço"; 2008 - reabertura do museu ao público; 2021, 05 abril - Despacho n.º 3533/2021 relativo à credenciação do Museu dos Terceiros e consequente integração na Rede Portuguesa de Museus, em DR, 2.ª série, n.º 65.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes.

Materiais

Granito, talha, madeiras, azulejos, pinturas, telas. Pavimento de madeira e lajes e cobertura de telha.

Bibliografia

LEMOS, Miguel Roque dos Reis, Apontamentos para as Memórias das Antiguidades de Ponte de Lima, Arquivo de Ponte de Lima, 1873; AURORA, Conde d', Roteiro da Ribeira Lima, Porto, 1959; s.a., Igreja - Museu em Ponte de Lima in Jornal de Notícias, Porto, 7 Março 1964; REIS, António P. de Matos dos, Itenerários de Ponte de Lima, Ponte de Lima, 1973; MORAIS, Adelino Tito de, Artistas que trabalharam na Ordem Terceira de Ponte de Lima in I Colóquio Galaico - Minhoto, vol. 2, Ponte de Lima, 1981, s.a.; O Convento de Santo António dos Capuchos in Arquivo de Ponte de Lima, vol. 5, Braga, 1984, p. 97 - 208; MECO, José, Azulejaria Portuguesa, Lisboa, 1985; ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de, Alto Minho, Lisboa, 1987; ALMEIDA, José Alberto Ferreira de, Tesouros Artísticos de Portugal, Porto, 1988; MORAIS, Adelino Tito de, Museu dos Terceiros. Sonho Tornado Realidade in Jornal de Notícias, Porto, 14 Setembro 1991; CARDONA, Paula Cristina Machado, A actividade mecenática das confrarias nas Matrizes do Vale do Lima nos séc. XVII a XIX, vol. 3, Porto (Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Departamento de Ciências e Técnicas do Património), 2004.

Documentação Gráfica

DGPC: DGEMN

Documentação Fotográfica

DGPC: DGEMN:DSID

Documentação Administrativa

IAN: Arquivo Histórico do Ministério das Finanças, Conventos extintos: Convento de Santo António de Ponte de Lima, Cx. 2244

Intervenção Realizada

Observações

*1 - DOF: Igreja de São Francisco e Igreja de Santo António dos Capuchos com remanescentes do Convento, incluindo o Claustro. *1 - O Inventário de 1834 descreve o convento do seguinte modo: sobre a porta principal da igreja existiam as imagens em pedra de São Francisco, São Pedro de Alcântara e Santo António. No interior, o retábulo-mor era moderno, pintado e dourado, com camarim do mesmo feitio e, de cada lado, tinha uma imagem de grande vulto a saber, São Francisco e São Pedro de Alcântara, com resplendores de folha e, na banqueta, o sacrário. O altar colateral da direita, com a invocação de Santo António, era dourado e pintado, tendo ao centro oratório envidraçado com imagem de Santo António de vulto, com resplendor, e o Menino na mão; era ladeado pelas imagens de Nossa Senhora e São José e outra do Menino Deus, todas douradas e prateadas. O altar do Sacramento, dourado e pintado, tinha oratório envidraçado central, contendo a imagem de Nossa Senhora, dourada, com cortina de seda vermelha; lateralmente tinha as imagens de São Sebastião, encarnada, e de São Brás, sendo esta pintada e dourada; sobre a banqueta, tinha o tabernáculo dourado. No altar do Senhor da Piedade, o retábulo era antigo, pintado e dourado, tendo ao centro oratório envidraçado com Santo Cristo em grande vulto com a Senhora da Piedade aos pés que tinha o Senhor Morto no regaço; ladeavam-no dois anjos de vulto e ainda as imagens de Nossa Senhora e São João Evangelista, também de vulto ordinário. O retábulo de Nossa Senhora do Rosário, antigo e dourado, tinha ao centro imagem de Nossa Senhora com coroa de folha pintada e dourada e, lateralmente, as imagens de São Domingos e São Francisco, ambas de grande vulto e resplendor de folha. O altar do Espírito Santo tinha retábulo antigo e pintado com painel central de Pentecostes. À esquerda da capela-mor o altar da Nossa Senhora da Conceição tinha retábulo moderno, com o oratório sem vidraça albergando a imagem do orago, de grande vulto, pintado e dourado, com coroa; lateralmente tinha as imagens de Santa Ana e de Santa Quitéria, pintada e douradas; na boca do oratório existia custódia de pau. No arco triunfal existiam dois anjos de madeira pintados, obra antiga e, inferiormente, dois anjos tocheiros. Junto ao altar de Nossa senhora da Conceição ficava a porta travessa com painel pintado com o Calvário. Na sacristia existia o arcaz, com 12 gavetões, e um retábulo antigo e dourado no centro, envidraçado com crucifixo de marfim com quatro vidraças com relicários, com resplendor e Cristo, de folha. Ao lado tinha as imagens de São João e Nossa Senhora. No coro havia um grande oratório sobre a grade, com imagem do Senhor, de três palmos, cruz pintada de preto e, lateralmente, imagens menores de São João e Nossa Senhora, de vulto, ordinária; estante coral antiga com 8 livros e quadrados velhos na parede da frente do coro. A capela da varanda tinha um retábulo antigo, pintado e dourado, com um painel representando Jesus, Maria José, e o altar tinha toalha de seda velha, três sacras, só uma envidraçada, uma cruz de pau antigas pintadas com um crucifixo de marfim, mais ou menos de um palmo, e quatro custódias de pau douradas. A capela do noviciado tinha um retábulo, bem pintado e dourado, com oratório envidraçado no centro, contendo a imagem de Nossa Senhora com um manto de chita branco e flores vermelhas, e coroa de obra dourada; tinha ainda as imagens de São Joaquim e de Santa Ana, de vulto, ambas com resplendor de folha, pintadas e douradas. A da Senhora era de vulto ordinário. No altar tinha castiçais de pau ordinários pintados e dourados, toalha de linho e coberta de chita e duas credências maiores, ambas de pau ordinário. Na capela da enfermaria existia um altar pequeno e antigo, dourado e pintado, com oratório central, com vidraça, albergando Nossa Senhora das Dores, de vulto ordinário e resplendor também ordinário, três sacras (sem vidros) e seis castiçais de pau pequeno, muito ordinários. Ao lado do altar, existiam quatro quadros, sem vidros, dois com caixilhos, e um lampião de folha. No cimo das escadas do profundis havia um oratório grande, de pau guarnecido de talha antiga, pintado, com vidraças quebradas, pintado por dentro de azul com ramos vermelhos, tendo imagem Nossa Senhora das Dores, em vulto ordinário, com espada pequena e resplendor de prata; a imagem era dourada e pintada. A capela do capítulo no claustro tinha retábulo pequeno antigo, dourado e pintado, tendo no centro crucifixo de dois palmos, com uma cruz pintada de verde e dois castiçais de pau velhos, pintadas de azul. A capela de São Boaventura tinha um retábulo muito antigo, pintado e dourado, com oratório central sem vidraça, contendo imagem do orago, de pau, muito velho, altar com seis castiçais de pau, pintado de verde, também muito velho. Na parede dos claustros havia um oratório com a imagem de Nossa Senhora da Conceição, de pau, de grande vulto, com coroa de folha, pintada e dourada, mais dois castiçais e duas sacras de pau, muito velho e o oratório de vidraça. Na entrada da portaria existia na parede um oratório de pedra com imagem de Santo Cristo, com cerca de cinco palmos, cruz pintada de preto e São Francisco, em vulto grande, com sua túnica de linho tingido, velha, sendo ambas as imagens de pau. A capela de Nossa Senhora da Graça tinha retábulo antigo, dourado e pintado, tendo ao centro três imagens: a Nossa Senhora da Graça, em grande vulto, com resplendor de folha, e a de São Joaquim e Santa Ana de vulto ordinário, com coroa de folha, todas douradas e pintadas; três sacras, muito velhas e sem vidros. Existiam ainda 21 quadros em caixilhos, uns pequenos outros maiores, alguns ordinários, outros muito velhos, menos um que era grande, representava a Última Ceia e estava no refeitório, e os outros em montes. À entrada do coro, tinha numa parede uma grande cruz de pau, pintada de preto, com grande imagem de Cristo. O convento tinha cinco sinos, três na torre, maiores, e dois mais pequenos, um na portaria e outro à entrada do refeitório. Na cerca existiam as seguintes capelas: a Capela do Senhor Morto, com imagem e mais nove em barro quebrado e uma cruz de pau velho pintado de preto; a de São João, com imagem de barro velho; a de Nossa Senhora da Mata, com retábulo antigo pintado tendo ao centro oratório envidraçado com imagem de Nossa Senhora em vulto ordinário pintado e dourado com coroa de folha, e 4 castiçais de pau muito velhas; nicho com imagem de São Francisco das Chagas tudo de pedra. *2 - DOF: Igreja da Ordem Terceira de São Francisco e Igreja de Santo António dos Capuchos com remanescentes do Convento, incluindo o Claustro. *3 - A Igreja foi classificada conjuntamente com o Convento de Santo António / Igerja de Santo António (v. PT011607350252).

Autor e Data

Paula Noé 1992

Actualização

 
 
 
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