Estação Ferroviária de Funcheira

IPA.00035710
Portugal, Beja, Ourique, União das freguesias de Garvão e Santa Luzia
 
Estação ferroviária de passagem, da Linha do Sul - Linha do Alentejo, construída no séc. 20, atualmente só com serviço de passageiros. Conserva o edifício de passageiros, o das instalações sanitárias, cais cobertos (armazéns) e cais descobertos, vários depósitos de água e dois de combustível, uma placa giratória e três imóveis que se destinavam a habitação ferroviária.
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Transportes  Apeadeiro / Estação  Estação ferroviária  

Descrição

Conjunto composto por edifício de passageiros, edifício das instalações sanitárias, as plataformas de embarque e as linhas férreas, dois cais cobertos (armazéns) e cais descobertos, vários depósitos de água e dois de combustível, uma placa giratória e, na restante área, um bairro ferroviário e outros elementos caraterísticos da paisagem ferroviária. EDIFÍCIO DE PASSAGEIROS (EP) de planta retangular, a poente da linha férrea, composto por três corpos, de volume articulados, sendo o central mais elevado, e com coberturas escalonadas em mansardas, revestidas a telhas concheadas vermelhas, e telhados de três águas nos corpos laterais e de duas no central. Sobrepõem a cobertura três chaminés. Apresenta fachadas rebocadas e pintadas de branco, com soco de cantaria e silhar de azulejos policromos de padrão, com os cunhais e corpos definidos por alhetas de cantaria, pisos separados por cornija e remate em cornija e platibanda plena, coroada por pináculos em bola. A fachada principal, virada a noroeste, e a posterior são semelhantes, de três corpos, o central de dois pisos e os laterais de apenas um, rasgadas regularmente por vãos em arco de volta perfeita, com moldura em alhetas de cantaria e caixilharia formando bandeira; correspondem, na fachada principal, a três portas sobrepostas por janelas de peitoril, no corpo central, e a janelas de peitoril, nos laterais, e, na fachada posterior, virada à linha, a portas ao nível do piso térreo e a janelas de peitoril no segundo piso, do corpo central. As mansardas são rasgadas por bífora central, de arco abatido e com guarda de peito em ferro, definidas por aletas laterais e remate angular, entre pequenos vãos, em arco de volta perfeita, rematado em cornija, e com bandeira. A fachada virada à linha é percorrida por alpendre com estrutura em ferro fundido, pintada de tinta de esmalte, branca. As fachadas laterais possuem os corpos laterais rasgadas por duas portas de igual modinatura e a mansarda por bífora igual à da fachada principal e posterior, que surge igualmente no corpo central, mas ai entre pequenos vãos, em arco de volta perfeita, rematado em cornija, e com bandeira. CAIS COBERTOS de planta retangular simples e massa disposta na horizontal, localizados a sudoeste e a sudeste do Edifício de Passageiros, com coberturas em telhado de duas águas, com grandes abas corridas nas fachadas laterais, em consola sobre asnas de madeira, permitindo a existência de amplos vãos jacentes, de arejamento. Apresentam fachadas rebocadas e pintadas de branco, rasgadas por vãos em arcos de abatidos, rematando as de topo em empena, onde as portas de acesso surgem entre janelas. MOBILIÁRIO DA ESTAÇÃO: relógio Paul Garnier, bancos e candeeiros de iluminação pública.

Acessos

Funcheira, Largo da Estação Ferroviária; Rua do Poço Novo; estação de passagem ao PK 164,681 da Linha do Sul; PK 217,600 da Linha do Alentejo. WGS84 (graus decimais): lat.: 37,72542; long.: -8,339469

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Rural, isolado, na periferia da povoação. A estação é vedada por vários tipos de vedação de delimitação do domínio ferroviário, um dos quais em cimento armado, existindo em frente ao edifício de passageiros amplo largo alcatroado. As plataformas da estação têm pavimento em calçada portuguesa, com o nome da estação em vidraço preto e bordadura em pedra bujardada.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Transportes: estação ferroviária

Utilização Actual

Transportes: estação ferroviária

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Infraestruturas de Portugal (conforme do artigo 6º, n.º 2 e 5, e artigo 11º, n.º 1, ambos do DL 91/2015, e com a regras definidas pelo regime jurídico do Domínio Público Ferroviário que constam do DL 276/2003)

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

1914, 23 agosto - Inauguração do edifício de passageiros; séc. 20 - colocação de vedação em cimento armado, com desenho da Divisão de Via e Obras da CP; 1997, 29 abril - criação da REFER, gestora da infraestrutura ferroviária nacional incluindo as estações; 2013 - colocação de placa dissuasora de furto e vandalismo do património azulejar; 2015, 01 junho - criação da IP-Infraestruturas de Portugal, gestora da infraestrutura rodo-ferroviária nacional, incluindo as estações.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes.

Materiais

Estrutura rebocada e pintada; soco, cunhais, cornijas, platibanda, molduras dos vãos, degraus, soleiras e peitoris em pedra calcária; silhar de azulejos policromos; caixilharias em madeira ou alumínio; vidros simples; guardas, colunas e alpendre em ferro; vedação em cimento armado; coberturas em telhados e mansardas em telha cerâmica.

Bibliografia

CALADO, Rafael Salinas, ALMEIDA, Pedro Vieira de - Aspectos Azulejares na Arquitectura Ferroviária Portuguesa. [Lisboa]: Caminhos de Ferro Portugueses, EP, 2001; FINO, Gaspar Correia - Legislação e disposições regulamentares sobre caminhos de ferro. Lisboa: Imprensa Nacional, 1903; HUMBERT, Georges-Charles - Traité Complet des Chemins de Fer. PARIS: Georges Charles Humbert, 1908; LOPEZ GARCIA, Mercedes Lopez - MZA, Historia de sus estaciones. Madrid: Ediciones Turner, S.A., 1986 (Coleccion de ciências, humanis y enginieria, nº 2); MARTINS, João Paulo - Cottinelli Telmo / 1897-1948. A Obra do Arquitecto. Lisboa: s.n., 1995, 2 vols. Texto policopiado. Dissertação de mestrado apresentada à Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa; PEVSNER, Nicolaus - Historia de las tipologias arquitectónicas. Barcelona: Gustavo Gili S.A. Ediciones, 1980.

Documentação Gráfica

Arquivo Técnico da IP-Infraestruturas de Portugal (solicitação através do site www.infraestruturasdeportugal.pt)

Documentação Fotográfica

Arquivo Técnico da IP-Infraestruturas de Portugal (solicitação através do site www.infraestruturasdeportugal.pt)

Documentação Administrativa

Arquivo Técnico da IP-Infraestruturas de Portugal (solicitação através do site www.infraestruturasdeportugal.pt)

Intervenção Realizada

Observações

EM ESTUDO.

Autor e Data

Paula Azevedo 2016 (no âmbito do Protocolo de colaboração DGPC / Infraestruturas de Portugal)

Actualização

 
 
 
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