Casa da Ribeira

IPA.00000357
Portugal, Braga, Amares, União das freguesias de Amares e Figueiredo
 
Casa nobre setecentista.
Número IPA Antigo: PT010301100013
 
Registo visualizado 459 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Residencial senhorial  Casa nobre    

Descrição

O espaço exterior da casa é delimitado por uma cerca que integra no acesso um portal armoriado. O brasão, localizado sobre a porta, insere-se num frontão semicircular, rematado por uma "pinha". Á esquerda localiza-se a capela com o plano da fachada ligeiramente mais elevado do que o muro onde se abre o portal. A fachada da capela tem sobre a porta de acesso exterior três janelões, sendo o central de maior dimensão e os laterais de dimensão igual entre si. A composição é rematada por um frontão triangular a toda a largura da fachada. A direita existe uma composição em tudo idêntica à fachada da capela, à excepção dos vãos exteriores que são simulados com o alto relevo dos reboco. A introdução deste elemento, corresponde a uma intenção forte de se estabelecer uma simetria relativamente ao portal, uma vez que não tem qualquer função nem volume. Esta simetria não se reflete no interior do pátio que não é nivelado. A encosta da colina prolonga-se naturalmente, tendo de um lado a fonte e a ladeira calcetada que desce para o rio Cávado, e do outro dois níveis separados por um muro de suporte. O edifício é constituido por dois pisos, sendo o rés do chão destinado a serviços e o 1º piso a habitação, normalmente designado por andar nobre. O interior é composto por uma série de salões. Alguns deles ainda conservam os tectos de madeira em forma de masseira

Acessos

Figueiredo; EN. 205; Lugar da Ribeira

Protecção

Categoria: MIP - Monumento de Interesse Público / ZEP, Portaria n.º 740-BB/2012, DR, 2.ª série, n.º 248 de 24 dezembro 2012

Enquadramento

Rural, isolada. A fachada principal da casa está voltada para o rio Cávado. Próximo do muro da cerca, existem pedreiras.

Descrição Complementar

A capela, dedicada a Nossa Senhora da Piedade, possui um retábulo, posterior à sua construção, de madeira escura realçada por uma leve decoração. Está orientada no sentido E. / O. Por detrás da abside da capela à uma ala que conduz ao corpo principal do imóvel.

Utilização Inicial

Residencial: casa nobre

Utilização Actual

Residencial: casa

Propriedade

Privada: pessoa singular

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 18

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

Séc. 18 - Mandada edificar por António Xavier Malheiro de Araújo Barriga; 2ª metade - construção do portal; 1770 - Carlos Malheiro de Araújo Barriga, filho de António Xavier foi batizado na capela da casa; 1996, 29 Outubro - despacho de classificação; 2011, 19 Outubro - publicação do anúncio nº 14987/2011, DR, 2ª série, nº 201, com o projecto de decisão relativo à classificação como Monumento de Interesse Público e fixação da respectiva zona especial de protecção.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes.

Materiais

Paredes exteriores em alvenaria de pedra resistentes, que conjuntamente com divisórias interiores suportam os pisos e coberturas com estrutura de madeira.

Bibliografia

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

DGPC: DGEMN:DSID

Documentação Administrativa

IPPAR - 6.11.3/15-1(2) - 86/3(58)

Intervenção Realizada

Observações

A imagem de Santa Bárbara foi oferecida ao Museu Nacional de Soares dos Reis pela Senhora D. Maria Ernestina de Magalhães e Menezes Azambuja. A "vox populi" atribuia ao edifício tantas portas e janelas como os dias do ano. O escudo é esquartelado: 1º - Malheiros, no 2º - Sousas de Arronches, no 3º - Araujos, no 4º - Barrigas. António Xavier Malheiro de Araújo Barriga, filho de Catarina Maria de Azevedo e Sousa foi sepultado na capela da Ribeira. A casa tem pertencido sempre à familia sendo alguns membros, nomeadamente Alberto Carlos de Magalhães e Meneses de Azambuja, importantes personalidades do norte do país. Este último foi eleito senador do regime de Sidónio Pais, várias vezes vereador da Câmara Municipal de Braga e sendo vice presidente, fez o discurso da proclamação da monarquia do norte. Foi presidente da Junta-Geral do Distrito de Braga, e ainda da Junta da Província do Minho.

Autor e Data

Isabel Sereno / João Santos 1994

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