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Conjunto urbano Aglomerado urbano Povoado Povoado da Época do Ferro Povoado fortificado
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Descrição
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Na encosta N., a abertura de um estradão cortou duas fossas abertas no saibro, possivelmente relacionadas com a ensilagem de alimentos, atribuíveis a uma ocupação deste local e da plataforma superior durante a Idade do Bronze. O outeiro foi posteriormente transformado em povoado fortificado, sendo defendido por duas ordens de muralhas, que o circundam, formando a linha defensiva interior uma pequena acrópole na plataforma superior do outeiro. As muralhas são construídas em aparelho poligonal e irregular, chegando a atingir c. de 3 m de altura e c. de 2 m de espessura |
Acessos
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Lugar de Calvos, estradão a partir do CM 1425, desde a EN 205 |
Protecção
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Categoria: SIP - Sítio de Interesse Público / ZEP, Portaria n.º 321/2013, DR, 2.ª série, n.º 106, de 06 junho 2013 |
Enquadramento
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Rural, isolado, outeiro destacado coberto de vegetação rasteira, sobranceiro ao Rio Ave. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Não aplicável |
Utilização Actual
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Não aplicável |
Propriedade
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Privada: pessoa singular |
Afectação
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Época Construção
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Idade do Ferro |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Não aplicável |
Cronologia
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Pré-história - possível ocupação; Idade do Ferro - ocupação; Época romana - reocupação; 1998, 5 Fevereiro - Despacho de classificação; 2012, 24 dezembro - anúncio nº 13801/2012, publicado em DR, 2ª série, nº 248 com o projeto de decisão relativo à classificação como sítio de interesse público (SIP); 2013, 3 junho - publicação da decisão de classificação como Sítio de Interesse Público e fixação da respetiva Zona Especial de Proteção, em DR, 2.º série, n.º 106, portaria n.º 321/2013. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes; muralhas construídas com silhares assentes em seco, em aparelho poligonal e irregular, constituídas por dois paramentos paralelos preenchidos interiormente com pedra miúda; fossas escavadas no afloramento. |
Materiais
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Muralhas em granito; cobertura de construções com "tegula" e "imbrex". |
Bibliografia
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CUNHA, Pe. Arlindo R. da, O Monte do Castelo em Roças, Diário do Minho, 28 Março 1950, Braga, 1950, p. 2; ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de, Uma cabeça romana de bronze, Revista da Faculdade de Letras da Universidade do Porto - Série História, 1, Porto, 1970, p. 77 - 82; TEIXEIRA, Carlos, Subsídios para o estudo da arqueologia bracarense, Bracara Augusta, 6 - 7 (1 - 4), Braga, 1955 - 56, p. 17 - 38; SILVA, Armando Coelho Ferreira da, A Cultura Castreja do Noroeste de Portugal, Paços de Ferreira, 1986, p. 80; ASSIS, Francisco de, LIMA, José Carlos, Património - Castros de Vieira do Minho, in Diário do Minho, 22 Dezembro 2005, pp. 22 - 28. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN / DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Séc. 20, início - escavações arqueológicas. |
Observações
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O espólio desta estação é constituído por fragmentos de cerâmica manual pré-histórica e um machado polido, de secção oblonga, fragmentos de cerâmica comum, da Idade do Ferro e romana, cerâmica romana de importação, fragmentos de vidro, "tegula", "imbrex", elementos numismáticos romanos (de bronze e de prata), artefactos metálicos, objectos de adorno e uma cabeça em bronze, possivelmente parte de uma pequena estatueta de uma divindade romana. O espólio desta estação é proveniente, para além do detectado à superfície, de escavações clandestinas praticadas por populares. A moeda de prata é um quinário de Carisius, legado de Augusto. A cabeça de bronze, possivelmente de Júpiter, deverá ser uma escultura da época de Septímio Severo, sendo possivelmente produto de importação. |
Autor e Data
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João Santos / Paulo Amaral 1996 |
Actualização
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