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Edifício e estrutura Edifício Religioso Convento / Mosteiro Mosteiro masculino Ordem de São Bento - Beneditinos
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Descrição
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Planta composta por nave única e cabeceira de planta rectangular. Flanqueando a frontaria, para N., torre sineira de planta quadrada e capela adossada à fachada N. Volumes articulados e cobertura diferenciada em telhado de duas águas na nave, na cabeceira, e na capela adossada. Fachada principal rematada por pilastras encimadas por pináculos, restantes ângulos rematados por pilastras e ângulos das empenas encimados por cruzes. Fachada principal, orientada a O., revestida a azulejos polícromos de padrão com florões estilizados, reboco branco na torre. Portal encimado por janelão ornado com frontão. Alçado N.: pano da torre cego, pano da nave com janela elevada seguida de porta térrea, pano da capela adossada cego, curto pano da nave cego, cabeceira com duas janelas elevadas. Cachorrada sob a cornija na cabeceira, 11 cachorros decorados com motivos geométricos. Alçado E.: pano da capela adossada com janela, o da cabeceira cego e o da sacristia com 2 janelas ao nível do piso térreo e 2 janelas no 1º piso. Para S. desenvolve-se o corpo de edifícios correspondentes às antigas dependências monásticas. Interior: na nave, coro de madeira sobre o portal com data inscrita 1939 e janelão; no lado do Evangelho, porta de acesso à torre seguida de 2 portas, 1 janela e porta de acesso ao exterior, altar do Imaculado Coração de Maria, capela de São Bento com janela a E. e a O. e altar de Nossa Senhora do Rosário, altar que resta da obra de Frei José de Santo António Ferreira Vilaça. Arco triunfal de volta perfeita com frontaleira de talha. Do lado da Epístola, altar do Sagrado Coração de Jesus, porta, púlpito e altar de Nossa Senhora de Fátima, dois vãos e pia baptismal no ângulo SO. Ábside revestida a azulejo de tapete polícromo. No lado do Evangelho duas janelas, altar-mor com a Padroeira Nossa Senhora da Conceição do mesmo lado e a Senhora dos Emigrantes no lado da Epístola. Deste lado, na ábside, rasga-se a porta de acesso à sacristia que apresenta dois pisos e nicho com fonte no piso superior. Os pavimentos da nave e ábside são em madeira, os tectos em abóbadas de berço pintadas com medalhões figurados. A fachada do edifício anexo apresenta portal granítico encimado pelo brasão de armas do Mosteiro enquadrado por colunelos e rematado por pináculos e cruz. Ostenta gravada a data de 1693. |
Acessos
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EN 202 ao Km 37 desvio para N., EM em 11 KM para Miranda até ao Lugar do Mosteiro; Gauss: M-169.2, P-540.7; Fl.16 |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Rural. A igreja paroquial ergue-se num largo adro empedrado que precede a fachada e se desenvolve para N. onde há entrada para sanitários subterrâneos. Junto à fachada, para S., edifício seguido de muro e, a O., o cemitério. Implantado a uma cota de 470 m, domina um alvéolo agricultado no contexto de uma área planáltica, salpicado de campos, bouças, monte e casario. |
Descrição Complementar
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Existe 1 placa no ângulo NO. com inscrição: "1960-61 / Renovação geral dos tectos, paredes, / interiores e exteriores, soalhos, portas, / confessionários, etc., por subscrição / desta freguesia. 85 000$00". |
Utilização Inicial
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Religiosa: mosteiro masculino |
Utilização Actual
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Religiosa: igreja |
Propriedade
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Privada: Igreja Católica |
Afectação
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Época Construção
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Séc. 13 / 17 / 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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Séc. 13 - construção do edifício românico; 1417 - o Mosteiro encontra-se sem religiosos; 1495 / 1590 - Ruína material do Mosteiro e abandono dos monges com o período de governo de abades comendatários (COSTA, 1982: 78); 1639 - referência a que o dormitório dos monges ameaçava ruína (COSTA, 1982: 89); 1677 / 1680 - acrescento da igreja, que era pequena (COSTA, 1982: 103); 1689 / 1692 - revestimento a azulejo da cabeceira; 1693 - data da construção do corpo do edifício anexo com portal encimado pelo brasão de armas; 1698 / 1701 - período de obras no templo e sobretudo nos edifícios monásticos (COSTA, 1982: 103); 1777 / 1780 - alargado o óculo do coro, abertura de fresta na nave, colocação do zimbório na torre, remodelações no coro, altar-mor e laterais, púlpito novo; estada de Frei José de Santo António Ferreira Vilaça em Miranda que executou a obra de talha (COSTA, 1982: 105 e SMITH, 1973: 451 - 452 e EST. 131); 1828 / 1831 - alteamento das paredes da igreja 4 palmos; 1834 - extinção do Mosteiro; 1960 / 1961 - remodelação do acabamento dos interiores do templo, tectos e soalhos. Corresponderá a estas obras a destruição quase integral de todo o trabalho de talha do séc. 18 *1. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes. |
Materiais
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Granito, telha, madeira, azulejo, vidro, talha. |
Bibliografia
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SMITH, Robert C., Frei José de Santo António Ferreira Vilaça, Escultor Beneditino do século XVIII, 1973; COSTA, P.e Avelino Jesus da, Mosteiro de Santa Maria de Miranda, Terra de Valdevez, nº 4, 1982, p. 73 - 151; MOREIRA, Manuel António Fernandes, O Prestomado de Valdevez, Terra de Valdevez, nº 4, 1982, p. 44 - 68; ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira, Alto Minho, 1987. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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1960 / 1961 - remodelação dos tectos, paredes, interiores e exteriores, soalhos, portas, confessionários, etc., devendo datar desta época a destruição do trabalho de talha de Frei José de Santo António Ferreira Vilaça. |
Observações
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*1 - Em COSTA, 1982, é transcrita documentação que dá conta de inúmeras obras no mosteiro e aquisições com referência ao respectivo período cronológico. *2 - O Mosteiro é coutado por Sancho I em 1207, protegido por Afonso II e Afonso III (ALMEIDA, 1987: 134). O couto ultrapassava os limites da freguesia e o Mosteiro dispunha aí de amplos privilégios (COSTA, 1982: 76). |
Autor e Data
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Paulo Dordio 1996 |
Actualização
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