|
Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Capela / Ermida
|
Descrição
|
Planta retangular composta por nave e capela-mor, mais baixa e estreita, tendo adossado à fachada lateral esquerda torre sineira quadrangular e à lateral direita sacristia retangular. Volumes escalonados com coberturas em telhados de duas águas na capela e de uma na sacristia, rematados em beirada simples. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, à exceção da principal, que é revestida a azulejos brancos. A fachada principal, virada a SO., tem embasamento de cantaria e cunhais apilastrados, terminando em empena levemente truncada, com cornija, coroada por cruz latina de cantaria sobre acrotério. É rasgada por portal de verga reta, ladeada por duas pilastras assentes em altos plintos e sobrepostas por mísulas, sustentando cornija reta, rematada lateralmente por dois pináculos pouco relevados sobre plintos; superiormente, abre-se janela de varandim, de moldura simples e com guarda de madeira, e dispõe-se cartela inscrita envolvida por elementos volutados e açafate. Torre sineira de um registo, com cunhais apilastrados e remate em cornija; na face frontal e lateral é rasgada superiormente por sineira em arco de volta perfeita sobre pilastras, possuindo frontalmente pano de peito em cantaria e albergando sino; a torre é acedida pelo interior. Fachada lateral esquerda com nave cega e capela-mor rasgada por janela retangular, sem moldura, e a lateral direita rasgada, na nave, por porta travessa de verga reta e janela retangular, ambas molduradas; a SO. a sacristia termina em meia empena e é rasgada por porta de verga reta encimada por janela, também molduradas. A fachada posterior é cega, terminando a capela-mor em empena. |
Acessos
|
Santa Bárbara; Canada da Ajuda |
Protecção
|
Inexistente |
Enquadramento
|
Urbano, isolado, no exterior da povoação e a SO. da mesma, no final da Canada da Ajuda, desenvolvida nas imediações da Igreja Paroquial de Santa Bárbara (v. PT071901090065), e que termina quase à beira do mar. Ergue-se junto e a O. da ribeira, paralela à Canada e que desagua no mar, inserido em adro sobrelevado à estrada, acedido por vários degraus frontais, e envolvido por campos. O adro é relvado e possui frontal e à volta da capela faixa cimentada. Junto à capela ergue-se a casa dos romeiros. |
Descrição Complementar
|
No eixo central da fachada principal existe cartela com a data de "1672" inscrita. |
Utilização Inicial
|
Religiosa: ermida |
Utilização Actual
|
Religiosa: ermida |
Propriedade
|
Privada: Igreja Católica (Diocese de Angra) |
Afectação
|
Sem afetação |
Época Construção
|
Séc. 17 / 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
|
Desconhecido. |
Cronologia
|
1545 / 1550 - datas apontadas como prováveis para a construção da primitiva capela; 1672 - data inscrita em cartela na fachada principal; 1877 / 1878 - reconstrução da capela; 1878 - data da construção da atual casa dos romeiros, com dois pisos; séc. 20 - revestimento da fachada principal em azulejos monocromos brancos. |
Dados Técnicos
|
Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
|
Estrutura rebocada e pintada ou revestida a azulejos monocromos; embasamento, cunhais, cornijas, cruz, acrotério e molduras dos vãos, e elementos decorativos exteriores em cantaria de basalto; portas, caixilharia e guarda de madeira; vidros simples; cobertura de telha. |
Bibliografia
|
LUCAS, padre Alfredo - As Ermidas da ilha Terceira. Angra do Heroísmo: 1976; MERELIM, Pedro de - As 18 paróquias de Angra. Sumário Histórico. Angra do Heroísmo: tipografia Minerva Comercial, 1974; SAMPAIO, Alfredo da Silva - Memória Sobre a Ilha Terceira. Angra do Heroísmo: Imprensa Municipal, 1904. |
Documentação Gráfica
|
|
Documentação Fotográfica
|
SIPA |
Documentação Administrativa
|
|
Intervenção Realizada
|
|
Observações
|
EM ESTUDO. *1 - A capela foi objeto de grande veneração dos fiéis em virtude da imagem de Nossa Senhora da Ajuda, segundo a lenda, ter sido encontrada na ribeira, nas imediações da qual se construiu o templo. A devoção foi tal que se construiu uma casa térrea, junto ao adro, para acomodar os romeiros. Existem várias lendas associadas à imagem. A tradição mais generalizada diz que a imagem foi arrojada à costa, na direção do sítio onde foi edificada a ermida; depois puseram-na numa lapinha na rocha e aí a veneraram até estar concluída a capela. A lapinha ainda hoje existe. Outra versão diz que a imagem estava num caixote e foi encontrada num poço à beira-mar, que a maré enche. Quando a acharam, tentaram, mais de uma vez, levá-la para a igreja, mas de noite, a imagem mudava-se para a lapinha, onde, por fim, construíram a ermida. Outra versão ainda refere que foi a própria Nossa Senhora que apareceu na Ribeira das Sete, curso de água intermitente, onde deixou impressa na rocha uma pegada e revelou a existência da imagem. O próprio Gaspar Frutuoso e o Padre António Cordeiro referem também o aparecimento da Virgem, sendo possivelmente essa a versão mais antiga, só posteriormente se falando na aparição da imagem da Virgem. |
Autor e Data
|
Paula Noé 2013 |
Actualização
|
|
|
|