Edifício na Rua do Crucifixo, n.º 82 a 92
| IPA.00034341 |
| Portugal, Lisboa, Lisboa, Santa Maria Maior |
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| Edifício residencial multifamiliar e comercial pombalino, integrado nos planos de reconstrução da zona da Baixa, de estrutura em gaiola, com estabelecimentos comerciais no piso térreo e sobreloja e com três pisos de habitação e dois de águas-furtadas, desenvolvendo-se em torno de um saguão central. As fachadas seguem o esquema de uniformidade e simplificação arquitetónica, devido à necessidade de construir rapidamente, rasgada por vãos de verga recta a ritmo regular, os do piso nobre, com janelas de sacada, e as restantes de peitoril, as do piso superior em arco abatido, todas com molduras de cantaria. Nas escadas e em alguns fogos, surgem silhares e rodapés de azulejaria pombalina, de padrão. |
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| Número IPA Antigo: PT031106481829 |
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| Registo visualizado 367 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Residencial multifamiliar Edifício Edifício residencial e comercial
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Descrição
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| Planta retangular simples, de volume único, com cobertura homogénea em telhado do tipo mansarda, interrompido por águas-furtadas e chaminés. Fachada principal rebocada e pintada de bege, evoluindo em cinco pisos, os dois inferiores definidos por frisos de cantaria. É rasgado, no piso inferior, por portas retilíneas e molduras recortadas. No piso superior, janelas de sacada, protegidas por guarda em ferro, alternam com janelas de peitoril. Os pisos superiores possuem janelas de peitoril. INTERIOR com caixa de escadas com escadas de madeira e rodapés de azulejo de padrão. |
Acessos
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| Rua do Crucifixo, n.º 82 a 92; Rua da Vitória, n.º 87 |
Protecção
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| Incluído na classificação da Lisboa Pombalina (v. IPA.00005966) |
Enquadramento
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| Urbano, implantado em zona plana, integrando uma ampla frente urbana, em gaveto e adossado a edifícios residenciais pombalinos. |
Descrição Complementar
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| Possui azulejos de padrão pombalino: link para o Azinfinitum: http://redeazulejo.fl.ul.pt/pesquisa-az/imovel.aspx?id=1770 |
Utilização Inicial
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| Residencial: edifício residencial e comercial |
Utilização Actual
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| Residencial: edifício residencial e comercial |
Propriedade
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| Privada |
Afectação
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Época Construção
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| Séc. 18 / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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| ARQUITETOS: Eugénio dos Santos e Carvalho (1758); Manuel Caetano de Sousa (1792-1800). |
Cronologia
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| 1755, 01 novembro - terramoto arrasa grande parte da zona baixa da cidade; no fim do mês, o engenheiro Manuel da Maia foi escolhido para proceder à direção técnica da reconstrução; 29 novembro - alvará dando condições para que o ministro da inspecção de cada bairro procedesse ao levantamento de todas as ruas, praças e edifícios públicos existentes em 31 de outubro, para elaborar um cadastro de cada um dos bairros da capital; 30 dezembro - Sebastião José de Carvalho e Melo proibiu toda e qualquer construção até à definição de um plano; 1755 - 1758 - elaboração do projeto piloto para a reconstrução da Baixa-Chiado; 1756, 12 junho - constituição da Casa do Risco das Obras Públicas, Eugénio dos Santos é nomeado para a dirigir; 1758, 12 maio - publica-se o alvará que estabelece a obrigatoriedade de edificar conforme o plano e que determina as obrigações e direitos dos construtores; junho - estabelece-se que os prédios teriam uma cércea de quatro pisos com águas-furtadas; Manuel da Maia, lamentando não ter condições físicas para realizar os desenhos, informa ter designado para apurar a planta final e dirigir as obras Eugénio dos Santos e Carlos Mardel, cabendo a Eugénio dos Santos, arquitecto do Senado, o desenvolvimento das peças principais; 1759, 12 junho - o Marquês de Pombal dá instruções sobre a maneira como os proprietários deveriam tomar posse dos seus terrenos, a fim de iniciar a reedificação da Baixa, começando simultaneamente do Terreiro do Paço para N. e do Rossio para S., para maior urgência; séc. 18, final - provável construção do edifício, já sobre a direção de Manuel Caetano de Sousa; séc. 20 - remodelação do edifício e construção de novas fenestrações. |
Dados Técnicos
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| Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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| Estrutura em alvenaria, rebocada e pintada; portas, escadas, caixilharias e pavimentos de madeira; coberturas em telha cerâmica. |
Bibliografia
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| ANDRADE, Carlos - A Requalificação de Centros Históricos. Baixa Pombalina: A Recentralização. Lisboa: s.n., 1998. Texto policopiado. Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa; BARREIROS, Maria Helena - «"Casas em cima de casas" Apontamentos sobre o espaço doméstico da Baixa Pombalina» in Monumentos. Lisboa: Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, setembro 2004, n.º 21, pp. 88-97; CASTILHO, Júlio de - A Ribeira de Lisboa; descrição histórica da margem do Tejo desde a Madre de Deus até Santos-o-Velho. 2.ª ed., Lisboa: Câmara Municipal de Lisboa, 1940-1944; CORREIA, Ana Paula e SILVA, Carolina Nunes da - «Azulejaria de interior na Baixa Pombalina: um contributo para o seu estudo». in Monumentos. Lisboa: Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, setembro 2004, n.º 21, pp. 184-195; FARINHA, J.S. Brazão - Construção da Baixa Pombalina. Lisboa: Metropolitano 1997; FERRÃO, Leonor - «Um oficial do Génio e a Nova Lisboa» in in Monumentos. Lisboa: Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, setembro 2004, n.º 21, pp. 66-75; FRANÇA, José-Augusto - Lisboa Pombalina e o Iluminismo. Lisboa: Bretrand Editora, 1977; FRANÇA, José-Augusto - A Reconstrução de Lisboa e a Arquitectura Pombalina. Lisboa: Instituto de Cultura e Língua Portuguesa, 1978; GOMES, Paulo Varela - A Cultura Arquitectónica e Artística em Portugal no séc. XVIII. Lisboa: Editorial Caminho, 1988; MACEDO, Luís Pastor de - A Baixa Pombalina. Lisboa: Imprensa Beleza, 1938; ROSSA, Walter - Além da Baixa: Indícios de Planeamento urbano na Lisboa setecentista. Lisboa: Instituto Português do Património Arquitetónico, 1998; ROSSA, Walter - «Do plano de 1755-1758 para a Baixa Chiado» in Monumentos. Lisboa: Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, setembro 2004, n.º 21, pp. 22-43; SILVA, Raquel Henriques da - Lisboa Romântica: Urbanismo e Arquitectura, 1777-1874. Lisboa: s.n., 1997. Texto policopiado. Dissertação de Doutoramento apresentada à Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa; SILVA, Vítor Cóias - «Um novo modelo (e uma nova visão) do Edifício Pombalino» in Monumentos. Lisboa: Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, 1997, n.º 6, pp. 80-86; SOUSA, F. L. Pereira de - O Terramoto do 1º de Novembro em 1755 em Portugal e um estudo monográfico. Lisboa: Serviços Geológicos, 1919, 3 vols.; TOBRINER, Stephen - «A gaiola pombalina. O sistema de construção anti-sísmico mais avançado do século XVIII». in Monumentos. Lisboa: Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, setembro 2004, n.º 21, pp. 160-167; VIEGAS, Inês Morais (coord.) - Cartulário Pombalino. Lisboa: Arquivo Municipal de Lisboa, 1999. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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| IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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| EM ESTUDO. |
Autor e Data
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| Paula Figueiredo 2013 (no âmbito da parceria IHRU / Projeto Catalogação de padrões da azulejaria portuguesa - Rede Temática em Estudos de Azulejaria e Cerâmica João Miguel dos Santos Simões (IHA-FLUL) |
Actualização
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