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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Igreja paroquial
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Descrição
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Planta longitudinal, com nave única, capela-mor e sacristias e a que correspondem isoladamente três volumes. A fachada principal, orientada a sul, de composição simples e modesta, tem uma porta central que é rematada por um frontão triangular sobre a padieira. No mesmo eixo, sobre a porta, abre-se pequeno óculo circular. É revestida a azulejo de fabrico recente, preservando contudo as molduras em cantaria de granito. A parte superior é rematada de forma triangular, com pendente idêntica à da cobertura e no vertice existe uma cruz de construção recente. O acesso à igreja faz-se a uma cota superior relativamente ao adro a que correspondem 4 degraus colocados no exterior, junto à porta de entrada. A nave tem 4 janelas e duas portas de cada lado, com ligação ao exterior. O pavimeto desenvolve-se em dois niveis com uma diferença de cota de c. de 0,40 m e localizada a meio da nave. Os elementos mais significativos deste espaço e que o caracterizam são o coro-alto, com acesso pelo interior, e o guarda vento sob este, ambos de construção recente; púlpito na parede do lado da epístola com escada em granito e balaustrada em madeira; dois altares laterais embutidos em arcos existentes na espessura da parede (Nossa Sra. de Fátima e do Rosário/Evangelho e Nossa Sra. das Dores e dos Passos/Epistola; tecto em madeira formando abóbada de berço pintado recentemente com fingidos de caixotões e sanca saliente; a comunicação com a capela-mor faz-se através de um arco cruzeiro de arco pleno em granito. A capela-mor tem duas janelas pequenas de cada lado e uma porta de acesso à sacristia de serviço. O pavimento desenvolve-se em dois niveis com diferença de cota bastante acentuada para a escala deste espaço. A frente deste desnível apresenta um trabalho em cantaria lavrada interessante. Nas paredes laterais existe um lambrim em azulejo com c. de 2,50 m. Este lambrim tem dois tipos de azulejo com colorações diferentes (azul e rosa). De salientar o retábulo em talha de estilo nacional que ocupa toda a parede testeira. O frontal do altar não pertence ao retábulo primitivo. O tecto de madeira pintada, forma abóbada de berço, figurando ao centro uma custódia. A sacristia de serviço tem um nicho em granito com moldura rudemente trabalhada, pia com depósito de água, armário e arcaz. Subindo através de umas escadas que conduzem a uma pequena porta tem-se acesso ao adro |
Acessos
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São João de Rei |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 28/82, DR, 1ª Série, nº 47 de 26 fevereiro 1982 |
Enquadramento
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Rural. Inserida em pequeno aglomerado disperso característico da região. Isolada, está implantada num ponto elevado de onde se domina o vale do Cávado |
Descrição Complementar
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O adro desenvolve-se em torno da igreja. Dada a topografia do local, a plataforma, com pequena inclinação é conseguida á custa de muros de suporte de terras. Recentemente foram construídos dois acessos laterais. Neste adro localiza-se a torre sineira, peça desligada fisicamente da igreja. Construida em granito, tem dois vãos de arco pleno onde se localizam os sinos e a parte superior termina em forma triangular. A escada de acesso termina em pequena plataforma onde foi construido um alpendre em betão |
Utilização Inicial
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Religiosa: igreja paroquial |
Utilização Actual
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Religiosa: igreja |
Propriedade
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Privada: Igreja Católica (Diocese de Braga) |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 18 (conjectural) |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Reparação na década de oitenta com projecto da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso e obras realizadas pela firma Amadeu de Artur Barros Pereira. Obras acompanhadas pelo Arq. Heitor Bessa. |
Cronologia
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1698 - No "Livro de Visitações" Faz-se referência à existencia de uma igreja na freguesia e apelo para que comecem a reedificação duma outra igreja que se projectara; 1884 - Os altares laterais foram substituidos por outros e o edifício foi todo pintado, sendo estas obras a expensas de Bernardino Sena da Costa Rocha; 1886 - Data inscrita em ferragem do arcaz; 1933 - Escavações arqueológicas na parte S. da igreja; 1937 - Substituição do soalho de madeira |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes. |
Materiais
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Alvenarias em granito aparente à excepção da fachada principal que é revestida a azulejo recente; cobertura em telha de barro; pavimentos interiores em granito na entrada e capela-mor e soalho de madeira de carvalho no restante. Paredes rebocadas e pintadas à excepção do lambrim de azulejo com c. de dois metros e meio de altura; tectos em madeira pintada |
Bibliografia
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António Celestino, Antigamente era Sam Joam de Rey..., Braga 1987 |
Documentação Gráfica
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DGPC: DGEMN:DREMN |
Documentação Fotográfica
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DGPC: DGEMN:DSID |
Documentação Administrativa
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DGPC: DGEMN:DREMN |
Intervenção Realizada
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1937 - Substituição do soalho em madeira; 1984 - Pintura do tecto da nave; 1985 - Restauro da sacristia, electrificação total da igreja, construção de novas portas em madeira de castanho e arranjo do adro; 1992 - Soalho novo em madeira de carvalho do norte; 1987 - Construção de novo acesso exterior. |
Observações
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Nas escavações realizadas na parte S. da igreja foram encontrados vasos de olaria, uma talha rachada e várias telhas de características romanas e que foram depositadas no Museu Martins Sarmento. O benemérito Bernardino Sena da Costa Rocha, emigrante no Brasil, nasceu em Requeixo e faleceu em 1889 em S. Paio de Pousada, na Casa de Além. O documento escrito mais antigo que se conhece dizendo respeito a "Sam Joam de Rey", é o chamado Foral Velho datado de Agosto de 1228. Em 25 de Fevereiro de 1514 D. Manuel I concedeu-lhe novo foral. Tinha pelourinho, mas deste não há o menor vestígio. S. João de Rei foi concelho até 31 de Dezembro de 1853 e no ano seguinte restaurado como freguesia, junto com outras, hoje do concelho da póvoa de Lanhoso |
Autor e Data
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Isabel Sereno e João Santos 1994 |
Actualização
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