Pelourinho de Benavente

IPA.00003371
Portugal, Santarém, Benavente, Benavente
 
Pelourinho quinhentista, de pinha cónica torsa embolada, com soco de quatro degraus octogonais, de onde evolui a coluna, com base contracurva e fuste com feixes de colunas espiraladas, com anel central, com capitel simples. Remata em pináculo cónico torso. Trata-se de uma reconstrução do primitivo pelourinho, integrando vestígios do original como troços do fuste, base e capitel, que apresentam características manuelinas; era pelourinho de corochéu com ferros. Entre o capitel e o remate observam-se sinais de terem existido os ferros de sujeição. Possui uma esfera armilar e grimpa em ferro, colocados recentemente.
Número IPA Antigo: PT031405010001
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Judicial  Pelourinho  Jurisdição de ordem militar  Tipo pinha

Descrição

Estrutura em cantaria de mármore branco de Estremoz, composta por soco de quatro degraus de secção octogonal com rebordo na parte superior, sobre a qual assenta a base da coluna octogonal com plinto esculpido de folhas de hera estilizada, escócia lisa e toro ornado dos mesmos motivos florais. Fuste oitavado, espiralado interrompido ao centro por nó moldurado, facetado, decorado por fiadas de boleados na parte superior e de folhas de hera na parte inferior. Capitel troco-piramidal invertido, de equino facetado decorado com as mesmas folhas de hera, ábaco facetado e moldurado decorado. Remate em pinha espiralada coroado pela esfera armilar e grimpa e cruz de Avis

Acessos

Praça do Município. WGS84 (graus decimais) lat.: 38,983552; long.: -8,809855

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 23 122, DG, 1.ª série, n.º 231 de 11 outubro 1933

Enquadramento

Urbano, destacado, isolado. Em pleno centro urbano de Benavente (v. PT031405010022), frente ao edifício da Câmara Municipal (PT031405010021) em largo pavimentado a calçada e ajardinado, rodeada por edifícios de habitação e comércio dos séc.19 / 20, de um e dois pisos.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Judicial: pelourinho

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Autarquia local, Artº 3º, Dec. nº 23 122, 11 Outubro 1933

Época Construção

Séc. 16 (conjectural) / 20

Arquitecto / Construtor / Autor

FORNECEDORES: Mármores e Cantarias de Pero Pinheiro e Estremoz, Lda. (1954); Metalurgia Benaventense, Lda. (1954).

Cronologia

1200, 25 Março - concessão de foral pelo Mestre da Ordem de Avis, D. Paio Pires; 08 Abril - confirmação do foral por D. Sancho I; 1218 - confirmação do foral por D. Afonso II; 1404, 24 Outubro - confirmação do foral por D. João I; 1516, 16 Janeiro - concessão de novo de D. Manuel, e construção do pelourinho, erguido em frente aos primeiros Paços do Concelho que terão existido na actual Praça da República; 1561 - surge referido num documento de como estando diante da casa da Câmara e tendo ferro, grimpa de São Bento, pomar dourados e 5 degraus redondos *1; séc. 17 - o Pelourinho foi transportado para a Praça Nova, actual Praça do Município; 1758 - nas Memórias Paroquiais, assinadas pelo pároco Tomás de Freitas de Almeida Aguilar, é referido que a povoação pertence à Ordem de Avis, com juiz de fora, que exercia também em Salvaterra de Magos, senado com três vereadores, escolhidos entre as principais pessoas da terra, um procurador e escrivão; 1864 - foi apeado e em parte demolido, antes da construção do edifício dos novos Paços do Concelho que se efectivaram em 1874; já não apresentava a sua construção inicial, uma vez que se podia notar a ausência da grimpa, da cruz e das pomas douradas; os ferros que ostentava também não seriam os originais; os que existiam nessa altura, eram utilizados para suster uma balança, pertença da Câmara Municipal, para pesar todas as manhãs o peixe, antes da venda a miúdo, de forma a esta poder cobrar o Imposto do Pescado; 1909 - um sismo deitou abaixo o que restava do pelourinho; 1954 - foi recolocado, desta vez no centro da nova praça, frente ao edifício da Câmara Municipal; a reconstrução teve como base os elementos originais e importou num total de 28.932$00, valor que inclui o arranjo paisagístico e nova instalação eléctrica.

Dados Técnicos

Sistema estrutural autónomo.

Materiais

Estrutura em mármore de Estremoz; esfera armilar e cruz de São Bento em ferro.

Bibliografia

AZEVEDO, Alvaro Rodrigues, Benavente, Estudo Histórico - Descritivo, Benavente, 1981; CASTRO, Adolfo Faria de, Os Pelourinhos do Ribatejo in Vida Ribatejana, 1947; CHAVES, Luis, Os Pelourinhos, Lisboa, 1938; MALAFAIA, E.B. de Ataíde, Pelourinhos Portugueses - tentâmen de inventário geral, Lisboa, Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1997; MONTEIRO, Manuel, Os Pelourinhos, Lisboa, 1935; http://www.cm-benavente.pt/benavente/Concelho/LocaisInteresse/ (06-03-2009)

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DRMLisboa

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DRMLisboa

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSARH-010/049-0001, DGEMN/DSARH-010/049-0002; DGARQ/TT: Memórias Paroquiais (vol. 7, n.º 1, fl. 695-722)

Intervenção Realizada

DGEMN: 1953 / 1954 - recomposição do pelourinho; tratamento da envolvente e arranjo do largo; renovação da instalação eléctrica do largo; 1957 - arranjo da praça do pelourinho.

Observações

*1 - A descrição é feita nestes termos "Tem mais o dito concelho defronte da dita casa da camara hu pelourinho muito boa pedraria lavrada, alto com os seus ferros e grimpa de San Bento, com suas pomas douradas, com cinco degraus e redondo da mesma pedraria. (In Tombo do Concelho, 1574) " (IHRU:DGEMN/DSARH-010/049-0002).

Autor e Data

Rosário Gordalina 1991 / Cecília Matias 2009

Actualização

 
 
 
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