Castelo de Atouguia da Baleia

IPA.00003338
Portugal, Leiria, Peniche, Atouguia da Baleia
 
Castelo litorial, com função de defesa do porto de mar, de planta oval, com torre de menagem adossada por fora das muralhas.
Número IPA Antigo: PT031014020015
 
Registo visualizado 1171 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Militar  Castelo    

Descrição

Da antiga fortificação, subsiste um recinto amuralhado restando, como elemento mais significativo, a Torre de Menagem disposta num plano saliente em relação à restante muralha de cintura bojuda, de planta oval. Inexistência de merlões.

Acessos

Atouguia da Baleia

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Portaria n.º 107/2006, DR, 2.ª série, n.º 06 de 09 janeiro 2006 *1

Enquadramento

Urbano. O que resta do antigo castelo, está integrado numa propriedade privada, tendo adossado às muralhas a "Casa do Castelo", construção do séc. 17, ampliada no 19, adaptada para turismo rural. Próximo da Igreja de São Leonardo, matriz de Atouguia da Baleia, templo românico-gótico classificado como Monumento Nacional (v. PT031014020006).

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Militar: castelo

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Privada: Pessoa singular

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 13 / 14 (conjectural)

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido

Cronologia

800 - convento dedicado a São Julião. Segundo uma lápide no exterior da capela-mor, foi o cônsul Decio Junio Bruto que consagrou o primitivo templo romano, dedicado a Neptuno, pela victória alcançada contra os povos d'Eburóbriga; 1165 - é povoada por Wilhelmo Lacorne, ou de Cornes, fidalgo francês a quem D. Afonso I deu esta vila, como prémio de o ajudar na tomada de Lisboa; 1167 - foral outorgado por D. Afonso; 1191 - no reinado de D. Sancho I, morrendo todos os frades de peste, é o convento de São Julião incorporado no de Alcobaça; 1218 - confirmação do foral, em Santarém por D. Afonso II; séc. 14 - foram realizadas obras de beneficiação por D. Dinis; 1373 ou 1376 - cortes celebradas no reinado de D. Fernando; 1376 - lei pela qual se regula a jurisdição dos Donatários, e em que se dão vários privilégios e diferentes providências a bem da navegação e comércio destes reinos; 1510 - foral novo dado por D. Manuel, em Santarém; 1526 - a designação da Baleia (o seu primitivo nome era Touguia, Tauguia ou Touria, dos touros pertencentes às manadas da coroa) é-lhe dada porque uma baleia de 20 metros dá à costa na praia da Areia Branca; 1759 - passa para a coroa, tendo sido até à data seus donatários os condes de Atouguia; 1759 - D. José I extingue o condado, mandando justiçar o último conde d'Atouguia, por cumplicidade contra a sua vida; 1950 - foi feito o pedido para ser organizado o processo de classificação das ruínas; 2003, 23 maio - despacho de homologação para classificação como Imóvel de Interesse Público do Ministro da Cultura.

Dados Técnicos

Estrutura em cantaria com aparelho ciclópico e rusticado.

Materiais

Cantaria, alvenaria

Bibliografia

LEAL, Pinho, Portugal Antigo e Moderno, Vol. I, 1873; Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, vol. 3, Lisboa - Rio de Janeiro; SEQUEIRA, Gustavo de Matos, Inventário Artístico de Portugal, vol. V., Lisboa, 1955; Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, 1976; À Descoberta de Portugal, Lisboa, 1982; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70851 [consultado em 20 dezembro 2016].

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DRMLisboa; CMPeniche: planta cartográfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DRMLisboa

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID

Intervenção Realizada

Observações

*1 - DOF: Restos da torre e muralhas do antigo castelo de Atouguia da Baleia. *2 - Dos tempos em que Atouguia era um porto de mar, subsiste o rio de São Domingos, hoje um canavial com lavadouros públicos com bica sobrepujada por brasão, em que na época de D. João I havia uma baía com navios de pesca à baleia e funcionava como cais de embarque. Foi perdendo importância e vida própria com o assoreamento.

Autor e Data

Lurdes Perdigão 1998

Actualização

Cecília Matias 2002
 
 
 
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