Teatro Eduardo Brazão
| IPA.00003307 |
Portugal, Leiria, Bombarral, União das freguesias de Bombarral e Vale Covo |
|
Teatro inserido no grupo de auditórios de planta em ferradura, de cena contraposta, com uma lotação de 399 lugares, distribuídos por plateia, frisas, balcão de 1ª ordem, camarotes de 1ª ordem e camarotes de 2ª ordem. Dispõe de fosso de orquestra e salão nobre. No auditório, bem como em outros espaços para o público, são utilizados elementos decorativos eclécticos, com sugestões neo-barrocas e neo-clássicas (concheados, albarradas, rosetões, festões em estuque dourado). No exterior, nomeadamente na concepção da guarda em ferro do janelão, nota-se a influência arte nova. |
|
Número IPA Antigo: PT031005010008 |
|
Registo visualizado 411 vezes desde 27 Julho de 2011 |
|
|
|
Edifício e estrutura Edifício Cultural e recreativo Casa de espetáculos Teatro
|
Descrição
|
Planta retangular para um volume simples coberto por telhado de duas águas. Fachada principal virada a E. dividida em três panos, o central mais elevado e saliente, coberto por frontão triangular interrompido, os laterais encimados por platibanda em cantaria. Abaixo do frontão do corpo central, um arco cego sobre pilastras, em cantaria rusticada. Várias portas com relevos e incisões (emblemas e iniciais do teatro) rasgam o piso inferior; janelões de verga em arco redondo, a central de vão maior e guarda em ferro, abrem-se no segundo piso. No tímpano do frontão a palavra Teatro, sob o arco Eduardo Brazão. INTERIOR - sala de planta em ferradura, constituída por dois espaços independentes ligados pela boca de cena rectangular, dotada de fosso de orquestra e contando com uma lotação de 399 lugares distribuídos por plateia, frisas, balcão de primeira ordem, camarotes de primeira ordem e camarotes de segunda ordem. Bastidores ocupados por instalações sanitárias. Camarins localizados na parte de trás do palco. Sobre a entrada o salão nobre. ELEMENTOS DECORATIVOS - Estrutura dos camarotes em madeira com aplicações decorativas de estuque dourado. Salão nobre com paredes decoradas por molduras com concheados e festões com símbolos alusivos ao teatro, em estuque. |
Acessos
|
Rua Dom Nuno Álvares Pereira |
Protecção
|
Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 2/96, DR, 1.ª série-B, n.º 56 de 06 março 1996 |
Enquadramento
|
Urbano. Integrado na malha urbana, abre a fachada principal para a Rua Dom Nuno Álvares Pereira, junto a uma das saídas do Bombarral (EN. 8). |
Descrição Complementar
|
|
Utilização Inicial
|
Cultural e recreativa: teatro |
Utilização Actual
|
Cultural e recreativa: teatro |
Propriedade
|
Privada: pessoa colectiva |
Afectação
|
Sem afetação |
Época Construção
|
Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
|
ARQUITECTO: Coelho da Silva (atr., 1921). |
Cronologia
|
1921 - construção do edifício, realizada por subscrição pública entre os habitantes do Bombarral, tendo em Evaristo Judicibus o seu grande incentivador: este actor amador assumirá a direcção da Empresa Recreativa do Bombarral, instituição responsável pela gestão do teatro; o projecto é atribuível a Coelho da Silva; 1921, 27 Fevereiro - inauguração do teatro com a comédia em 5 actos " Dom César de Bazan " (original de Dumanoire e d'Ennery), interpretada por um grupo local: entre os convidados encontram-se os actores Eduardo Brazão (1851-1925) e Ilda Stichini que recitam monólogos, o primeiro, de " Leonor Teles " e " Padre Nosso da Madrugada", e a segunda, de "A Mãe" e "Nas Trincheiras"; 1930, década - depois de pelo seu palco passarem importantes companhias teatrais nacionais e estrangeiras, o teatro passa a funcionar como cinema; 1941 - ciclone derruba a cobertura, destruindo o tecto, que então era em masseira, decorado de apainelados com representações pictóricas emblemáticas, alusivas ao teatro, com a inscrição "O Mundo é um vasto teatro e o Teatro é o espelho do mundo"; 1951 - 1953 - inauguração do teatro depois de obras de reconstrução: data desta fase a redução da lotação de 458 para 399 lugares; fundação da União Cultural e Recreativa do Bombarral; 1962 - são introduzidos melhoramentos, nomeadamente na sala de festas com a instalação de um bar e de um aparelho de televisão; séc. 20, década 70 - assistiu-se a uma grande degradação do imóvel; 2002 - aprovada a candidatura para co-financiamento no âmbito do PORLVT - Medida 1.5: Acções Específicas de Valorização Territorial - projecto e obras de recuperação e restauro: o actual projecto prevê uma redução da lotação para 316 lugares. |
Dados Técnicos
|
Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
|
Cantaria e alvenaria de pedra rebocada e pintada de branco. |
Bibliografia
|
MACATRÃO, Humberto, 60º Aniversário do Teatro Eduardo Brazão - Homenagem a Evaristo Judicibus, Bombarral, 1981; RAMOS, Augusto José, Bombarral e seu concelho: subsídio para a sua história, Bombarral, 1982 (ed. facsimilada de 1939); FERREIRA, António Fonseca (coord.), Lisboa e Vale do Tejo - Valorização Cultural, Reabilitação do Património: Cine-Teatros, Lisboa, 2002; Teatro Eduardo Brazão, in Frente Oeste, 31 Jul. 2003; CCDRLVT, Reabilitação do Património e Arte em Rede: Lisboa e Vale do Tejo, Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional - Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, 2005; |
Documentação Gráfica
|
IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
|
IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
|
|
Intervenção Realizada
|
1941 - obras de recuperação (teto e plateia); 1951 / 1952 / 1953 - obras na cobertura e plateia; 1962 - instalação de um bar. |
Observações
|
|
Autor e Data
|
Isabel Mendonça 1992 |
Actualização
|
Filomena Bandeira 2003 |
|
|
|
|
| |