Moinho de Maré da Quinta da Palmeira

IPA.00032867
Portugal, Setúbal, Seixal, União das freguesias do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires
 
Arquitectura agrícola, quinhentista e setecentista. Moinho de maré de planta retangular composta por vários corpos, construídos no leito do rio sobre embasamento de cantaria, com arcadas onde giram os rodízios horizontais e paralelos às mós, e com fachada principal, terminada em empena, comunicando com um pequeno cais a eixo da construção. Os moinhos de maré do concelho do Seixal constituem o mais antigo núcleo ainda existente característico de uma região onde se ergueram muitos moinhos desde o séc. 14, tendo atingido o número de 60 unidades moagem no séc. 16. O curto tempo de moagem diária, cerca de 4 horas por maré, era compensado pelo elevado número de casais de mós.
Número IPA Antigo: PT031510010050
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Extração, produção e transformação  Moagem    

Descrição

Planta composta por vários corpos desenvolvidos em eixo, correspondentes à zona de moagem, de armazém e de habitação do moleiro. Volumes escalonados com coberturas em telhados de duas águas ou já sem cobertura. Os corpos são construídos sobre embasamento sólido em cantaria, assente no leito do rio, rasgado por vãos, sob o edifício de moagem. Os edifícios possuem fachadas de um e dois pisos, rasgados por vãos retilíneos, moldurados.

Acessos

EN 10-2, que liga a Aldeia de Paio Pires à Quinta da Cucena e EN 10, no topo Sul da Siderurgia Nacional - Fábrica de Produtos Longos

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 29/84, DR, 1.ª série, n.º 145 de 25 junho 1984

Enquadramento

Ribeirinho, isolado. Ergue-se na região do estuário do Tejo, na margem esquerda do rio Coina, sobre o leito do rio e aproveitando as pequenas enseadas para construção de barragens ou caldeiras, que recebiam a água através de uma comporta, que abria e fechava automaticamente com a força da água.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Extração, produção e transformação: moagem

Utilização Actual

Devoluto

Propriedade

Privada: pessoa colectiva

Afectação

Sem afetação

Época Construção

Séc. 15 / 18

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITETO: Mateus Vicente de Oliveira (séc. 18 - atribuído).

Cronologia

Séc. 15 - construção do moinho da Quinta da Palmeira na margem esquerda do rio Coina, pelos frades do Convento do Carmo, herdeiros da moagem de Corroios; 1755, 1 novembro - provável feitura de obras ou reconstrução deste e doutros moinhos da região após o terramoto, tendo as obras sido dirigidas em alguns pelo arquitecto Mateus Vicente de Oliveira, arquitecto da Casa do Infantado.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes.

Materiais

Estrutura de alvenaria rebocada e cantaria; molduras em cantaria calcária; cobertura em telha.

Bibliografia

Moinhos de maré - património industrial, Seixal, 1986; NABAIS, António, Moinhos de Maré no concelho do Seixal no Passado e no Presente, in Actas do 2º Encontro Nacional das Associações de Defesa do Património Cultural e Natural, Braga, 1981; Os moinhos de maré da margem Sul do estuário do rio Tejo, Movimento cultural, 3 Dezembro 1986; Seixal valoriza património, Espaço Design, 05/03/2001.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

EM ESTUDO. *1 - Os principais moinhos de maré portugueses ergueram-se, a partir de finais do séc. 13, na costa algarvia e no estuário do Tejo; o aproveitamento da água das marés generalizou-se no séc. 14, com a construção de moinhos de maré nos principais rios portugueses: Minho, Lima, Vouga, Mondego, Tejo, Sado, Mira, Guadiana e também na ria Formosa. *2 - A velocidade da mó e a quantidade de cereal moído são controladas pelo moleiro, considerando a quantidade de água retida na enseada, a qual varia consoante as marés, sendo as mais favoráveis as vulgarmente denominadas vivas.

Autor e Data

Isabel Mendonça 1992 / Teresa Ferreira 2012

Actualização

 
 
 
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