Moinho de Maré do Capitão

IPA.00032861
Portugal, Setúbal, Seixal, Amora
 
Arquitectura agrícola, quinhentista e setecentista. Moinho de maré de planta retangular simples, construído no leito do rio sobre embasamento de cantaria, com vãos onde giram os rodízios horizontais e paralelos às mós, e com fachada principal, terminada em empena, comunicando com um pequeno cais a eixo da construção. Os moinhos de maré do concelho do Seixal constituem o mais antigo núcleo ainda existente característico de uma região onde se ergueram muitos moinhos desde o séc. 14, tendo atingido o número de 60 unidades moagem no séc. 16. O curto tempo de moagem diária, cerca de 4 horas por maré, era compensado pelo elevado número de casais de mós.
Número IPA Antigo: PT031510020045
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Extração, produção e transformação  Moagem    

Descrição

Planta retangular simples com cobertura homogénea em telhado de duas águas. É construído sobre embasamento sólido em cantaria, assente no leito do rio, rasgado por vãos com seis casais de mós sob a zona de moagem. Apresenta fachadas de dois pisos, rasgados por vãos retilíneos, moldurados, a principal terminada em empena, rasgada por portal descentrado e, no segundo piso, por janela. No interior é seccionado em zona de moagem, de armazém e de habitação do moleiro.

Acessos

Ponta dos Corvos

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 29/84, DR, 1.ª série, n.º 145 de 25 junho 1984

Enquadramento

Ribeirinho, isolado. Ergue-se na região do estuário do Tejo, na margem esquerda do rio Coina, sobre o leito do rio e aproveitando as pequenas enseadas para construção de barragens ou caldeiras, que recebiam a água através de uma comporta, que abria e fechava automaticamente com a força da água.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Extração, produção e transformação: moagem

Utilização Actual

Devoluto

Propriedade

Privada: pessoa colectiva

Afectação

Sem afetação

Época Construção

Séc. 15 / 18

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITETO: Mateus Vicente de Oliveira (séc. 18 - atribuído).

Cronologia

Séc. 15 - construção do moinho do Capitão na margem esquerda do rio Coina, pelos frades do Convento do Carmo, herdeiros da moagem de Corroios; 1755, 1 novembro - provável feitura de obras ou reconstrução deste e doutros moinhos da região após o terramoto, tendo as obras sido dirigidas em alguns pelo arquitecto Mateus Vicente de Oliveira, arquitecto da Casa do Infantado.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes.

Materiais

Estrutura de alvenaria rebocada e cantaria; molduras dos vãos em cantaria calcária; cobertura em telha.

Bibliografia

Moinhos de maré - património industrial, Seixal, 1986; NABAIS, António, Moinhos de Maré no concelho do Seixal no Passado e no Presente, in Actas do 2º Encontro Nacional das Associações de Defesa do Património Cultural e Natural, Braga, 1981; Os moinhos de maré da margem Sul do estuário do rio Tejo, Movimento cultural, 3 Dezembro 1986; Seixal valoriza património, Espaço Design, 05/03/2001.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: SIPA

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

EM ESTUDO. *1 - Os principais moinhos de maré portugueses ergueram-se, a partir de finais do séc. 13, na costa algarvia e no estuário do Tejo; o aproveitamento da água das marés generalizou-se no séc. 14, com a construção de moinhos de maré nos principais rios portugueses: Minho, Lima, Vouga, Mondego, Tejo, Sado, Mira, Guadiana e também na ria Formosa. *2 - A velocidade da mó e a quantidade de cereal moído são controladas pelo moleiro, considerando a quantidade de água retida na enseada, a qual varia consoante as marés, sendo as mais favoráveis as vulgarmente denominadas vivas.

Autor e Data

Isabel Mendonça 1992 / Teresa Ferreira 2012

Actualização

 
 
 
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