Casa do Paço

IPA.00000328
Portugal, Braga, Vila Verde, Freiriz
 
Casa nobre maneirista de "planta comprida", fachada principal de 2 pisos precedido por alpendre sobre colunata. Desde data indeterminada, até meados deste século, pertenceu a uma família inglesa de gosto revivalista, que povoou o jardim de múltiplos elementos dispersos (como capitéis, restos de colunas, etc.) e até mesmo construções, caso do portão interior, da capela e da fonte, estes do séc. 20, a imitar o antigo, numa mescla de arquitectura de vários estilos e de concepção muito pessoal. Assim, se a capela é nitidamente do eclectismo do séc. 20, na fonte coexistem altos relevos, mandados fazer pela mesma época, com uma pedra de armas e dois leões do séc. 18.
Número IPA Antigo: PT010313160028
 
Registo visualizado 169 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Residencial senhorial  Casa nobre  Casa nobre  Tipo casa comprida

Descrição

Casa de planta rectangular, de massa simples, com dois pisos, tendo um franco desenvolvimento horizontal apresentando uma cobertura homogénea com telhado de 4 águas. Fachada principal com escadaria de um lanço, muito simples, terminada numa varanda corrida, feita em granito, com lajes de grandes dimensões e sustentada por 7 colunas com capitel, de grande dimensão, em granito. O alpendre da varanda é sustentado por 6 colunelos esbeltos em granito. O acesso ao interior do andar nobre é feito por uma porta simples, encimada por uma pedra de armas. No lado esquerdo da fachada principal recortam-se ainda ao nível do 2º piso, 3 janelas com moldura em pedra, em relevo na parte superior, sob o beiral saliente do telhado. O piso inferior, destinado a guardar as alfaias e os produtos agrícolas, tem, do lado N., uma parte coberta correspondente à varanda e, do lado S., 3 portas. A fachada S. tem uma interessante loggia, que se desenvolve sobre 2 arcos mainelados, com uma pilastra comum, em pedra de grandes dimensões. Na fachada N. tem uma única janela a c. de meio metro do solo. O interior do andar nobre tem 5 salas de grande dimensão, viradas para a fachada principal, e 4 quartos e cozinha, com pavimento a uma cota inferior, com vãos para a fachada posterior. As salas conservam ainda os tectos planos em madeira, do tipo camisa e saia. No jardim, encostada ao muro, encontra-se a capela, revestida a azulejos de padrão, com pilastras nos cunhais, porta de verga recta decorada e remate em frontão circular com pináculos laterais. No interior, o pavimento é constituído por pedras circulares, com c. de meio metro de diâmetro formando, uma delas, cercada por pedras triangulares, um sol e outra uma meia lua, numa curiosa simbologia. Junto à capela fonte monumental, de espaldar, decorado com figuras greco-romanas e uma profusão de outros elementos difusos, alguns de construção recente.

Acessos

EN 201, no CM 1179-1, virar junto ao cruzeiro para caminho estreito e empedrado

Protecção

Em estudo

Enquadramento

Rural. Implantada a meia encosta, em sítio isolado e com pouco declive, junto à mata de S. Jerónimo. O acesso faz-se por caminho íngreme, ladeado por altos muros de suporte ou enquadrado por construções. O portão exterior, de ferro, relativamente baixo, está ladeado por um muro de pedra, rematado por duas pirâmides, uma de cada lado do portão. A seguir, do lado esquerdo da álea de acesso ao portão interior, ergue-se um alto cruzeiro de concepção bastante simples. O portão interior é de construção relativamente recente, de verga recta apoiada nos altos muros de pedra, com merlões chanfrados. O enquadramento é feito em almofadado de pedra, com picotado. Sobrepuja o portão uma pedra de armas incrustada numa moldura de pedra, com volutas dos lados. O conjunto é rematado por 3 pirâmides muito aguçadas. Este portão dá acesso ao jardim e à fachada principal da casa.

Descrição Complementar

O cruzeiro localizado na entrada está implantado num soco quadrangular, a uma cota mais elevada que o percurso de acesso ao edifício, com 4 degraus. A base do cruzeiro tem almofadas simples de forma rectangular e o fuste é cilíndrico rematado por um capitel e encimado por uma cruz latina.

Utilização Inicial

Residencial: casa nobre

Utilização Actual

Residencial: casa

Propriedade

Privada: pessoa singular

Afectação

Época Construção

Séc. 17 / 20

Arquitecto / Construtor / Autor

Cronologia

Séc. 17 - Construção do solar; séc. 20 - construção da capela e fonte.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes.

Materiais

Pavimentos em soalho de madeira, paredes exteriores e interiores em alvenaria de pedra rebocada e pintada de branco com molduras dos vãos das portas e janelas em cantaria, tectos em madeira e cobertura em telha de barro.

Bibliografia

ABREU, Leonídio (coord.), História, Arte e Paisagem do Distrito de Braga. 1 - Concelho de Vila Verde, Braga, 1963; ALMEIDA, José António Ferreira de (coord.), Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, 1976.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

Autor e Data

João Santos 1996

Actualização

 
 
 
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