|
Edifício e estrutura Edifício Saúde Higiene pública Balneário público
|
Descrição
|
Organiza-se numa disposição típica destes edifícios castrejos com função balnear. É composto por três partes: forno, câmara e antecâmara. Existem ainda vestígios de um átrio. Nas imediações do edifício recolhem-se fragmentos de tégulas, ímbrices e mesmo de sigillatas. |
Acessos
|
Galegos (Santa Maria), a nascente do lugar de Penha Longa ou Pena Grande a norte da igreja de Santa Maria de Galegos, por caminho carreteiro; Monte do Facho |
Protecção
|
Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto nº 1/86, DR, 1ª Série, nº 2 de 03 janeiro 1986 (Monumento Castrejo de Santa Maria de Galegos) / Decreto nº 29/90, DR nº 163 de 17 julho 1990 (Monumento com Forno) |
Enquadramento
|
Rural. Encontra-se implantado no interior da muralha externa de uma pequeno castro existente no lugar de Penha Longa ou Pena Grande no sopé da vertente SO do Monte do Facho, onde se encontra a Citânia de Roriz (Barcelos). Está associado a uma nascente localizada cerca de 50 m para E. Cobertura vegetal constituída por pinheiros e eucaliptos |
Descrição Complementar
|
O átrio constitui um recinto de planta aproximadamente quadrangular com um tanque rectangular, pavimentado por tegulae e associado a uma pia, situado no ângulo anterior esquerdo, onde caía água corrente, que era trazida da nascente por uma conduta, formada por imbrices protegidos lateral e superiormente por alinhamentos pétreos, escoando para o exterior por um esgoto situado no lado direito do átrio, junto à entrada. Os muros laterais são construídos em mamposteria com duas fiadas de pedras de aparelho irregular e o sector do tanque e paredes conexas em grandes monólitos aparelhados. A antecâmara mostra um pórtico monolítico com entrada de arco redondo amparado por dois esteios laterais, um deles com decoração simbólica, encaixados em rasgos no pavimento e dois bancos corridos, um de cada lado do seu interior, formando um espaço de planta quase quadrangular. No fundo deste pequeno compartimento, construído por grandes monólitos aparelhados, ergue-se a estela que separa da câmara com que comunica através de uma pequena abertura que apresenta um bloco transversal de reforço profusamente decorado nas faces visíveis e com rasgos na zona central para apoio das mãos, a facilitar a entrada. A câmara, integralmente construída por grandes monólitos aparelhados e cuidadosamente ajustados, formava uma verdadeira estufa de planta rectangular com cobertura em duas águas. O forno, comunicando com a câmara por uma entrada larga, flanqueada por dois esteios a servir de ombreiras, é de planta subcircular, subindo em falsa cúpula até à altura de 2.70 m, em que era coberto por uma laje colocada horizontalmente e que tinha um orifício central que servia de chaminé. O pavimento de toda a construção, incluindo o átrio, é de lajeado, à excepção do forno que apresenta um empedrado irregular. |
Utilização Inicial
|
Saúde: balneário |
Utilização Actual
|
Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
|
Pública: Municipal |
Afectação
|
|
Época Construção
|
Época romana |
Arquitecto / Construtor / Autor
|
|
Cronologia
|
Séc. 01 d.C. - construção durante os primeiros tempos da romanização; 1978 - o balneário é descoberto pelo proprietário do terreno. |
Dados Técnicos
|
Paredes autoportantes |
Materiais
|
Granito |
Bibliografia
|
SILVA, Armando Coelho Ferreira da, A Cultura Castreja no Noroeste Português, Paços de Ferreira, 1986, pp. 56 - 58 e Est. XXXV - XXXVI; MARTINS, Manuela, O povoamento proto-histórico e a romanização da bacia do médio Cávado, Braga, 1990, p. 77; Património Arquitectónico e Arqueológico Classificado, Inventário, Lisboa, 1993, vol. II, Distrito de Braga, p. 14; SOUSA, Patrícia, Balneário castrejo descoberto há quase 30 anos foi recuperado, in Correio do Minho, 25 Setembro 2006; PASSOS, Nuno, Balneário bimilenar servia deusa Nadia, in Barcelos Popular, 28 Setembro 2006. |
Documentação Gráfica
|
|
Documentação Fotográfica
|
DGPC: DGEMN:DSID |
Documentação Administrativa
|
DREMN |
Intervenção Realizada
|
1979 - Intervenção arqueológica (SILVA - 1986 / 56 - 58); posteriormente - construção de uma vedação de rede, que se encontra parcialmente destruída; CMB: 2006 - obras de recuperação do balneário, incluindo a colocação de um passadiço, limpeza de cantaria, colocação de painéis informativos e de sinalização. |
Observações
|
|
Autor e Data
|
Isabel Sereno / Paulo Dordio 1994 |
Actualização
|
|
|
|