Sítio dos Morrinhos

IPA.00031761
Brasil, São Paulo, São Paulo, São Paulo
 
Casa de bandeirante setecentista, construída em posição estratégica sobre via de comunicação, em taipa de pilão, com planta quadrangular e telhado de quatro águas. Fachada principal regular, com alpendre central ladeado, à esquerda, por quarto de hóspedes independente e, à direita, pela capela, constituindo o espaço social da casa, e tendo no interior, contígua ao alpendre, sala de grandes dimensões, à volta da qual se distribuem os quartos, zona exclusiva à família.
Número IPA Antigo: BR922505650016
 
Registo visualizado 214 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Residencial unifamiliar  Casa de bandeirante    

Descrição

Planta quadrangular, de massa simples e cobertura em telhado de quatro águas, integrando descentrado águas-furtadas rectangulares ou camarinha. Estrutura em taipa de pilão, com fachadas rebocadas e pintadas de branco, terminadas em aba corrida de madeira assente em falsos cachorros entalhados. Fachada principal com alpendre central, ligeiramente recuado, assente em três arcos de volta perfeita sobre pilares, com almofadas pintadas, assentes em plintos paralelepipédicos, com acesso apenas pelo arco central e possuindo nos seguintes elemento decorativo relevado, em ocre; é ladeado à esquerda por quarto de hóspedes e à direita por capela, ambos rasgados por janela em arco de volta perfeita sem moldura. Sob o alpendre, rasga-se frontalmente porta e janela de peitoril, rectangular com grades de madeira, e, lateralmente, porta de verga recta de acesso ao quarto e à capela; todos estes vãos têm molduras de madeira. Nas águas furtadas abrem-se duas pequenas janelas, sem molduras. Fachada lateral direita rasgada no piso térreo por uma janela rectilínea e as restantes em arco abatido e, no segundo piso, ao nível das águas-furtadas por três janelas rectilíneas: uma de varandim, com guarda em ferro, ladeada por duas de peitoril. INTERIOR: contígua ao alpendre fica a sala principal, de grandes dimensões, com vários armários embutidos, de portas almofadadas; à volta da sala distribuem-se quatro quartos, zona exclusiva à família, tendo como forro o piso do jirau. No piso superior possui as águas-furtadas ou camarinha, com pavimento e tecto de madeira, e armário embutido.

Acessos

Rua Santo Anselmo, nº 102, Jardim São Bento, Zona Norte

Protecção

Tombamento pelo CONDEPHAAT, Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico, Inscrição n.º 105, Fl. 105, de 06 maio 1975

Enquadramento

Urbano, adossado, localizado a meia encosta da serra da Cantareira, na margem direita do rio Tietê, dominando extenso trecho da várzea do rio. A implantação privilegiada permitia que, do pátio, se visse o outeiro onde se erguia o Colégio de São Paulo e ainda hoje permite uma panorâmica sobre a cidade de São Paulo. Adossado e nas imediações possui diversas construções anexas. É envolvida por extensa área verde, com árvores frutíferas e ornamentais.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Residencial: casa de bandeirante

Utilização Actual

Cultural e recreativa: museu

Propriedade

Privada: Estado brasileiro

Afectação

Época Construção

Séc. 18

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

1702 - data da verga inscrita na verga do portal; inicialmente foi sede de fazenda da família Baruel e posto de vigilância e protecção às trilhas indígenas que transpunham a serra da Cantareira; séc. 19, 2ª metade - construção de vários anexos, de alvenaria de tijolos, utilizadas como senzala, abrigo para animais e oficinas; 1902 - a propriedade é levada a leilão e arrematada pela Associação Pedagógica Paulista, como representante do Mosteiro de São Bento; a partir de então, a propriedade é utilizado como chácara de descanso dos seus membros nos fins de semana; os beneditinos acrescentam uma "camarinha" ou águas-furtadas sobre parte do espaço central do pavimento térreo e introduzem os arcos de volta perfeita no alpendre e nas molduras dos vãos; 1952 - o Mosteiro de São Bento faz um acordo com a firma Camargo Correia S.A. para a realização do loteamento da região que deu origem ao actual bairro Jardim São Bento; a partir desse acordo, Sebastião Ferraz de Camargo passou a ser o proprietário do lote onde se encontra a casa bandeirista e construções anexas, acabando por doá-lo, neste mesmo ano à Prefeitura do Município de São Paulo, passando a integrar o Museu da Cidade.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes.

Materiais

Estrutura em taipa de pilão, revestida a tabatinga (areia branca); aba corrida, falsos cachorros, portas, portadas, caixilharia, grades e jiraus em madeira; pavimentos cerâmicos ou de madeira; cobertura de telha.

Bibliografia

SALA, Dalton, Guia das casas bandeiristas = guide to the Bandeirantes houses, in SALA, Dalton (dir.), Casas bandeiristas: arquitectura colonial paulista = bandeirante houses: the colonial architecture of São Paulo, São Paulo, Oficina de Projectos, 2008; http://www.museudacidade.sp.gov.br/sitiomorrinhos.php, 22 Julho; http://www.museudacidade.sp.gov.br/morrinhos-imagens.php, 22 Julho.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

1984 - obras de consolidação e reforço estrutural; 2000 - início das obras de restauro e conservação de todo o conjunto; prospecções arqueológicas; preservação de elementos antigos e princípios arquitectónicos com características contemporâneas como pisos, jiraus e sistema de iluminação museológica.

Observações

EM ESTUDO

Autor e Data

Paula Noé 2011

Actualização

 
 
 
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