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Edifício e estrutura Edifício Extração, produção e transformação Oficina
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Descrição
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Complexo industrial constituído por olarias com os seus respectivos fornos e "entulheiras", (*1). Aparentemente associada a estas estruturas, foi detectada uma necrópole composta de cinco sepulturas de ritual de incineração e de inumação, apontando, assim, para um período de utilização que terá variado entre os séculos II e IV a. C., precisamente quando estes dois ritos funerários coexistiram. Esta necrópole parece indiciar, por sua vez, a existência, nas imediações, de um povoado à qual corresponderia, o que, tomado em conjunto, poderá pressupor que o complexo industrial em epígrafe seria suficientemente relevante para justificar uma ocupação de carácter permanente de uma povoação que lhe estaria associada. Entretanto, foram já postos a descoberto materiais e estruturas atribuídos ao século VII, correspondendo à presença de vestígios visigóticos, o que reforçaria a ideia da longa ocupação ou sucessiva reutilização deste sítio arqueológico situado na margem esquerda do rio Tejo. (in: http://www.igespar.pt/pt/patrimonio/pesquisa/geral/patrimonioimovel/detail/70838/ [AMartins] [consulta em 28-06-2011]
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Acessos
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Herdade do Rio Frio. WGS84 (graus decimais): lat.: 38,690323; long.: -8,845228 |
Protecção
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Categoria: SIP - Sítio de Interesse Público / ZEP, Portaria n.º 591/2011, DR, 2.ª série, n.º 121, 27 de junho 2011 |
Enquadramento
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A Herdade do Rio Frio (v. PT031508030046) abrange 2 concelhos, Alcochete e Palmela, encontrando-se a Olaria de Porto dos Carros localizada no concelho e freguesia de Alcochete, junto à ribeira das Enguias. |
Descrição Complementar
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O espólio encontrado e a aproximação de uma necrópole parece indiciar, por sua vez, a existência, nas imediações, de um povoado à qual corresponderia, o que, tomado em conjunto, poderá pressupor que o complexo industrial. Entretanto, foram já postos a descoberto materiais e estruturas atribuídos ao século VII, correspondendo à presença de vestígios visigóticos, o que reforçaria a ideia da longa ocupação ou sucessiva reutilização deste sítio arqueológico situado na margem esquerda do rio Tejo.[IGESPAR] |
Utilização Inicial
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Extração, produção e transformação: oficina |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Afectação
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Época Construção
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Séc. 04 a.C. / 02 a.C. |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido |
Cronologia
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Séc. 04 a.C. - 02 a.C. - Período provável da datação do sítio; 1994, 04 Janeiro - proposta de classificação do Centro de Arqueologia de Almada; 12 Janeiro - proposta de abertura do processo de classificação IPPAR; 14 Janeiro - sespacho de abertura do processo de classificação do Presidente do IPPAR; 2007, 17 Agosto - proposta da DRCLVTejo para a classificação como Monumento Nacional e fixação de Zona Especial de Proteção; 2008, 23 Abril - parecer do Conselho Consultivo do IGESPAR favorável à fixação de Zona Especial de Proteção e a propor a classificação como Imóvel de Interesse Público; 2010, 26 Maio - Despacho de homologação do processo de classificação do Secretário de Estado da Cultura e fixação de Zona Especial de Proteção. |
Dados Técnicos
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Materiais
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Bibliografia
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AMARO, Clementino José Gonçalves, BARROS, Luís, RAPOSO, Jorge, DUARTE, Ana Luisa, Alcochete. Porto dos Cacos, Informação Arqueológica, nº9, Lisboa, 1987; DIOGO, António Manuel Dias, Quadro tipológico das ânforas de fabrico lusitano, s.l., 1987; AMARO, Clementino José Gonçalves, Presença Romana na margem esquerda do Rio Tejo, Arqueologia do Vale do Tejo, s.l. 1987; RAPOSO, Jorge, Porto dos Cacos: uma oficina de produção de ânforas romana no Vale do Tejo, s.l., 1990; MATIAS, Manuel Senos, Prospecção magnética em Porto dos Cacos, Al-madan, Almada, 1992; http://www.freguesiadealcochete.pt/PatCacos.htm [consulta em 27-06-2011]; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70838/ [consultado em 8 agosto 2016]. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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EM ESTUDO. *1: A abundância de matéria-prima (argila e madeira e derivados) e fáceis acessibilidades, foram condições essenciais ao desenvolvimento desta indústria. As ânforas eram utilizadas para o armazenamento de "garum" (um condimento culinário à base de peixe), permitindo o seu transporte marítimo, de forma acondicionada, por todo o Império. Quando das escavações das "entulheiras" foram encontrados exemplares de ânforas tipo "Beltran IV", "Dressel 30", "Almagro 51 C" e "Almagro 50", além de um inúmero conjunto de cerâmica comum de utilização preferencialmente culinária. |
Autor e Data
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Cecília Matias 2011 |
Actualização
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