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Edifício e estrutura Edifício Cultural e recreativo Casa de espetáculos Teatro
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Descrição
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Ruínas que compreendem os degraus ou assentos da «cavea», o pavimento da «orchesta», o embasamento do «proscaenium» formado de quadrângulos e semicírculos; uma inscrição gravada na face perpendicular do «proscaenium» frente à «cavea»; «cippo» em mármore cinzento de 5 palmos de comprimento e 2,5 de largura; 2 estátuas de Sileno reclinados sobre odres em mármore; várias colunas estriadas, capitéis e 3 fustes de diâmetro variados; uma enfiada de pedras de silharia, vestígios dos suportes de arranque das arcaturas para assento da «suma cavea» no r/c aberto no períbolo que serve de parede ao quartel da G.N.R.; alguns outros vestígios destroçados e em desordem. |
Acessos
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Rua de São Mamede, ao Caldas, n.º 3 - 3 B; Praceta do Aljube, n.º 5 |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 47 984, DG, 1.ª série, n.º 233 de 06 outubro 1967 / ZEP, Portaria, DG, 2.ª série, n.º 71 de 25 março 1969 / Incluído na Zona Especial de Proteção da Sé de Lisboa (v.IPA.00002196), Portal Principal da Igreja da Madalena (v. IPA.00003034), Lápides das Pedras Negras (v. IPA.00006474), Igreja da Conceição Velha (v. IPA.00006470), Casa dos Bicos (v. IPA.00002489) e Igreja de Santo António de Lisboa (v. IPA.00003143) |
Enquadramento
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Urbano. Na encosta S. do Castelo de São Jorge, semi-soterrado a 8 metros de profundidade na confluência da R. de São Mamede ao Caldas com a R. da Saudade; ocupa uma área que vai da R. Augusta até à cerca do Convento de Santo Elói; a parte a descoberto está no meio do casario; a N. adossa-se ao Quartel dos Lóios da G.N.R. e a S., em frente, tem a torre da Sé Catedral. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Cultural e recreativa: teatro |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: museu |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 01 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Cronologia
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Séc. 01 - construído durante o reinado do imperador Augusto; funcionou como teatro por 300 anos; na época de Nero teve a inauguração oficial após reformulação da zona do «proscaenium», palco e «orchesta»; séc. 4 - no reinado de Constantino começa a ser desmantelado *1; séc. 18, finais - é encontrado pois ficara parcialmente descoberto quando do terramoto de 1755, que faz ruir os prédios de habitação que se haviam construído sobre ele; 1797 - as ruínas são desenhadas pelo arq. Francisco Xavier Fabri que dá o prospecto do monumento; 1799, 9 Fevereiro - a Gazeta de Lisboa noticiava que o prof. Luís António de Azevedo, tinha publicado a inscrição dos libertos segundo desenho de Fabri, que comprovava a dedicação do Teatro Romano de Lisboa ao imperador Nero por Caio Heio Primo.séc. 19 - levantados planta e alçado e postos a descobertos parte da «cavea» e provável área do «proscaenium», por Francisco Xavier Fabri; 1815 - Luiz António de Azevedo publica a descrição daquele; ruínas enterradas de novo; 1960 / 1967 - trabalhos de escavação de Fernando de Almeida; 1987 - é iniciada nova escavação (Dias Diogo) interrompida a 21 Abril 1990; 2001, Novembro - inauguração do Museu do Teatro Romano e campo Arqueológico envolvente; 2006, 22 agosto - parecer da DRCLisboa para definição de Zona Especial de Proteção conjunta do castelo de São Jorge e restos das cercas de Lisboa, Baixa Pombalina e imóveis classificados na sua área envolvente; 2011, 10 outubro - o Conselho Nacional de Cultura propõe o arquivamento de definição de Zona Especial de Proteção; 18 outubro - Despacho do diretor do IGESPAR a concordar com o parecer e a pedir novas definições de Zona Especial de Proteção; 2013/2014 - obras de requalificação com projeto de arquitetura de Daniela Hermano e João Carrasco (menção honrosa do Prémio Valmor 2014). |
Dados Técnicos
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Estrutura autoportante. |
Materiais
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Calcário da região, mármore polícromo, madeira, «opus signinum». |
Bibliografia
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ALARCÃO, Jorge, História da Arte em Portugal, vol. 1, Lisboa, 1980; AZEVEDO, Luis António, Dissertação Crítico - filológica - histórica sobre o Verdadeiro Ano ..., Lisboa, 1815; MOITA, Irisalva, Repensar Olisipo a partir de Lisboa, in I Encontro Nacional de Arqueologia, Setúbal, 1985; O Teatro Romano de Lisboa, Revista Municipal, nº 124 / 125, I trimestre, Lisboa, 1970; RODRIGUES, Adriano Vasco, O Teatro Romano de Felicitas Julia, Lisboa, 1987; VITERBO, Sousa, Diccionario Historico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portuguezes ou a serviço de Portugal, Lisboa, Imprensa Nacional, 1904, vol. I; WHEELER, Mortimer, Roman Art and Architecture, (Word of Art), New York, 1985. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DRMLisboa |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DRMLisboa |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DRMLisboa |
Intervenção Realizada
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Séc. 19 - levantamento de planta e alçado; 1960 / 1967 - trabalhos de escavação; 1987 / 1990 - reinício de trabalhos de escavação e recuperação. |
Observações
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*1 As pedras são reutilizadas na construção de outros edifícios públicos, como a Cerca de Moura. |
Autor e Data
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Albertina Belo 1993 |
Actualização
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