Igreja de Santo Agostinho / Convento de Nossa Senhora da Graça / Convento de Santo Agostinho

IPA.00030658
Índia, Goa, Goa Norte, Goa Norte
 
Convento masculino da Ordem dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, construído no final do séc. 16, início do 17, pelos portugueses, constituindo a casa mãe da ordem no Oriente e um dos maiores conventos de Goa, de que apenas subsistem as ruínas, o qual comunicava com um colégio que tinha anexado. O primeiro edifício dos agostinhos foi iniciado em 1572, noutro local, sob a direção de Frei António da Paixão, mas em 1597, foi lançada a primeira pedra da atual igreja, dedicada a Nossa Senhora da Graça, padroeira da Ordem. Desconhece-se a autoria do projeto mas, segundo António Nunes Pereira e Sidh Losa Mendiratt, é "possível associar o nome do arquiteto Júlio Simão e dos mestres pedreiros Manuel Coelho e João Teixeira" à obra (PEREIRA e MENDIRATT: 2010, p. 258). Era composto por igreja e zona regral desenvolvida à esquerda. A organização espacial e a composição compartimentada da fachada da igreja sofreu influência da igreja jesuíta do Bom Jesus (v. IPA.00011435), iniciada apenas três anos antes, e o esquema de fachada harmónica, possivelmente, da igreja de São Vicente de Fora, em Lisboa (v. IPA.00006529), trazido para Goa pelo arcebispo D. Frei Aleixo de Meneses, elementos que se generalizaram nas igrejas do território goês. Tinha planta retangular, de nave única, com oito capelas laterais profundas e intercomunicantes, encimadas por tribunas, transepto inscrito e capela-mor profunda, igualmente de influência jesuita. A fachada principal, virada a nascente, era flanqueada por torres sineiras bastante altas, com 64 metros de altura e cinco registos, separados por cornijas, com cunhais firmados por pilastras sobrepostas, rasgadas por vãos integrando frestas, com frontão triangular, e, no último registo, ventanas em arco, rematando em balaustrada com pináculos sobre acrotérios, susbistindo apenas o cunhal da torre norte. O corpo da igreja, organiza-se em três panos, definidos por pilastras sobrepostas, coroadas por pináculos, e em três registos separados por cornijas, terminando em tabela, contendo nicho com imagem do orago, rematada em frontão triangular com óculo, ladeado de aletas. Era rasgada por três portais, em arco de volta perfeita, ladeado por colunas, o central maior e com quatro colunas, de que subsistem elementos, de fuste estriado e terço inferior marcado, assentes em plintos paralelepipédicos almofadados, que sustentavam entablamento. No segundo registo abriam-se janelas retilíneas, com frontão triangular, e no terceiro óculos circulares. Interiormente, possui pavimento de cantaria, integrando muitas lápides funerárias, inscritas e brasonadas, a nave era coberta por abóboda de berço, solução técnica então considerada notável, e os braços do transepto por abóbadas de aresta, sobre mísulas, conforme indicam os vestígios. Tinha coro-alto e oito capelas laterais, acedidas por arco, sobre pilastras, com largo intradorso, formando apainelados, e eram cobertas por abóbadas de berço, de caixotões, sobre friso e cornija. Em algumas conservam-se vestígios da antiga decoração relevada em estuque, com apainelados contendo florões, friso de acantos e de flores, a qual se prolongava para a abóbada. As capelas comunicam por vão reto. No lado da Epístola possuía púlpito, do qual subsiste a escada. Os braços do transepto tinham acesso por arcos de intradorso igualmente formando apainelados, atualmente revestidos a painéis de azulejos de padrão, reaproveitados, existindo altares colaterais entre esse e o arco triunfal, de que se conserva o presbitério frontal; no braço do Evangelho abre-se porta de ligação à zona regral. Tinha onze retábulos de talha, nove deles dedicados a Nossa Senhora da Graça, Nossa Senhora do Bom Sucesso, São João de Sahagun, São Tomás de Vila-Nova, São José, Nossa Senhora dos Passos, Santo Agostinho, Senhor Jesus, Nossa Senhora das Angústias. O arco triunfal assenta em largas pilastras, sobre plintos almofadados, atualmente revestidas a azulejos de padrão seiscentistas. A capela-mor, rasgada lateralmente por três janelas retilíneas e com acesso à sacristia, no lado do Evangelho, tinha abóbada de berço, em caixotões, com florões nos encontros das molduras, sobre cornija assente em mísulas, de linguagem moderna, como existe, por exemplo, no Convento de São Francisco (v. IPA.00011434). Sobre supedâneo, dispunha-se o retábulo-mor, de que subsistem os largos plintos paralelepipédicos, em cantaria e com face frontal inscrita, bem como parte da estrutura do altar. O retábulo tinha oito esculturas em torno de tribuna, com efeito camarim, "onde se expunha elaborado tabernáculo, iluminado por aberturas na parede extrema da cabeceira" (PEREIRA e MENDIRATT: 2010, p. 259), esquema também existente no Convento de São Francisco. A zona regral organiza-se em torno de dois claustros e de um pátio. As fachadas possuíam três pisos, por onde se distribuíam as várias dependências, localizando-se a principal escada de acesso aos pavimentos superiores, no compartimento junto da portaria, sensivelmente a meio da fachada nascente do conjunto. Os claustros tinham dois pisos e separavam-se pela sala do capítulo, com capela; o clausto junto à igreja, destinado aos frades, era designado de superior, e o segundo, a sul, de maiores dimensões, era o do noviciado, chamado de inferior. No claustro dos frades, os arcos do piso térreo assentavam em pilares, um deles possuindo motivos decorativos e, no centro da quadra, existe cisterna. Numa das depenências da ala poente, possível ante-sacristia, existe nicho, em arco, interiormente concheado, entre pilastras sustentando frontão triangular, e lavabo de estrutura semelhante, com arca de duas bicas, decorada por símbolos dos Agostinhos, inserida em reservatório concheado, vertendo para taça retangular. A dependência seguinte, talvez a sacristia, tem no topo ruínas de uma capela, com pilastras formando apainelados côncavos, semelhantes aos da igreja, enquadrando altar pétreo, tipo urna. Na capela da sala do capítulo, existe túmulo em granito, com urna enquadrada por plintos, almofadados, coroados por pináculos piramidais, tendo numa das faces inscrição, encontrando-se atualmente protegido por estrutura de vidro. No pavimento integra-se uma lápide funerária inscrita. No claustro do novociado, os arcos assentavam em pilares, intercalados por guarda plena, com balaustrada fingida, fazendo-se o acesso à quadra nos topos de cada ala; a quadra tem nos ângulos recorte enquadrando elemento curvo. As dependências que o envolviam tinham acessos por arcos de volta perfeita e coberturas e, abóbada de berço, em caixotões, à semelhança da igreja, o que revela um programa comum. Num dos recantos que antecede o refeitório, conserva-se lavabo, com espaldar retangular, formando três apainelados, ornados com T, vertendo para tanque retangular, inserido em vão abobadado, enquadrado por pilastras. As paredes da zona regral também apresentavam rica decoração, em estuques e em pinturas murais, com representações da vida de Santo Agostinho, e de outros santos, sobretudo dos mártires da Ordem de Santo Agostinho. Algumas jambas de portais possuem ainda decoração vegetalista relevada. Para além da capela da portaria, dedicada a Santa Clara de Monte Falco, sabe-se que existia a capela da sala do capítulo, uma no noviciado, dedicada a Nossa Senhora das Neves, e nos pisos superiores as capelas dos Provinciais, dos Priores, de Nossa Senhora do Rosário e de Nossa Senhora da Assunção (SALDANHA: 1926, p. 86). No extremo sul do conjunto existia um pátio de serviço com várias dependências de apoio ao convento, conservando-se vários arcos, de volta perfeita. Deste partia o passadiço elevado que, sobre a Rua dos Judeus, permitia a ligação ao Colégio de Nossa Senhora do Pópulo. Imediatamente a poente do convento situavam-se caboucos de laterite, fornos para fabricar cal e outras infraestruturas de apoio ao convento. Para norte desenvolvia-se a cerca conventual, integrando pomares e poços.
Número IPA Antigo: IN931101000028
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Convento / Mosteiro  Convento masculino  Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho - Gracianos

Descrição

Planta poligonal, composta por igreja, de nave única, flanqueada por duas torres sineiras, com oito capelas laterais intercomunicantes, transepto inscrito e capela-mor profunda, tendo adossado um compartimento de ambos os lados, e zona regral formada por dois claustros, o disposto junto à igreja mais pequeno, e um pátio, à volta do qual se organizavam as várias dependências. A fachada principal surge virada a nascente.

Acessos

Goa Norte, Tiswadi, Bainguinim, Goa 403110. WGS84 (graus decimais) lat.: 15,50006, long.: -73,90624

Protecção

Monumento do Estado da Índia Portuguesa / Monumento Indiano de Importância Nacional / Incluído nas Igrejas e Conventos de Goa *1

Enquadramento

Peri-urbano, isolado e destacado, na vertente nordeste do denominado Monte Santo, no lado ocidental de Velha Goa, e na margem esquerda do Rio Mandovi, inserido no conjunto monumental das Igrejas e Conventos de Goa. É envolvido por denso arvoredo e palmares, localizando-se na proximidade o Convento de São João de Deus a cerca de 130 m para nascente, o Mosteiro de Santa Mónica (v. IPA.00011448), a cerca de 100 m a nordeste, a Real Capela de Santo António, a cerca de 50 m para norte, e a Igreja de Nossa Senhora do Rosário (v. IPA.00011444), a cerca de 180 m para noroeste.

Descrição Complementar

No pavimento da segunda capela do Evangelho, surge lápide sepulcral com a inscrição: "S. DE ANTONIO MVNIS BA / RETO DO COMSELHO DE / SVA MGº POR EL REI N SºR / QVE I ALEGEO A XIIII DE / IVLHO DA ERA DE1647 / ANNOS SENDO AVCTV / AL EN ESSE CAPPITÃO / DESTA CIDADE DE GOA / E DE SVA MOLHER DONA / MARIA DE LIMA". Na terceira capela, existe na parede da Epístola, lápide com a inscrição: "ESTA CAPELA E DE GA / SPAR MENDES DE LEM / OS E DE SVA MOLHER . A / NTONIA DABREV . E DE / SEVS ERDEIROS. TEM / NELA HVA MISA QVOTI / DIANA PERPETVA". Encima-a lápide com brasão de família, com escudo esquartelado. No pavimento da quarta capela, existe lápide com a inscrição: "ESTA CAPELALLA HE / DE GASPAR DE MEL / LO DE SANPAYO CO / MENDADOR DA ORDE A / ABRANTES E DO CO / CELHO DE SVA MA / GESTADE CAPITÃO / Q FOI DESTA CIDADE / E G. DA EORTALE 3 ADE / MALACA E CAPITÃO DO / ESTREITO DE ORMV (...) / (...) CEOEMA (...) TEA / (...) TV (...) ODEI6 / 36 (...) OLHER DO / NAT (...) VR ESSE VE / ANTº (...) MELLO DE SAM / PAYO E SEVS ERDROS". Na segunda capela da Epístola, existe lápide com a inscrição: "HESTA CAPELA HE DE BE / RTOLAMEV LOBO DA GAMA / CAVALEIRO QVE FOI PRO / FESO DA ORDEM DE XPO FMNE / LAHVA MISA TODO LOS DI / AS PERPETVA HE DE SVA M / OLHER DONA IOANA LOBA / HE DE SEVS ERDEIROS FAL / ESEV EM 28 DE DEZEMBRO / DA ERA DE 1620". Na quarta capela da Epístola, numa estrutura de cantaria, definida por pilastras caneladas, de terço inferior marcado, e envolvido por enrolamentos, existe lápide com a inscrição: "ESTA CAPELA HE DE / FRACA DA CVNHA DE / SEVS ERDEURIS / E TEM HVA MISA QVO / TIDIANA E HVA CA/ TADA CADA MES P.S.S / VA ALMA FALECEO / A 24 DE IVNHODE 744". No braço do transepto da Epístola existe túmulo com a inscrição: "ESTA CAPELA HE DE DOM IORG / E DE CASTELO BRANCO HE DE S / VA MOLHER DONA MARIA ENRI / QVES HE DE SEVS HERDEIROS". Um dos plintos do banco do retábulo-mor tem a inscrição: "i PS V M GENTES / DE PRECABVNTVR. / ET. ERIT. SEPVL / CHRVM. EIVS. GLO / RIOS VM. ISA.C:II". Na capela da sala do capítulo, insere-se no pavimento lápide funerária, com a inscrição "S.A DE M.EL DE SIQR.A D / E MATOS E DESVA M / OLHER PLVCRECIA / P. R.A DALMADA".

Utilização Inicial

Religiosa: convento masculino

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Época Construção

Séc. 16 / 17

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITETO: Júlio Simão (atr. - 1597). PEDREIROS: João Teixeira (atr. - 1597), Manuel Coelho (atr. - 1597).

Cronologia

1572 - os primeiros doze missionários agostinhos, sob a direção de Frei António da Paixão, que será o primeiro provincial da congregação, chegam a Goa e iniciam a construção de um primeiro convento, numa colina a poente do centro de Velha Goa, no terreiro da Capela de Santo António; 1584 - início da construção do convento, mais a sul, por ordem do provincial Frei Anselmo do Paraíso; 1585 - 1586 - estão terminadas as obras de um dos dormitórios; decide-se mudar o local onde se planeava erguer a igreja; 1597 - na presença do Arcebispo D. Frei Aleixo de Meneses e do Vice-Rei D. Estevão da Gama, é lançada a primeira pedra da nova igreja, com invocação de Nossa Senhora da Graça; 1605 - as obras do convento estavam concluídas; 1608 - prosseguiam as obras da igreja; 1617, cerca - conclusão das obras da igreja; séc. 17, primeira metade - construção do Colégio de Nossa Senhora do Pópulo, com igreja própria em terreno contíguo e a sudoeste do convento da Graça, por iniciativa do provincial Frei Pedro da Cruz, e destinado à formação dos noviços *2; 1835 - em consequência da extinção das ordens religiosas, o convento, que tinha então 59 religiosos, é abandonado e o complexo entra em decadência e degradação; entre o notável acervo inventariado conta-se uma imagem de Nossa Senhora das Neves, proveniente de Ceilão, transferida para a igreja de São Pedro em Panelim; o maior sino de uma das torres da igreja, é levado para a Praça da Aguada para servir ao relógio do farol *3; o convento é utilizado durante algum tempo pela Santa Casa da Misericórdia; 1842, 08 setembro - desaba a abóboda da igreja, provavelmente porque, conforme referido no Boletim do Governo de 1852, p. 142, "o arsenal da marinha, a cujo cargo ficaram os conventos extintos, descuidou-se a fazer antes do inverno os concertos ordinários" (SALDANHA: 1926, p. 93), e o convento está, de uma forma geral, degradado; 1843 - o Conselho do Tesouro Público decide vender os materiais provenientes da derrocada; 1846 - desabamento das paredes laterais da nave da Igreja de Nossa Senhora da Graça; ordena-se a demolição dos edifícios do Colégio de Nossa Senhora do Pópulo *4; 1880, cerca - segundo fotografia de D' Souza e Paul, a fachada da Igreja de Nossa Senhora da Graça ainda se mantém de pé, embora apenas com a torre norte; 1932, 01 abril - declarado Monumento do distrito de Goa pela Portaria Provincial n.º 1.360, Boletim Oficial do Estado da Índia Portuguesa, n.º 27, 1.ª Série, p. 405; 1936 - derrocada da fachada da igreja; 1990 - início das escavações arqueológicas tuteladas pelo Archaeological Survey of India.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes.

Materiais

Estrutura em laterite e cantaria de granito; pavimentos e cantarias em granito; argamassas de cal e areia; vestígios de estuques e de azulejos policromos.

Bibliografia

BISPA, A. A. - «Montefalco (Umbria) e Monte Santo de Goa: Eremitas Agostinhos no Oriente. De procissões e motetos dos Passos no mundo colonial português». In Revista Brasil-Europa: Correspondência Euro-Brasileira 131/19, março 2011 (http://www.revista.brasil-europa.eu/131/Goa-Ruinas_de_Santo_Agostinho.html), [consultado em 26 fevereiro 2019); DIAS, Pedro - História da Arte Portuguesa no Mundo. O Espaço do Índico. Lisboa: Círculo de Leitores, 1998, pp. 90-93; FONSECA, José Nicolau da - An Historical and Archaeological Sketch of the City of Goa. Bombaim: Thacker & C.º, Limited, 1878, pp. 311-314; MATTOSO, José (dir.) - Ásia, Oceania, Património de origem portuguesa no mundo, arquitectura e urbanismo. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2010, pp. 257-259; MENDES, A. Lopes - A Índia Portugueza. Breve descripção das possessões portuguezas na Ásia. Sociedade de Geographia de Lisboa. Lisboa: Imprensa Nacional, 1886; PEREIRA, António Nunes - A arquitectura Religiosa Cristã de Velha Goa, Segunda Metade do Século XVI - Primeiras Décadas do Século XVII. Lisboa: Fundação Oriente, 2005, pp. 19, 20, 251-274, 458-462; PEREIRA, António Nunes, MENDIRATT, Sidh Losa - «Convento e Igreja de Nossa Senhora da Graça». In Património de Origem Portuguesa no Mundo - Ásia Oceania. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2010, pp. 257-259; SALDANHA, Pe. Manuel J. Gabriel de - História de Goa (Política e arqueológica). História Arqueológica. Segunda Edição. Nova Goa: Casa Editora Livraria Coelho, 1926, vol. II, pp. 85-93.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

DGPC: SIPA

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Archaeological Survey of India: 1990, desde - escavações arqueológicas; estabilização de elementos estruturais restantes; proteção de áreas e elementos arquitetónicos face à erosão provocada pelos visitantes e por agentes meteorológicos.

Observações

*1 - O convento, também conhecido por Igreja e Convento de Santo Agostinho, ou dos Agostinhos, foi declarado Monumento do distrito de Goa pela Portaria Provincial n.º 1.360, publicado no Boletim Oficial do Estado da Índia Portuguesa, n.º 27, 1.ª série, de 1 de abril de 1932, p. 405. Consta da Lista de Monuments of National Importance in Goa do Archaeological Survey of India, com o identificador N-GA-10 e a designação Church of Saint Augustine. O conjunto "Churches and Convents of Goa", foi declarado pela UNESCO, em 1986, como Património da Humanidade (Relatório da 10.ª Sessão do Comité - CONF 003 VIII). *2 - Segundo o Pe. Manuel Saldanha, Filipe Néri Xavier coloca a fundação deste colégio em 1635 (SALDANHA: 1926, p. 90). Contudo, José Nicolau da Fonseca refere o ano de 1600 (FONSECA: 1878, p. 313) e António Nunes Pereira e Sidh Losa Mendiratt indicam o ano de 1602. Este colégio ligava-se ao conjunto conventual dos agostinhos através de uma passagem, em arco, sobre a denominada Rua dos Judeus, como se pode observar numa ilustração da segunda metade do século 19 (MENDES: 1886, p. 70). *3 - Em 1871 o mesmo sino foi levado para a Igreja de Nossa Senhora da Conceição (v. IPA.00011438), de Nova Goa ou Panaji tendo, para isso, sido construído, em 1875, um campanário adequado ao tamanho e peso do sino, sobre a secção central da fachada principal. *4 - Uma vez que hoje ainda são visíveis partes das construções do colégio, Lopes Mendes ainda o desenhou por volta dos anos 1870/80, e Saldanha (1926, p. 93) refere que da igreja do Pópulo ainda restava uma parte da fachada, pelo que, a demolição ordenada, a existir, não se concretizou na totalidade (SALDANHA: 1926, p. 93).

Autor e Data

Hugo Sérgio Fernandes (Contribuinte externo) e João Almeida (Contribuinte externo) e Paula Noé 2021

Actualização

 
 
 
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