Museu Regional de Nampula / Museu Nacional de Etnologia / MUSET

IPA.00030517
Moçambique, Nampula, Nampula, Nampula
 
Arquitectura cultural, do séc. 20.
Número IPA Antigo: MZ910719000014
 
Registo visualizado 377 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Cultural e recreativo  Monumento e museu  Museu  

Descrição

Planta rectangular desenvolvendo-se num corpo cuja grande horizontalidade é cortada pelo monumental pórtico de betão. *1 O ritmo da fachada principal é quebrado pelo pórtico avançado (apresentando no topo a palavra MUSEU), rasgando-se, à esquerda deste, duas grandes fiadas de janelas, sendo a cobertura avançada sustida por pilares de betão armado. Do lado direito, existência de pequenas frestas horizontais ao nível do piso superior, enquanto que no inferior se abrem janelas de maiores dimensões.INTERIOR: No átrio funcionam serviços de apoio (venda de objectos de ourivesaria em ouro, prata e bronze, bem como de produtos de cestaria, tapeçaria e escultura). Deste espaço parte uma escada circular que comunica com o piso superior.

Acessos

Av. Eduardo Mondlane 1107 (39) CP.364 Cidade De Nampula, Nampula

Protecção

Enquadramento

Urbano, isolado, implanta-se no gaveto da Avenida Eduardo Mondlane (antiga Avenida José Cabral) com a Rua Francisco Matanga. Na proximidade erguem-se o Estádio 25 de Setembro (v. MZ910719000014), a Escola Secundária de Nampula (antigo Liceu Gago Coutinho - v. MZ910719000021), a Escola-Instituto Industrial e Comercial 3 de Fevereiro (antiga Escola Técnica Elementar de Nampula - v. MZ910719000013) e a Catedral de Nampula

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Cultural e recreativa: museu

Utilização Actual

Cultural e recreativa: museu

Propriedade

Afectação

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITECTO: Mário de Oliveira (1955). ENGENHEIRO: J. Corte-Real de Landerset (1955).

Cronologia

1955 - projecto elaborado pelo Gabinete de Urbanização do Ultramar (arquitecto Mário de Oliveira e engenheiro-civil J. Corte-Real de Landerset); 1956, 22 Agosto - inauguração do Museu pelo Presidente da República, General Craveiro Lopes; Adelino Pereira era à época conservador do Museu; 1993 - transformação em Museu Nacional de Etnologia *2; 2009/2010 - projecto de modernização do edifício e acervo, com fundos da UNESCO e do Governo Japonês.

Dados Técnicos

Materiais

Bibliografia

Documentação Gráfica

IHRU: SIPA; Arquivo Histórico Ultramarino: MU/DGOPC/DSUH/Caixa 69, 120

Documentação Fotográfica

IHRU: SIPA; Arquivo Histórico Ultramarino: Agência Geral do Ultramar

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

Não foi possível aferir as características do edifício, mas de acordo com a memória descritiva o projecto original pressupunha a construção do edifício em três fases, tendo sido efectivamente cumpridas apenas as duas primeiras (que diziam respeito ao volume principal, tendo ficado por concluir as alas recuadas, desenvolvidas em torno de um pátio central, que acabou por se desenvolver sobre a forma de jardim aberto). A entrada deveria ser feito por meio de um grande hall de forma circular, a partir do qual se acederia aos restantes espaços do piso térreo (zonas de exposição e administrativas e biblioteca), cujo espaço se desenvolveria em torno de um pátio fechado, ajardinado e com múltiplas aberturas a partir do interior. O acesso ao segundo piso deveria ser providenciado por meio de uma escada circular que partiria do hall circular.As paredes exteriores deveriam ser "rebocadas e esboçadas a massa de areia fina com as tintas metidas na massa", sugerindo-se para esse efeito o creme ou o rosa "por se tratar de um edifício oficial que convém destacar dos edifícios." As paredes interiores deveriam ser construídas em "alvenaria de tijolo maciço ou blocos de cimentos", sendo a pintura feita em tintas de água, usando-se cores cremes ou verde claro. Os tectos deveriam ser esboçados a massa de areia, prevendo-se ainda a existência de sancas trabalhadas. Os pavimentos deveriam ser de tacos de madeira. As soleiras, degraus, peitoris e guarnecimentos de vãos deveriam ser de pedra, de modo a salientar a "dignidade arquitectónica que [...] categoria [do edifício] requer[ia]" uma vez que se tratava "de um edifício de grande representação para a cidade." Não encontrando o arquitecto uma necessidade imperiosa de dotar o edifício de uma iluminação especial devido às especificidades próprias da exposição a acolher no espaço, limita-se a ser providas por janelas laterais, dotadas de persianas, em número considerado suficiente (à excepção das salas em que fosse suposta a existência de pintura, onde a iluminação deveria ser zenital).*1 - Esta solução foi amplamente seguida nas construções escolares levadas a cabo pelo Gabinete de Urbanização Colonial / do Ultramar. *2- O Museu Nacional de Etnologia é, a par com o Museu da Ilha de Moçambique, o único Museu Nacional moçambicano situado fora de Maputo. Do seu acervo constam objectos etnográfico representativos de todo o país (objectos de caça, pesca artesanal, colmeias tradicionais, instrumentos agrícolas e metalúrgicos).

Autor e Data

Tiago Lourenço 2010 (projeto FCT PTDC/AURAQI/104964/2008 "Gabinetes Coloniais de Urbanização: Cultura e Prática Arquitectónica")

Actualização

 
 
 
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