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Edifício e estrutura Edifício Residencial unifamiliar Casa Casa abastada
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Descrição
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Planta irregular. Volumes articulados com cave e 2 pisos formando 3 corpos em que os laterais avançam, fazendo ângulo com o central coberto com telhado diferenciado a 4 águas, corre o edifício um soco almofadado com pequenas janelas inscritas de vão quadrangular, que iluminam a cave. Cobre o edifício um telhado misto de telha vermelha e preta, formando losangos. A fachada principal rasgada por uma porta, inscrita em arco abatido, protegida por uma pala de vidro. Esta é ladeada por 2 janelas de verga curva emoldurada por alfiz: no 2º piso rasga-se uma varanda, sobre mísulas, com grade em ferro, na prumada central. Para esta abrem-se um aporta e 2 janelas de vão rectangular, inscritas num arco pleno. A varanda é ladeada por 2 janelas estreitas e 2 de sacada, com moldura em alfiz. A fachada é corrida por uma faixa decorada com motivos concheados que ao nível da varanda se eleva em arco pleno suportado por colunas de capitéis com volutas. Este arco é coroado por uma empena com cornija que se eleva acima da cornija coroada por platibanda, que corre todo o edifício. As fachadas, de tratamento idêntico entre si, são rasgadas no 1º piso por 3 janelas geminadas, com mainel e guardas em balaustrada, inscritas em arco batido. Deste arco arranca uma consola decorativa, com motivos concheados e volutas, que suporta uma janela "bow-window", no 2º piso, fechada por uma quadrícula em madeira e vidro, com vértices preenchidos por colunas que suportam uma cobertura em cantaria de 3 faces. As fachadas N. e E. têm tratamento idêntico. No 1º piso varanda com balaustrada em cantaria, da qual se elevam 2 pares de colunas encimadas por entablamento e cornija que suportam a varanda do 2º piso. Esta é corrida por gradeamento de ferro e acessível por uma porta de verga recta com moldura de alfiz. A restante parte da fachada, de tratamento mais simples, é rasgada por várias janelas e não apresenta a faixa decorativa e o registo de azulejos. |
Acessos
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Gaveto da Avenida da República n.º 38 a 38 A; Avenida Visconde Valmor, n.º 22. WGS84 (graus decimais) lat.: 38.738550, long.: -9.145562 |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 129/77, DR, 1.ª série, n.º 226 de 29 setembro 1977 *1 |
Enquadramento
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Urbano. Edifício de gaveto, isolado, no lado E. da avenida. Vedação em muro encimado por arbustos, ladeada por portões de ferro. Implantação harmónica. |
Descrição Complementar
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Acima da faixa concheada, um registo de azulejos padrão, policromado, com motivos geométricos, corre todo o edifício. A fachada principal apresenta, à direita, a seguinte inscrição: "PRÉMIO VALMOR / ANNO DE 1906 / PROPRIETÁRIA VISCONDESSA DE VALMOR / ARCHITECTO V. TERRA". |
Utilização Inicial
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Residencial: casa |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: clube |
Propriedade
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Privada: pessoa singular |
Afectação
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Sem afetação |
Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITETO: Miguel Ventura Terra (1905-1906). CANTEIRO: Pedro Pardal Monteiro (1906). CONSTRUTOR: Joaquim Francisco Tojal (1905-1906). ESCULTOR: Jorge Pereira (1906). SERRALHEIRO: Jacob Lopes da Silva (1906); PINTOR DE AZULEJOS:José António Jorge Pinto. |
Cronologia
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1905 - projecto do edifício da autoria de Miguel Ventura Terra (1866-1919), por encomenda de D. Josefina Clarisse de Oliveira, Viscondessa de Valmor; 1906 - construção do edifício, da responsabilidade de Joaquim Francisco Tojal; as cantarias estiveram a cargo de Pedro Pardal Monteiro, a serralharia de Jacob Lopes Silva e a escultura foi encomendada a Jorge Pereira; recebe o Prémio Valmor, sendo o júri constituído por: José Luis Monteiro (CML), José Alexandre Soares (ARBA), Francisco Carlos Parente (SAP); 1999, 12 Agosto - elaboração da Carta de Risco do imóvel pela DGEMN. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Alvenaria, cantaria, madeira, azulejo, vidro, telha, ferro |
Bibliografia
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Anuário da Sociedade dos Arquitectos Portugueses, Ano III, Lisboa, 1907. A Construção Moderna, Ano X, nº. 7, Lisboa, 1909. Occidente, nº. 1025, 20 - VI, Lisboa, 1907. Correio da Manhã, de 05-11-1983. Bairrada, Eduardo Martins, Prémio Valmor 1902 - 1952, Lisboa 1985; Arquitecto Ventura Terra (1866-1919), Lisboa, Assembleia da República, 2009; http://arqpapel.fa.utl.pt/jumpbox/node/74?proj=Casa+Viscondessa+de+Valmor, 16 Setembro 2011. |
Documentação Gráfica
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CML: Procº de Obras nº. 29524 |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID, Carta de Risco |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID, Carta de Risco; CML: Procº de Obras nº. 29524 |
Intervenção Realizada
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1999 - na fachada posterior construíram uma marquise em vidro para apoio à cozinha que se encontra com vários problemas de acumulação de sujidade e infiltrações; no piso do sótão a construção de uma casa de banho com laje, ocasionou a fissuração da zona unferior e deformação das paredes pintadas; igualmente as obras de abertura de um vão na cozinha do 2º piso, provocaram alguma instabilidade nas paredes e pavimentos. |
Observações
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*1 - Prédio de gaveto entre a Avenida da República, 38 e 38-A, e a Avenida Visconde de Valmor. Tratou-se de uma edificação para rendimento, sendo o seu primeiro inquilino o primeiro secretário da Legação Imperial Alemã, em Lisboa, o Sr. W. Lucius. |
Autor e Data
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João Silva 1992 |
Actualização
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Lobo de Carvalho e Teresa Ferreira 1999 |
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