Palácio Pombeiro / Embaixada de Itália

IPA.00003035
Portugal, Lisboa, Lisboa, Arroios
 
Arquitectura residencial, barroca. Palácio urbano
Número IPA Antigo: PT031106060322
 
Registo visualizado 963 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Residencial senhorial  Casa nobre  Casa nobre  

Descrição

Planta composta pela justaposição em L de 2 zonas: uma de planta rectangular, vazada por pátio a O. e um conjunto de corpos edificados intercalados com terraços a S.. A cobertura do corpo central da ala O. é feita por telhado a 4 águas; os corpos laterais apresentam telhados de 3 águas, sendo idêntica solução repetida nos 3 corpos salientes do alçado S. e na ligação entre estes, com telhados a 2 águas. A fachada O. é composta de 3 corpos, estando o central, de 2 pisos, em plano ligeiramente avançado em relação aos laterais, de apenas um piso. No piso térreo do corpo central, 2 portas em arco de volta inteira abrem-se num pano de muro revestido com placagem de cantaria delimitado por pilastras e ladeado por 3 janelas rectangulares com emolduramento calcário decorado. No piso nobre rasgam-se 8 janelas de sacada com varandas individuais de ferro forjado, apresentando emolduramento de cantaria coroado por áticas curvilíneas. Distingue-se a zona central onde as 2 janelas são servidas por uma mesma varanda corrida de ferro forjado. O corpo central, delimitado lateralmente por pilastras, termina-se em altura por cornija e platibanda. Os corpos laterais volumetricamente idênticos, distinguem-se pelo tipo de vãos que ostentam: 1 porta e 2 janelas à esquerda e 3 janelas à direita. As janelas extremas apresentam avental e áticas curvilíneas. O corpo lateral S. torneja para a Cç. do Conde de Pombeiro, tornando-se o primeiro de 3 corpos salientes, de 2 pisos, alternando com zonas reentrantes ajardinadas em terraço e delimitadas por grades de ferro forjado morfologicamente semelhantes às das sacadas. Estes corpos - planimetricamente organizados em E pela ligação ao nível do piso superior - apresentam, no piso térreo, vãos com emolduramentos simples de cantaria, e, no 1º andar, janelas de sacada com grades de ferro forjado e emolduramento idêntico ao das extremas do alçado O.. No interior merecem menção as denominadas: Sala de Baile, com pilastras em estuque marmoreado nos ângulos e cobertura em tecto de masseira ostentando ornamentação em estuque pintado e dourado; Sala Pompeiana: cuja designação advém dos motivos decorativos a fresco que guarnecem as portas e lambris, apresentando igualmente tecto de masseira, em cujo centro se observa a composição pictórica de João Tomás da Fonseca (1754 - 1835) "O Triunfo de Apolo"; uma outra sala na qual se apreciam silhares de azulejos setecentistas azuis e brancos, figurando cenas marinhas e de caça, com molduras de concheados em amarelo e cor de vinho.

Acessos

Largo do Conde de Pombeiro / Calçada do Conde de Pombeiro, n.º 24

Protecção

Incluído na classificação do Campo dos Mártires da Pátria (v. IPA.00005967)

Enquadramento

Urbano, destacado, isolado por jardins murados.

Descrição Complementar

No jardim há a destacar um obelisco em pedra (transformado em memorial relativo aos italianos residentes em Lisboa mortos na 1ª Guerra Mundial) e um pavilhão, no extremo N., sobre cuja porta se observa uma pedra de armas do visconde de Azarujinha, cuja leitura heráldica é a seguinte: de vermelho, 5 estrelas de 6 pontas de ouro; timbre: 2 braços de leão de ouro em pala segurando nas garras uma seta de vermelho armada de prata posta em faixa.

Utilização Inicial

Residencial: casa nobre

Utilização Actual

Política e administrativa: embaixada

Propriedade

Privada: estado Italiano

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 18 / 19

Arquitecto / Construtor / Autor

Cronologia

Séc. 18, início - edificação de uma casa nobre para a família Castelo Branco, senhores do morgado de Sacavém, de Pombeiro e de Belas, provavelmente pelo 3º conde de Pombeiro, D. Pedro de Castelo Branco da Cunha Correia e Meneses (1679-1733), em terreno doado por D. Catarina de Bragança a sua avó, D. Luísa Ponce de Leão, camarista da rainha de Inglaterra; c. 1800 - reedificação quase integral do palácio, por acção do 6º conde, D. José Luís de Vasconcelos e Sousa, 1º marquês de Belas (da casa dos Castelo Melhor, conde de Pombeiro por casamento); c. 1870 - venda da propriedade, por D. António de Castelo Branco (1842 - 1891), 9º conde de Pombeiro, ao marechal duque de Saldanha, João Carlos Gregório Domingues Vicente Francisco de Saldanha Oliveira e Daun (1790 - 1876), que passa a residir no palácio; 1875 - venda do palácio pelo duque de Saldanha ao 1º visconde de Azarujinha, António Augusto Dias Freitas (1830 - 1904); primeiros anos do séc. 20 - aquisição do palácio pela legação do Reino de Itália, que aí realiza obras de restauro e adaptação a novas funções.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes

Materiais

Alvenaria mista, alvenaria de tijolo, reboco pintado, cantaria de calcário e mármore, estuque pintado, ferro forjado, azulejos (sécs. 18, 19)

Bibliografia

Embaixadas e Legações: Legação de Itália, in Revista Municipal, Nº 4, Lisboa, 1940; LEÃO, Luís Ferros Ponce de, Portas e Brasões de Lisboa, Lisboa, s.d.; ARAÚJO, Norberto de, Inventário de Lisboa, Vol. 2, Fasc. 9, Lisboa, 1952; ALMEIDA, D. Fernando de, (coord. de), Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, Lisboa - Tomo 2, Lisboa, 1975; MATOS, José Sarmento de, Palácios Lisboetas - de Pombal a D. Maria, in Semanário, Lisboa, 12.12.1987

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

Autor e Data

Teresa Vale e Carlos Gomes 1995

Actualização

 
 
 
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