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Edifício e estrutura Edifício Residencial senhorial Casa nobre Casa nobre
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Descrição
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Planta composta pela justaposição em L de 2 zonas: uma de planta rectangular, vazada por pátio a O. e um conjunto de corpos edificados intercalados com terraços a S.. A cobertura do corpo central da ala O. é feita por telhado a 4 águas; os corpos laterais apresentam telhados de 3 águas, sendo idêntica solução repetida nos 3 corpos salientes do alçado S. e na ligação entre estes, com telhados a 2 águas. A fachada O. é composta de 3 corpos, estando o central, de 2 pisos, em plano ligeiramente avançado em relação aos laterais, de apenas um piso. No piso térreo do corpo central, 2 portas em arco de volta inteira abrem-se num pano de muro revestido com placagem de cantaria delimitado por pilastras e ladeado por 3 janelas rectangulares com emolduramento calcário decorado. No piso nobre rasgam-se 8 janelas de sacada com varandas individuais de ferro forjado, apresentando emolduramento de cantaria coroado por áticas curvilíneas. Distingue-se a zona central onde as 2 janelas são servidas por uma mesma varanda corrida de ferro forjado. O corpo central, delimitado lateralmente por pilastras, termina-se em altura por cornija e platibanda. Os corpos laterais volumetricamente idênticos, distinguem-se pelo tipo de vãos que ostentam: 1 porta e 2 janelas à esquerda e 3 janelas à direita. As janelas extremas apresentam avental e áticas curvilíneas. O corpo lateral S. torneja para a Cç. do Conde de Pombeiro, tornando-se o primeiro de 3 corpos salientes, de 2 pisos, alternando com zonas reentrantes ajardinadas em terraço e delimitadas por grades de ferro forjado morfologicamente semelhantes às das sacadas. Estes corpos - planimetricamente organizados em E pela ligação ao nível do piso superior - apresentam, no piso térreo, vãos com emolduramentos simples de cantaria, e, no 1º andar, janelas de sacada com grades de ferro forjado e emolduramento idêntico ao das extremas do alçado O.. No interior merecem menção as denominadas: Sala de Baile, com pilastras em estuque marmoreado nos ângulos e cobertura em tecto de masseira ostentando ornamentação em estuque pintado e dourado; Sala Pompeiana: cuja designação advém dos motivos decorativos a fresco que guarnecem as portas e lambris, apresentando igualmente tecto de masseira, em cujo centro se observa a composição pictórica de João Tomás da Fonseca (1754 - 1835) "O Triunfo de Apolo"; uma outra sala na qual se apreciam silhares de azulejos setecentistas azuis e brancos, figurando cenas marinhas e de caça, com molduras de concheados em amarelo e cor de vinho. |
Acessos
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Largo do Conde de Pombeiro / Calçada do Conde de Pombeiro, n.º 24 |
Protecção
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Incluído na classificação do Campo dos Mártires da Pátria (v. IPA.00005967) |
Enquadramento
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Urbano, destacado, isolado por jardins murados. |
Descrição Complementar
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No jardim há a destacar um obelisco em pedra (transformado em memorial relativo aos italianos residentes em Lisboa mortos na 1ª Guerra Mundial) e um pavilhão, no extremo N., sobre cuja porta se observa uma pedra de armas do visconde de Azarujinha, cuja leitura heráldica é a seguinte: de vermelho, 5 estrelas de 6 pontas de ouro; timbre: 2 braços de leão de ouro em pala segurando nas garras uma seta de vermelho armada de prata posta em faixa. |
Utilização Inicial
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Residencial: casa nobre |
Utilização Actual
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Política e administrativa: embaixada |
Propriedade
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Privada: estado Italiano |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 18 / 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Cronologia
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Séc. 18, início - edificação de uma casa nobre para a família Castelo Branco, senhores do morgado de Sacavém, de Pombeiro e de Belas, provavelmente pelo 3º conde de Pombeiro, D. Pedro de Castelo Branco da Cunha Correia e Meneses (1679-1733), em terreno doado por D. Catarina de Bragança a sua avó, D. Luísa Ponce de Leão, camarista da rainha de Inglaterra; c. 1800 - reedificação quase integral do palácio, por acção do 6º conde, D. José Luís de Vasconcelos e Sousa, 1º marquês de Belas (da casa dos Castelo Melhor, conde de Pombeiro por casamento); c. 1870 - venda da propriedade, por D. António de Castelo Branco (1842 - 1891), 9º conde de Pombeiro, ao marechal duque de Saldanha, João Carlos Gregório Domingues Vicente Francisco de Saldanha Oliveira e Daun (1790 - 1876), que passa a residir no palácio; 1875 - venda do palácio pelo duque de Saldanha ao 1º visconde de Azarujinha, António Augusto Dias Freitas (1830 - 1904); primeiros anos do séc. 20 - aquisição do palácio pela legação do Reino de Itália, que aí realiza obras de restauro e adaptação a novas funções. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes |
Materiais
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Alvenaria mista, alvenaria de tijolo, reboco pintado, cantaria de calcário e mármore, estuque pintado, ferro forjado, azulejos (sécs. 18, 19) |
Bibliografia
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Embaixadas e Legações: Legação de Itália, in Revista Municipal, Nº 4, Lisboa, 1940; LEÃO, Luís Ferros Ponce de, Portas e Brasões de Lisboa, Lisboa, s.d.; ARAÚJO, Norberto de, Inventário de Lisboa, Vol. 2, Fasc. 9, Lisboa, 1952; ALMEIDA, D. Fernando de, (coord. de), Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, Lisboa - Tomo 2, Lisboa, 1975; MATOS, José Sarmento de, Palácios Lisboetas - de Pombal a D. Maria, in Semanário, Lisboa, 12.12.1987 |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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Autor e Data
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Teresa Vale e Carlos Gomes 1995 |
Actualização
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