Sociedade Musical Odivelense

IPA.00029721
Portugal, Lisboa, Odivelas, Odivelas
 
Arquitetura cultural e recreativa, do séc. 20. Sede de associação recreativa de planta retangular e volume simples, com interior composto por foyer e sala de espetáculos, com acesso por amplo portal retilíneo, protegido por pequena pala em cantaria, correspondendo a uma intervenção modernista. Sobre esta, é visível a construção de início de século, mais clássica, com remate em empena contracurvado e com três janelas, que correspondiam aos vãos que surgiam originalmente no piso inferior.
Número IPA Antigo: PT031116030059
 
Registo visualizado 103 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Cultural e recreativo  Associação cultural e recreativa    

Descrição

Planta retangular simples, com vários volumes dispostos longitudinalmente, articulados e com coberturas diferenciadas em telhados de duas águas e em terraço. Fachada principal virada a S., rebocada e pintada de rosa, percorrida por soco de cantaria e flanqueada por friso também em cantaria e em esbarro, que sustenta pequena pala a proteger o acesso ao imóvel. Possui amplo vão retangular, ladeado por janelas retilíneas e verticalizadas, divididas por três folhas com caixilharia de alumínio e vidro simples *1. Recuado, o segundo registo da fachada, rematando em friso de azulejo bícromo, cornija e empena contracurva e volutada, formando falsa tabela central definida por frisos estucados, imitando pilastras, contendo o emblema da coletividade em azulejo pintado. O remate é flanqueado por pequenos plintos paralelepipédicos, rebocados e pintados, prolongados por lacrimais e botões, sustentando pináculos de bola. É rasgado por três janelas, a central em arco abatido e todas com molduras recortadas em cantaria de calcário. Fachadas laterais adossadas. O INTERIOR tem paredes rebocadas e pintadas de branco e pavimento cerâmico, surgindo, no piso inferior, o foyer, salão, bar, instalações sanitárias e um palco, tendo, por detrás, uma sala de arrumações, uma sala de aula, uma casa de banho e um pátio com área descoberta. No piso superior, a sala da direção, com varanda, sala da primeira cabine de projeção, sala polivalente, que funciona como sala de música e sala do espólio da banda.

Acessos

Rua Maria Gomes da Silva Santos, n.º 7. WGS84 (graus decimais) lat.: 38,791445, long.: -9,180726

Protecção

Incluído na Zona de Proteção da Igreja Paroquial de Odivelas (v. PT031116030011)

Enquadramento

Urbano, implantado numa zona elevada, adaptando-se ao acentuado declive do terreno, adossado a edifício residenciais e à Igreja Paroquial de Odivelas. Encontra-se parcialmente elevado relativamente à estreita via pública que lhe dá acesso, adaptando-se ao declive do terreno, por dois e três degraus, tendo, no lado direito, pequeno muro de suporte, de perfil curvo, pavimentado a calçada e revestido a placas de cantaria. Abre para a via pública, pavimentada a calçada, de que separa por estreito passeio no lado esquerdo.

Descrição Complementar

O emblema é circular, com moldura saliente, contendo uma lira, cortada por fiaxa e machado, encimado pela inscrição "SOCIEDADE MUSICAL ODIVELENSE" e tendo, na base, a data "29-6-1863".

Utilização Inicial

Cultural e recreativa: associação cultural e recreativa

Utilização Actual

Cultural e recreativa: associação cultural e recreativa

Propriedade

Privada: pessoa colectiva

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

EMPREITEIRO: ACOCIAF, Construção Civil e Obras Públicas (2009).

Cronologia

1863 - fundação da Sociedade Filarmónica Odivelense, com sede no Largo D. Dinis, por António Maria Bravo; agosto - aquisição dos instrumentos para a Banda pelo fundador; 29 junho - passa a designar-se Sociedade União, com a finalidade de manter uma banda musical; 29 agosto - fundação oficial da Sociedade; séc. 19, final - passa a designar-se Sociedade Musical Odivelense; 1898 - a associação assume fundamentos políticos, de ideais socialistas; séc. 20, década 20 - construção da nova sede, suportada pela emissão de ações; 1937 - data da inscrição matricial; meados - reforma do edifício, com construção de um novo acesso; 2003, março - pedido da presidente para se elaborar um projeto de remodelação do edifício; 2009, maio - assinatura de um contrato-programa para a reabilitação do edifício; Outubro - projeto de modernização e reabilitação do edifício, financiado pela Câmara Municipal de Odivelas e executado pela ACOCIAF, Construção Civil e Obras Públicas.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes e sistema estrutural de paredes autónomas.

Materiais

Estrutura em alvenaria, rebocada e pintada; modinaturas, frisos e socos em cantaria de calcário; friso e emblema em azulejo industrial; cobertura em telha; pavimento do foyer em mármore; pavimentos e rodapés em grés; tetos falsos em gesso cartonado; rampas com guardas metálicas.

Bibliografia

LIXA, Florinda, Núcleo Histórico de Odivelas - caracterização e bases para uma proposta de salvaguarda, 2 vols., [dissertação de Mestrado em Recuperação do Património Arquitectónico e Paisagístico], Évora, Universidade de Évora, 1997. URL: http://odivelas.com/2010/03/26/quinta-do-espanhol-e-quinta-do-espirito-santoas-duas-quintas/.

Documentação Gráfica

CMOdivelas: DOMT (Processo 1887/OD/DOM)

Documentação Fotográfica

IHRU: SIPA; CMOdivelas

Documentação Administrativa

CMOdivelas: DOMT (Processo 1887/OD/DOM)

Intervenção Realizada

PROPRIETÁRIO / CMOdivelas: 2009 - obras de remodelação, com demolição dos corpos existentes na zona posterior do edifício e demolição das divisórias interiores em alvenaria e betão armado; demolição das escadas, sendo o material reaproveitado na rampa de acesso ao imóvel; fundação das novas estruturas; colocação de coberturas e isolamentos térmicos e impermeabilização dos terraços, com aplicação de mosaico de grés; colocação de pavimento em mármore no acesso e afagamento e envernizamento do pavimento do salão; tratamento dos estuques e aplicação de lambil em MDF, folheado a bétula e colocação de azulejo e tinta plástica no exterior; escadas em grés e guardas metálicas; pintura dos balcões; rebaixamento do palco cerca de 1m e pintura da caixa de palco; reparação da cabine de projecção; colocação de um guichet, abertura de vão na fachada posterior; colocação de porta de enrolar perfurada; reparação de vãos e colocação de novos sanitários; tratamentos das redes de água e esgotos e remodelação da instalação eléctrica; colocação da iluminação de emergência, central e detector de incêndio; execução das infraestruturas de som; colocação de calha motorizada no pano da boca de cena.

Observações

*1 - a fachada principal tinha três vãos de acesso, o central em arco abatido e os demais de verga reta.

Autor e Data

Paula Figueiredo (IHRU) 2012 (no âmbito da parceria IHRU / CMOdivelas)

Actualização

 
 
 
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