Pelourinho de Casal

IPA.00002972
Portugal, Guarda, Seia, Travancinha
 
Pelourinho quinhentista, de bloco prismático, com soco quadrangular de cinco degraus, de onde evolui fuste de secção quadrada e de arestas chanfradas, criando um ocotógono, com remate em bloco com decoração heráldica. Apresenta afinidades com o Pelourinho de Ínfias (v. PT020905070005). Foi integrado na construção anexa, onde se acha embebido o soco, tendo o remate assente directamente no fuste. Motivos decorativos com pináculos bojudos, toros entrelaçados, motivo formado por dois círculos unidos integrando no seu interior flor-de-lis estilizada, provável alusão à Ordem de Avis, a cuja comenda pertencia.
Número IPA Antigo: PT020912240004
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Judicial  Pelourinho  Jurisdição de ordem militar  Tipo bloco

Descrição

Estrutura em cantaria de granito, composta por soco de cinco degraus quadrados, interceptados em dois lados por construção anexa. Coluna de fuste octogonal de superfície lisa e com base quadrada chanfrada nos ângulos. O remate assenta directamente sobre o fuste, constituído por paralelepípedo decorado nos ângulos por pináculos bojudos que se ligam superiormente ao coroamento. Apresenta, nas faces E. e O., escudo com as armas nacionais e, nas faces N. e S., motivo formado por dois círculos unidos integrando no seu interior flor-de-lis estilizada *1. Coroamento por peça tronco-cónica, decorada com toros entrelaçados, já pouco nítidos, e encimada por peça hexagonal que constitui a base de pináculo incompleto.

Acessos

Largo do Pelourinho. WGS84 (graus decimais) lat.: 40,414153; long.: -7,818151

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 23 122, DG, 1ª série, nº 231 de 11 outubro 1933

Enquadramento

Urbano, flanqueado, situa-se em local mais ou menos plano, constituindo terreiro amplo. Duas construções interceptam parte do soco do pelourinho.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Judicial: pelourinho

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Autarquia local, Artº 3º, Dec. nº 23 122, 11 Outubro 1933

Época Construção

Séc. 16 (conjectural)

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

1182 - concessão de carta de foral pelo senhor destas terras, Guilhelmo, dada aos 30 moradores da sua herdade (Leal); 1258 - segundo as Inquirições, a Infanta D.Mafalda, filha de D. Sancho I, adquiriu algumas terras, depois doadas à Ordem de Calatrava, que, posteriormente, se viria a tornar comenda da Ordem de Avis, que talvez tivesse concedido carta de foral; 1514 - concessão de carta de foral por D. Manuel, com a designação de Comenda de Casal da Ordem de Avis; parte dos foros pertenciam também à Ordem dos Hospitalários, Igreja de Santa Maria de Seia e Igreja de São Martinho; 1527 - mencionado como concelho e Casal e Travancinha encontravam-se unidas como cabeça de concelho, localizando-se em Casal a Casa da Câmara e Tribunal e em Travancinha a Cadeia; séc. 16, meados ou fins - provável edificação do pelourinho; 1841 - extinção do estatuto concelhio e integração no município de Ervedal, transitando posteriormento para Oliveira do Hospital; 1855 - integração no município de Seia; séc. 19, fins / séc. 20, início - foi projectada a demolição para regularização do largo, evitada pela intervenção do Tenente-Coronel Adauta de Figueiredo, que o mandou consolidar; posteriormente, o soco foi interceptado pela construção de dois edifícios; séc. 20, década de 40 - construção da casa que envolveu o pelourinho.

Dados Técnicos

Sistema estrutural autónomo.

Materiais

Estrutura em cantaria de granito.

Bibliografia

AZEVEDO, Correia, Terras com Foral ou Pelourinhos das Províncias do Minho, Trás-Os-Montes, Alto Douro e Beiras, Porto, 1967; BARROCO, Joaquim Manuel, Panoramas do Distrito da Guarda, Guarda, 1978; BIGOTTE, José Quelhas, O Culto de Nossa Senhora na Diocese da Guarda, Lisboa, 1948; DIAS, António, Ensaio Monográfico das Terras de Seia, Casal - Travancinha, in A Voz da Serra, Seia, 1948; LEAL, Pinho, Portugal Antigo e Moderno, Lisboa, 1873; MALAFAIA, E.B. de Ataíde, Pelourinhos Portugueses - tentâmen de inventário geral, Lisboa, Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1997; REAL, Mário Guedes, Pelourinhos da Beira Alta, in Beira Alta, Viseu, 1973, vol. XXXII; SOUSA, Júlio Rocha e, Pelourinhos do Distrito da Guarda, Viseu, 1998.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Nada a assinalar.

Observações

*1 - subsiste a referência à forca, sendo também conhecido o local onde existia a antiga Casa da Câmara.

Autor e Data

Margarida Conceição 1992

Actualização

 
 
 
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