Bairro Batateiro / Bairro da Cooperativa de Habitação Económica 25 de Abril / Bairro SAAL da Amora

IPA.00029578
Portugal, Setúbal, Seixal, Amora
 
Conjunto arquitetónico residencial multifamiliar. Habitação económica de promoção pública estatal (FFH / Operação SAAL). Conjunto de média dimensão, composto por edifícios multifamiliares de dois pisos, formando quarteirões.
Número IPA Antigo: PT031510020041
 
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Registo

 
Conjunto arquitetónico  Edifício  Residencial multifamiliar  Habitação económica  Promoção pública estatal (FFH)  SAAL

Descrição

Acessos

Rua Infante Dom Augusto

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Periurbano, situado a norte do aglomerado da Cruz de Pau, numa área onde predomina a habitação social. Confronta a este com o Bairro da Quinta do Batateiro, e a norte com a Quinta da Atalaia. O Bairro SAAL do Batateiro implanta-se a partir da sua principal via de acesso, a rua Infante Dom Augusto. A oeste, a cerca 300 m, localiza-se o Bairro da Quinta da Princesa (v. IPA.00029406), cujo acesso é feito pela mesma rua.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Não aplicável

Utilização Actual

Não aplicável

Propriedade

Privada: pessoas singulares

Afectação

Sem afetação

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITETO: Fernando Bagulho; BRIGADA TÉCNICA: Cristina Salvador; Júlio de Saint Maurice, Álvaro Teixeira Reis; Ana Reboxo.

Cronologia

1974, 15 maio - tomada de posse do I Governo Provisório; julho - o arquiteto Nuno Portas, então Secretário de Estado da Habitação e Urbanismo, apresenta o "Programa de ações prioritárias a considerar pelos serviços do Fundo de Fomento da Habitação" (FFH); este programa procurava definir uma política de atuação para a Habitação, destinado à populações mais carenciadas, mas com capacidade de auto-organização, concedendo o Estado ajuda na implantação dos novos bairros de realojamento, infraestruturas, apoio técnico e financiamento; o Serviço de Apoio Ambulatório Local (SAAL) pressupunha quer a avaliação das potenciais localizações para operações de "autoconstrução" e a possibilidade de um sistema de crédito concedido pelo FFH a grupos de moradores ou cooperativas, quer a preparação de pessoal técnico de enquadramento da mão-de-obra local, desempregada, ou em sistema de voluntariado, para se constituírem Brigadas de Construção, Saneamento e Urbanização; 24 junho - após a tomada de posse do II Governo Provisório, o arquiteto Nuno Teotónio Pereira desenvolve o "Estudo Interpretativo dos Objetivos a Prosseguir através do SAAL", no qual se estabelece que o apoio dado pelo FFH, extensível à totalidade do território nacional, excluía as áreas dos Planos Integrados, a seu cargo (Monte da Caparica, Zambujal, Setúbal, Aveiro, Matosinhos, Guimarães); neste documento definia-se também o perfil das Brigadas de Construção, que se constituíam um mecanismo de ligação entre as populações, as autarquias e o FFH, e que detinham uma função operativa no acompanhamento de todo o processo; 1974, 06 agosto - criação do SAAL por despacho conjunto (DG, 1.ª série, n.º 182 de 6 agosto 1974) do Ministério da Administração Interna e da Secretaria de Estado da Habitação e Urbanismo; 02 agosto - é proposta a criação de um Grupo de Trabalho integrado no FFH para assegurar a estruturação do programa SAAL e acompanhar a ação das diferentes Brigadas de Apoio Local; este serviço ficava sob a dependência direta do Vice-Presidente do FFH, procurando nele integrar técnicos de áreas de especialização (arquitetura, engenharia, arquitetura paisagística, serviço social; ciências humanas, gestão financeira e ciências jurídicas); dada a urgência do Grupo de trabalho entrar em contacto direto com as populações, foi proposta a criação de equipas de prospeção de zonas a intervir: uma zona centro, que abrangia a região de Lisboa; outra que analisaria o restante país; novembro - início do trabalho das brigadas técnicas do Pinhal das Areias (v. IPA.00029592) e do Batateiro; 1975, 05 março - primeira Assembeia Geral do Concelho de Setúbal, na qual foram discutidas estratégias de ocupação de fogos não habitados; 09 março - primeira reunião das várias associações de moradores de Setúbal; 1976, 12 janeiro - constituição da associação de moradores, com o nome "Cooperativa de Habitação Económica 25 de Abril"; 03 março - publicação dos estatutos da associação de moradores no Diário da República; 27 outubro - Despacho ministerial (DR, 1.ª série, n.º 253/76 de 27 outubro 1976) conferindo o controlo das operações SAAL às autarquias; dezembro - início da construção do Bairro da CHE 25 de Abril de 1974 / Batateiro, composto por 85 fogos.

Dados Técnicos

Materiais

Bibliografia

AA. VV. - Os Moradores à Conquista da Cidade. Comissões de Moradores e Lutas Urbanas em Setúbal, 1974-1976. Lisboa: O Armazém das Letras, 1978; BANDEIRINHA, José António - O Processo SAAL e a Arquitectura no 25 de Abril de 1974. Coimbra: Imprensa da Universidade, 2007; BECKER, Annette; TOSTÕES, Ana; WANG, Wilfried (dir.), Arquitectura do Século XX. Portugal. Munique: Prestel, 1997; BERNI, Lorenzo - "Architecttura Portogallo: operazione SAAL". Panorama, [ano XVI], 620, 1978; BRANCO, Francisco - Notas sobre a experiência de Trabalho Social no SAAL. Lisboa: Instituto Superior de Serviço Social, 1979; BRANCO, J. Paz - Auto-construção. Alguns Conselhos e Indicações. s.l., ed. do autor, s.d.; COSTA, Alexandre Alves - "1974-1975 o SAAL e os Anos da Revolução"; COSTA, Rui Seco da - Conceitos e experimentação de desenho urbano em Portugal: do modernismo à revisão dos modelos [texto policopiado], dissertação de mestrado em Arquitetura apresentada ao Departamento de Arquitecura da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade de Coimbra, 2006; CUNHA, José Correia da - Habitat 76. Conferência das Nações Unidas sobre Estabelecimentos Humanos. Portugal. Relatório Nacional/ Dezembro 75 (Relatório preparado pela Comissão Nacional do Ambiente e pelo Fundo de Fomento da Habitação); DAVID, Brigitte - "Le SAAL ou l'Exception Irrationnelle du Système", L'Architecture d'Aujourd'hui, n.º 185, mai-juin 1976, pp. 60-81; GOMES, Paulo Varela - "Arquitectura nos últimos vinte e cinco anos", in PEREIRA, Paulo (dir.) - História da Arte Portuguesa. s.l., Círculo de Leitores, 1995; GONÇALVES, Rui Mário, DIAS, Francisco da Silva Dias - 10 anos de artes plásticas e arquitectura em Portugal, 1974-1984. Lisboa: Caminho, 1985, pp. 107-112; GUERRA, Isabel - "Grupos sociais, formas de habitat e estrutura do modo de vida", Sociedade e Território, n.º 25 e 26, 1998; Livro Branco do SAAL 1974-1976. Vila Nova de Gaia: Conselho Nacional do SAAL, 1976; LOBO, Margarida Sousa - "Uma solução a encarar: o habitat evolutivo". Arquitectura, n.º 112, 1969; "Operações SAAL", Binário, nº 205/6, Fev. 1976; PORTAS, Nuno - "Uma nova política urbana", in Binário, n.º 197, fevereiro, 1975; Processo SAAL 1975-1976: cronologia dos projectos e obras, Centro de Documentação 25 de Abril, Universidade de Coimbra, (http://www.cd25a.uc.pt/media/pdf/cronologiasaal.pdf), [consultado em 18-11-2014]; RODRIGUES, Jacinto - Urbanismo - uma prática social e política. Porto: Limiar-Actividades Gráficas, 1976.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: Colecção SAAL

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

EM ESTUDO

Autor e Data

Rute Figueiredo 2010

Actualização

Anouk Costa 2014
 
 
 
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