Pelourinho de Ranhados
| IPA.00002927 |
| Portugal, Guarda, Mêda, Ranhados |
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| Pelourinho quinhentista, de pinha cónica, com soco circular, de três degraus, fuste cilíndrico e remate em pinha, ladeada, nos ângulos, por pequenos pináculos. Apresenta afinidades com o pelourinho de Rua, em Moimenta da Beira (v. PT021807160001). Conjugação de decoração vegetalista, zoomórfica e antropomórfica. |
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| Número IPA Antigo: PT020909150001 |
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| Registo visualizado 820 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Estrutura Judicial Pelourinho Jurisdição de ordem militar Tipo pinha
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Descrição
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| Estrutura em cantaria de granito, composta por soco circular de quatro degraus, encontrando-se o primeiro semi-enterrado no solo. Base circular, composta por dois módulos sobrepostos de igual diâmetro, sendo o inferior um cilindro e o superior uma peça côncava talhada em escócia. Fuste ou pilar fasciculado composto por quatro colunas, unidas na base por moldura circundante. No capitel estão marcadas quatro carrancas,três das quais barbadas, alternadas com quadrifólios, que assentam directamente sobre o fuste. Remate em tabuleiro, composto por quatro pináculos decorados, sustentados por mísulas constituídas pela sobreposição de cinco superfícies hexagonais escalonadas com um pingente inferior, os pináculos apresentam base arredondada, formando peça cónica decorada com figuras zoomórficas (cabeça de leão ou lobo) e antropomórficas. O pináculo central, mais alto e de decoração semelhante aos restantes, ergue-se sobre a persistência do fuste fasciculado decorado com flor-de-lis estilizada e é encimado por bandeirola metálica de duas pontas. |
Acessos
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| Largo da Praça. WGS84 (graus decimais) lat.: 40.993554; long.: -7.329849 |
Protecção
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| Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto n.º 2167, DG, 1.ª série, n.º 265 de 31 dezembro 1915 |
Enquadramento
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| Urbano, isolado, situa-se em local plano, na proximidade da Igreja Matriz do séc. 16 (v. PT020909150063). Espaço delimitado por edifícios descaracterizados. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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| Judicial: pelourinho |
Utilização Actual
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| Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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| Pública: estatal |
Afectação
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| Autarquia local, Artº 3, Dec. nº 23 122, 11 Outubro 1933 |
Época Construção
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| Séc. 16 (conjectural) |
Arquitecto / Construtor / Autor
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| Desconhecido. |
Cronologia
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| 1286 - concessão de foral por D. Dinis, que teria incentivado o povoamento e mandado reedificar o castelo, sobre estruturas de castro romanizado; a Ordem do Templo e a Ordem do Hospital possuíam aqui algumas propriedades; 1291 - a povoação tinha tabelião, que pagava ao rei 3 libras; 1381 - doação da povoação por D. Fernando a dois irmãos Távora, confirmada por D. João I em 1384; 1512 - concessão de foral por D. Manuel; provável data da construção do pelourinho; 1708 - segundo Carvalho da Costa, a povoação com 176 vizinhos pertence à Ordem de Malta, estando sob a jurisdição da Casa do Infantado; tem juiz ordinário, vereadores, procurador do concelho, escrivão da câmara; no crime pertence ao juiz de fora de Viseu, a cuja comarca pertence; 1758 - nas Memórias Paroquiais, assinadas pelo pároco João de Mendonça Cabral de Vasconcelos, é referido que a povoação, com 240 fogos, pertence à Casa do Infantado; tem juízes ordinários, 3 vereadores, um procurador do concelho, todos sob a jurisdição da Ouvidoria de Vila Real; 1836 - extinção do estatuto concelhio e integração no município da Mêda; 1932 - o pelourinho encontrava-se caído por terra; terá tido alguns acessórios metálicos no fuste. |
Dados Técnicos
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| Sistema estrutural autónomo. |
Materiais
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| Estrutra em cantaria de granito; grimpa de ferro. |
Bibliografia
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| ALMEIDA, António Ferreira de, dir., Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, 1980; AZEVEDO, Joaquim de, História Eclesiástica da Cidade e Bispado de Lamego, Porto, 1877; COIXÃO, António do Nascimento Sá e TRABULO, António Alberto Rodrigues, Evolução político-administrativa na área do actual concelho de Vila Nova de Foz Côa, Vila Nova de Foz Côa, 1995; COSTA, António Carvalho da (Padre), Corografia Portugueza, vol. II, Lisboa, Valentim da Costa Deslandes, 1708; DIONÍSIO, Sant'Ana, Guia de Portugal, Lisboa, 1927; LEAL, Pinho, Portugal Antigo e Moderno, Lisboa, 1873; MALAFAIA, E.B. de Ataíde, Pelourinhos Portugueses - tentâmen de inventário geral, Lisboa, Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1997; REAL, Mário Guedes, Pelourinhos da Beira Alta, in Beira Alta, Viseu, 1968; RODRIGUES, Adriano Vasco, Terras da Mêda, Mêda, 1983; SANTOS, Clarinda Moutinho dos, SEC - Actividade Cultural da Zona Centro, Boletim Informativo Dedicado ao Concelho da Mêda, Coimbra, 1991; SOUSA, Júlio Rocha e, Pelourinhos do Distrito da Guarda, Viseu, 1998. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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| IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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| IHRU: DGEMN/DSID; DGARQ/TT: Memórias Paroquiais (vol. 31, n.º 13, fl. 57-64) |
Intervenção Realizada
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| DGEMN: 1932 - reposição e restauro do pelourinho; escavações e e execução de fundações para assentamento dos degraus da base; 1999 - reparação geral. |
Observações
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| *1 - o topónimo Ranhados deriva da posição geográfica,uma elevação entre dois rios, pois o prefixo "ranh" significa cumeada de elevações. *2 - ainda subsiste o edifício da antiga Casa da Câmara, Tribunal e Cadeia, hoje habitação particular, sendo ainda referenciado o sítio da Forca, a E. da povoação. |
Autor e Data
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| Margarida Conceição 1992 |
Actualização
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