|
Edifício e estrutura Estrutura Judicial Pelourinho Jurisdição de ordem militar Tipo tabuleiro
|
Descrição
|
Estrutura em cantaria de granito, composta por soco octogonal de sete degraus, coluna de fuste poligonal liso, com cerca de 0,40 m. de diâmetro e cerca de 7 m. de altura, mas sem base, capitel anelado de secção poligonal, encimado por gola também poligonal que apresenta numa das suas faces a data de "1555", enquanto nos restantes lados se observa uma numeração romana quase apagada, lendo-se apenas "LII" e "II". Sobre esta gola, apoia-se um segundo capitel, de secção circular e apresentando três anéis, sendo o superior mais saliente, constituindo o tabuleiro; o remate consistia em quatro pináculos bojudos sustentados por pequenas mísulas ornamentadas com meias esferas, faltando já dois dos pináculos. Apresenta como coroamento um pináculo central, bojudo e de maiores dimensões que os laterais, assente numa base semi-circular anelada. |
Acessos
|
Praça Dr. José de Castro |
Protecção
|
Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 23 122, DG, 1ª série, n.º 231 de 11 outubro 1933 |
Enquadramento
|
Urbano (aglomerado rural), destaca-se no centro do largo principal da aldeia, delimitado num lado pela estrada e Igreja Matriz (v. PT020907470130), e, no lado oposto, pela antiga Casa da Câmara, a actual Junta de Freguesia (v. PT020907470147) e ainda por construções de cariz popular, algumas já descaracterizadas. |
Descrição Complementar
|
|
Utilização Inicial
|
Judicial: pelourinho |
Utilização Actual
|
Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
|
Pública: estatal |
Afectação
|
Autarquia local, Artº 3º, Dec. nº 23 122, 11 Outubro 1933 |
Época Construção
|
Séc. 16 (conjectural) |
Arquitecto / Construtor / Autor
|
Desconhecido. |
Cronologia
|
1188 - D. Sancho I concede foral a Valhelhas, sendo a Vila doada a D. Gomes Ramires, Mestre da Ordem dos Templários (LEAL, Pinho); séc. 12, final - possuía Famalicão, Gonçalo e Sarzedo; 1217 - confirmação do foral por D. Afonso II; 1385 - doada à Ordem de Alcântara, antiga Ordem de São Julião do Pereiro; séc. 16 - era senhor de Valhelhas Álvaro Gil Cabral; 1514, 20 Maio - concessão do foral por D. Manuel; 1555 - provável construção do pelourinho, conforme data gravada na gola que encima o primeiro capitel, todavia poderá apenas tratar-se de um restauro (CHAVES, Luís); séc. 18 - tinha juiz ordinário, vereadores, procuradores do concelho, escrivães da Câmara, escrivães do judicial e notas, juíz dos órfãos e escrivão, alcaide e ordenanças; 1707 - incorpora as povoações de Verdelhos, Aldeia do Souto e Aldeia do Mato, actual Vale Formoso; 1758, 14 Abril - nas Memórias Paroquiais, assinadas pelo pároco João Dias Castro, é referido que a povoação é da Comarca da Guarda e tem comod onatário o Conde de Castelo Melhor; tem 65 vizinhos, juiz e câmara; 1855 - extinção do concelho, sendo atribuídas quatro freguesias à Guarda, outras quatro à Covilhã e uma a Manteigas; 1909 - foi anexada a Valhelhas Vale de Amoreira; 1980, cerca de - obras de intervenção, da responsabilidade da Junta de Freguesia. |
Dados Técnicos
|
Sistema estrutural autónomo. |
Materiais
|
Estrutura em cantaria de granito. |
Bibliografia
|
ALMEIDA, José António Ferreira de, dir., Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, 1980; CARDOSO, Nuno Catarino, Pelourinhos das Beiras, Lisboa, 1936; CHAVES, Luís, Pelourinhos Portugueses, Gaia, 1930; DIONÍSIO, Sant'Ana, Guia de Portugal, Lisboa, 1924; LEAL, Pinho, Portugal Antigo e Moderno, Lisboa, 1873; MALAFAIA, E.B. de Ataíde, Pelourinhos Portugueses - tentâmen de inventário geral, Lisboa, Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1997; ROCHA, Alípio, Monografia de Valhelhas, Coimbra, 1962; SOUSA, Júlio Rocha e, Pelourinhos do Distrito da Guarda, Viseu, 1998. |
Documentação Gráfica
|
|
Documentação Fotográfica
|
IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
|
DGARQ/TT: Memórias Paroquiais (vol. 38, n.º 73, fl. 379-385) |
Intervenção Realizada
|
Junta de Fregusia de Valhelhas: 1980, cerca de - substituição do primeiro degrau por outro em granito de qualidade diferente e as juntas dos restantes cimentadas. |
Observações
|
*1 - teria tido a encimar o coroamento uma esfera armilar (DIONÍSIO, Sant'Ana). *2 - atendendo a que era tradição correr o touro neste largo e havendo o costume de trepar até ao remate do pelourinho, este apresenta já o remate fragmentado, faltando-lhe dois pináculos e os degraus da plataforma encontram-se desgastados. |
Autor e Data
|
Margarida Conceição 1991 |
Actualização
|
|
|
|
|
|
| |