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Edifício e estrutura Edifício Religioso Convento / Mosteiro Mosteiro feminino Ordem das Irmãs de Nossa Senhora do Monte do Carmo - Carmelitas
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Descrição
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Planta longitudinal, volumes articulados, com coberturas diferenciadas de 2 águas (nave), cúpula com lanternim revestida a telha (capela-mor) e de 3 águas (sacristia). Torre sineira na prumada do coro-alto, a S.. Frontespício, a O., de linhas simples, sem embasamento, com portal de cantaria, encimado por nicho vazio, em forma de concha e rematado por frontão angular. No corpo à direita, de 2 pisos, porta de acesso à zona do coro-alto com 3 vãos de janela em cantaria. Fachada posterior com porta de acesso à sacristia, janela de sacada no 2º piso. No interior, nave única, com abóbada de berço e iluminação superior através de pequenos óculos. Arco cruzeiro de volta inteira, revestido a cantaria. Acesso à capela-mor através de 4 degraus, retábulo do altar-mor e altares laterais em talha dourada sem imagens. Altares colaterais na mesma situação e púlpito do lado do evangelho, em talha e já sem baldaquino. Uma parede divisória em alvenaria de tijolo divide o espaço, deixando o coro-alto isolado. Acesso à sacristia pela capela-mor. Armários e portas de madeira almofadadas e lambrim de azulejo do séc 17. Pavimento da nave com lápides sepulcrais com datas de 1619 e 1621 das quais se destaca a do capitão e alcaide-mor d'Alvor e a de D. Manuel d'Alencastre, governador do Algarve. |
Acessos
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São Gonçalo de Lagos, Largo Dr Vasco Gracias, Rua João Bonança e Rua Professor Luis Azevedo. |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Urbano, no alto de uma colina, com casario adossado (Escola Secundária Gil Eanes a S.), excepto fachada principal e posterior. A O., largo ajardinado (Lg. Dr Vasco Gracias) e Pq. Dr Júdice Cabral onde se encontram os baluartes da Alcaria (080705025) e da Porta dos Quartos (080705023). |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Religiosa: mosteiro feminino |
Utilização Actual
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Devoluto |
Propriedade
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Privada: Igreja Católica |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 16 / 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido |
Cronologia
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1554 - fundação do convento pelo padre Cristovão Dias e sua família, no sítio denominado Pedra da Eira, onde estava localizada a Ermida de Nossa Senhora da Conceição (2ª localização); 1755 - terramoto provoca a ruína do convento, a igreja é reedificada por Fr. Lourenço de Santa Maria, Bispo do Algarve; 1830 - cai um raio sobre o relógio; 1834 - Junta de Melhoramento e Reforma Eclesiástica determina a supressão do convento, por Portaria de 9 de Abril, objectos sagrados e não sagrados remetidos à Casa da Moeda; 1844 - convento vendido a um particular, excepto uma parte, cedida à CML, para sala de audiências do Tribunal Judicial ( V. 0807060040 ); 1862 - construção do Teatro Gil Vicente (na área pertencente ao particular); 1906 - é construída a Escola Indústrial ( na sala de audiências do Tribunal Judicial ( 0807060040 ), antigas dependencias conventuais ), hoje Escola Secundária Gil Vicente; 1968 - afectado pelo sismo na sequência do qual a igreja deixa de estar aberta a culto; 1980, década de - início negociações entre a Câmara e o proprietário com vista à reabilitação do imóvel; 1982, 17 abril - Proposta da Secretaria Paroquial de Santa Maria para a classificação do Convento; 1984, 29 março - Proposta da CM de Lagos para a classificação da Igreja; 1984, 14 março - Despacho de abertura do processo de classificação; 1985, 18 julho - Parecer do Conselho Consultivo do IPPC a propor a classificação da Igreja do Carmo como VC - Valor Concelhio; 1985, 31 julho - Despacho de homologação de classificação pelo Ministro da Cultura; 2010, 19 julho - Devolução pelo Ministério da Cultura ao IGESPAR para reponderar a classificação por ser propriedade da Igreja Católica, não podendo por isso ser classificado como IM - Interesse Municipal; 2011, 23 novembro - Parecer da SPAA do Conselho Nacional de Cultura a propor o encerramento, atendendo ao estado do edifício e não sendo possível classificá-lo como de IM; 2011, 23 novembro - Despacho de encerramento do processo de classificação pelo Diretor do IGESPAR; 2012, 19 setembro - publicado no DR, 2.ª série, n.º 182, o Anúncio n.º 13435/2012 relativo ao arquivamento do procedimento de classificação do imóvel, tendo por fundamento "não só o estado de conservação do edifício como também o facto de não ser possível atualmente classificar o imóvel como valor concelhio". |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes em alvenaria de pedra, estrutura entre pisos de madeira. |
Materiais
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Alvenaria de pedra rebocada (paredes exteriores e interiores), pedra calcária (vãos, elementos decorativos exteriores), calcário (lajedo da nave, lápides sepulcrais), madeira (pavimentos e móveis da sacristia, coro-alto, e altar-mor, tectos da sacristia e coro-alto, escadas, balaustradas, caixilharias), ferro (gradeamento sacada), telha de capa e caleira (telhado), talha dourada (retábulos do altar-mor e do arco cruzeiro, púlpito), azulejo (sacristia). |
Bibliografia
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LEAL, Pinho, Portugal Antigo e Moderno, vol.4, Lisboa, 1974; PEREIRA, Esteves e RODRIGUES, Guilherme, Portugal Diccionário, vol.4, Lisboa, 1909; PAULA, Rui M., Lagos, Evolução Urbana e Património, Lagos, 1992; LAMEIRA, Francisco I. C., Inventário Artístico do Algarve. A Talha e a Imaginária. XI - Concelho de Lagos, Faro, 1994; Guia Expresso das Cidades e Vilas Históricas de Portugal. Lagos e Silves, Jornal Expresso, 24 Agosto, 1996. |
Documentação Gráfica
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DGEMN: DREMS |
Documentação Fotográfica
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DGEMN: DSID; CML |
Documentação Administrativa
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DGEMN: DSID, DREMS; ANTT (AHMF) |
Intervenção Realizada
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Observações
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Desapareceu recentemente a balaustrada do púlpito e imagens dos altares (a CML possui fotos anteriores ao desaparecimento). |
Autor e Data
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João Neto 1991 / Anouk Costa / Marta Celada 1997 |
Actualização
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