Igreja Paroquial de Alvor / Igreja do Divino Salvador

IPA.00002902
Portugal, Faro, Portimão, Alvor
 
Arquitectura religiosa, manuelina, rococó. Igreja mparoquial de planta longitudinal, de três naves, com 4 tramos cobertos interiormente com tectos, sem clerestório, de tipologia espacial e decorativa manuelina, bem expressa nos pórticos principais e laterais e nas arcadas de volta perfeita que definem as naves, sobre potentes colunas de capitéis lavrados com elementos característicos do reportório manuelino nos quais se inserem já motivos renascentistas; capela-mor rectangular escalonada, muito profunda, com cobertura em abóbada de canhão, talvez já fruto da reconstrução setecentista. Fachada principal com intervenção oitocentista no frontão de remate. Apontamentos rocócó na decoração exterior, como o frontão da capela lateral S.. Retábulos laterais tardo barrocos, retábulo-mor rocócó e retábulo colateral da Epístola revivalista; painéis da capela-mor rocócó. A espacialidade interna com as naves quase à mesma altura. O portal principal é a obra de escultura aplicada manuelina melhor conseguida em todo o Algarve, fruto da liberdade criadora de um mestre escultor de primeira qualidade e inspirado em motivos orientais ou arabizados; conjuga o melhor do reportório iconográfico manuelino com alguns elementos já renascentistas, patentes na parte superior. Com as igrejas Matriz de Estômbar (v. PT050806010003) e Misericórdia de Silves (v. PT050813070006) esta campanha manuelina de Alvor é atribuível a um mesmo e desconhecido mestre. Morábito embebido na fachada N. (v. PT050811010059).
Número IPA Antigo: PT050811010003
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Templo  Igreja paroquial  

Descrição

Planta longitudinal composta por três naves e capela-mor escalonada, tendo adossados a S.: torre sineira de planta rectangular disposta na transversal; capela lateral (antiga capela de Nossa Senhora do Verde), rectangular disposta na transversal, à direita do corpo das naves; sacristia rectangular, paralela ao corpo das naves e capela-mor. Volumes articulados, com as naves laterais quase â mesma altura que a central e capela-mor mais baixa; massas dispostas na vertical com cobertura diferenciada em telhados de duas águas, na nave central e capela-mor, nesta de abas ligeiramente curvas, de uma água sobre as laterais e em cupulim em urna sobre a torre sineira. Alçados de alvenaria, rebocada e caiada; pilastras e cunhais de alvenaria pintados a cinza, embasamentos, molduras de alguns vãos, cornijas e apontamentos de massa, pintados a cor amarela. Fachada principal a O., de dois corpos, correspondentes às naves e torre sineira; primeiro corpo, de pano único, delimitado por pilastras munidas de bases e capitéis, organizado em dois registos definidos por cornija repetindo a molduração dos capitéis; inferiormente, rasga-se, ao centro, o portal principal de seis arquivoltas de volta perfeita (três salientes e três reentrantes) assentes em embasamento proeminente e complexo; primeira arquivolta de fino colunelo adossado com capitel vegetalista e arquivolta lisa; segunda arquivolta de pé-direito vegetalista organizado em secção em aduelas dispostas verticalmente e arquivolta de aduelas caneladas definindo uma decoração radial em relação ao eixo do arco; terceira arquivolta repete o mesmo esquema decorativo da arquivolta anterior, mas com aduelas maiores e elementos decorativos igualmente de maiores dimensões; quarta arquivolta repete o formulário da primeira arquivolta, com pé-direito composto por colunelo adossado e capitel vegetalista, seguido de arquivolta lisa, com a única diferença de ser de maiores proporções; quinta arquivolta de pé-direito composto por aduelas historiadas, rectangulares e dispostas horizontalmente com decoração individual em cada uma delas (músicos, dragões e aves ladeando a Árvore da Vida; cenas de luta; dragões ou animais fantásticos num mundo vegetalista, punição da ave que debica folhas da Árvore da Vida, etc.), seguindo-se uma arquivolta com elementos vegetalistas entrelaçados de aduela em aduela; arquivolta exterior uniformemente decorada com nódulos (como se se tratasse de um tronco de pinheiro), mantendo os capitéis vegetalistas e um fecho de arco decorado com uma cabeça felina cuja boca segura uma mensagem; a ladear o portal, ao nível do fecho de arco da arquivolta exterior, duas mísulas piramidais. Segundo registo rasgado por janelão rectangular com molduras de cantaria; remate em empena contracurvada e cornija moldurada, com pináculos nos extremos e cruz ao centro. Fachada lateral N. adossada a vários anexos e tendo parcialmente embebido Morábito (v. PT050811010059). Fachada lateral S. de quatro corpos correspondentes à torre sineira, corpo das naves, capela lateral e sacristia à face, e capela-mor. Torre sineira tendo adossado, paralelo ao corpo das naves, corpo das escadas de acesso, de alvenaria. Corpo das naves de pano único, com remate em beirado muito saliente; entre o corpo das escadas e a capela lateral rasga-se porta travessa em arco polilobado de uma arquivolta, composta por fino colunelo que descarrega em embasamento proeminente e com capitel do lado O. vegetalista, semelhante aos do portal principal, e do lado E. com três cabeças humanas inseridas em molduras de folhagem; superiormente o arco canopial adopta uma feição festonada, sendo o vértice axial o mais elevado, terminando num elemento vegetalista em forma de pinha invertida; intradorso do arco integralmente composto por motivos vegetalistas de fino detalhe idênticos aos do portal principal, à excepção de duas máscaras humanas que antecedem o festão, de cujas bocas partes dois cogulhos de decoração vegetalista que se desenvolvem no sentido vertical para o eixo do vão. Superiormente rasgam-se duas janelas rectangulares de cantaria aparelhada, em capialço. Capela lateral (antiga sacristia), mais baixa, de pano único definido por cunhais de cantaria e remate em empena contracurvada, com coroamento em cornija de perfil borromínico, com apontamentos de massa de orelhões; cruz de ferro forjado no vértice e aos lados, no coroamento dos cunhais pináculos; porta central, em arco de volta perfeita, com molduras de alvenaria, sobre impostas e fecho assinalado por estrelinha de massa; acesso por quatro degraus de cantaria; alçados laterais cegos com remates rectos. Sacristia, adossada ao alçado E. da Capela lateral, mais baixa, de pano único delimitado por cunhais e embasamento pintados; remate em cornija moldurada e platibanda ritmada por medalhões em massa pintada a amarelo, rectangulares e de ângulos chanfrados, intervaladas por pequenas pilastras decoradas com os mesmos motivos a branco, que se repetem na parte superior dos cunhais; a platibanda remata em cornija semelhante à inferior; acesso à sacristia por porta central, de verga recta saliente e ombreiras de cantaria aparelhada; acesso por dois degraus de cantaria; é ladeada por duas janelas, simetricamente equidistantes, quadrangulares, com peitoril e verga rectos, salientes. Fachada posterior de dois corpos, o S. correspondente à capela-mor; apresenta pano único definido por cunhais de cantaria aparelhada com remate em empena curva, seguindo as abas do telhado; ao centro óculo circular, reentrante, com pequena rosácea, ladeado por duas gárgulas zoomórficas, ao nível do arrranque da empena; o corpo N. corresponde a corpo anexo à igreja, mais baixo que a capela-mor, de pano único, com remate em cornija moldurada e beirado saliente e embasamento pintado; ao centro porta axial de molduras pétreas e verga recta com a inscrição "1816"; empena recta de beiral assente em cornija; o alçado E. do corpo das naves, elevado face ao corpo da cabeceira, apresenta remate em empena rasgado ao centro por janelão rectangular com molduras pétreas; à esquerda do janelão, na linha do seu peitoril, pequeno corpo adossado em meia empena. Torre sineira de dois registos definidos por filete, de pano único, delimitado, inferiormente por cunhais de cantaria aparelhada e superiormente por cunhais pintados com esgrafito fingindo cantaria aparelhada; remates rectos, em cornija moldurada com pináculos angulares e embasamento saliente de cantaria aparelhada idêntica aos cunhais, parcialmente rebocado e pintado; alçado O., com registo inferior cego, delimitado, à esquerda, pela pilastra do corpo das naves substituindo o cunhal; registo superior com óculo reentrante; registo inferior do alçado S. com óculo semelhante mas mais pequeno, e mostrador circular de relógio; superiormente sineira de volta perfeita e molduras pétreas; alçado E. rasgado por porta recta, descentrada e com molduras pétreas, abrindo para o corpo da escadas; superiormente sineira idêntica à do alçado S.. INTERIOR: três naves, de quatro tramos, definidos por arcadas de volta perfeita, com cobertura em tectos de madeira, de masseira, quase à mesma; as arcadas, de cantaria, descarregam em colunas, munidas de bases semelhantes às dos portais exteriores e com capitéis decorados por elementos vegetalistas entrelaçados, aves; máscaras humanas, cordas, etc.; nos alçados O. e E. as arcadas descarregam em meias colunas, as do lado O. com pias baptismais pétreas, em forma de mísula e lavradas de motivos semelhantes aos dos capitéis das arcadas. Alçados de alvenaria rebocada e caiada, com embasamento envolvente pintado a cinza. Alçado O. rasgado pelo pórtico principal em arco muito abatido, de molduras simples; sobre ele janelão em ligeiro capialço. Na nave lateral do Evangelho dois altares laterais, com arcos de volta perfeita pétreos sobre pilastras munidas de bases e capitéis, munidas de retábulos de talha dourada e polícroma; retábulo da esquerda de planta plana, à face, e de estrutura vertical tripartida definida por colunas torsas decoradas de pâmpanos, suportando entablamento e assentes em altos pedestais decorados cada por pequeno atlante vestido; no corpo central nicho em arco de volta perfeita sobre o banco, ladeado de cachos de elementos vegetalistas; nos corpos laterais nichos idênticos, mais estreitos sobre mísula; ático em frontão curvo coroa de louros ao centro; mesa de altar em urna, pintada imitando mármores policromos; retábulo da direita com banco reservado à mesa de altar, sobre a qual se conserva o sacrário; corpo delimitado por duas arquivoltas de talha dourada, sendo a exterior assente em colunas salomónicas e a interior em colunelos, enquadrando um nicho muito amplo; entre os dois retábulos pequena porta simples dando acesso ao Morábito embebido no alçado N. ( v. PT050811010059). Do lado da Epístola, inserida no corpo da torre sineira, a capela baptismal com acesso por arco de volta perfeita, pétreo e cancela de ferro; altar lateral a E., semelhante ao altar O. do lado do Evangelho *1. Altares colaterais semelhantes, em arco de volta perfeita, pintado fingindo mármores policromos, com retábulos de planta recta e eixo único em arco de volta perfeita; retábulo colateral do Evangelho de dupla arquivolta a exterior sobre colunas torsas; sotobanco com sacrário; retábulo colateral da Epístola com mandorla, na qual se insere a imagem do Crucificado, da qual partem raios dourados; arco sobre colunelos decorados de pâmpanos em talha dourada e arquivolta decorada por motivos vegetalistas também em talha dourada; intradorso do arco e das pilastras sobre o qual descarrega, decoradas com painéis quadrados de talha dourada de motivos vegetalistas sotobanco pintado imitando mármores policromo e mesa de altar em urna. Arco triunfal duplo repetindo o esquema dos arcos das naves e dos portais eexteriores, com colunas adossadas de capitéis formalmente idênticos aos restantes, um deles, lavrado de máscaras humanas e elementos vegetalistas, semelhante ao capitel direito do portal S.. Capela-mor rectangular profunda, com cobertura em abóbada de canhão sobre sanca assente em entablamento com decorações de talha dourada; alçados com revestimento azulejar compondo painel central figurativo, em manganês, o do Evangelho com cena da Lavagem dos Pés, o da Epístola com a Última Ceia; cada painel é envolto por cercadura, em azulejos azuis e brancos, amarelos e manganês de compondo dos lados pilastras sobre pedestais, envoltos por enrolamentos e concheados, e superiormente por dois anjinhos regendo cartela envolta de concheados; inferiormente silhar de azulejos azuis e brancos, amarelos e manganês, compondo medalhões, com cercadura de concheados e querubins, com símbolos vos a Cristo; do lado da Epístola, ladeando o painel figurativo, rasgam-se dois amplos janelões, de vergas curvas e capialços forrados a azulejo repetindo cores e motivos semelhantes aos do silhar; do lado do Evangelho, no lugar dos janelões, revestimento azulejar, azul e branco fingindo vãos idênticos de caixilharias; neste alçado, à esquerda, e interrompendo o revestimento azulejar, rasga-se porta recta de molduras pétreas. Retábulo-mor de madeira dourada e policroma, de planta recta de estrutura vertical tripartida; banco de madeira policromada decorado com orelhões; corpo com grande painel central alusivo à Ascensão da Virgem, enquadrado por arco de volta perfeita; corpos laterais delimitados por estípites decoradas ao centro por grande orelhão; ático sobre entablamento com 4 mísulas volumosas na correspondência das estípites; o ático mantém a organização tripartida, definida por duas pilastras das quais arranca início de frontão curvo; ao centro brasão com a inscrição "IHS", ladeado por concheados; dos lados enrolamentos e concheados.

Acessos

Rua da Igreja

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 37 077, DG, 1.ª série, n.º 228 de 29 setembro 1948 / ZEP, DR, 1.ª série, n.º 269 de 21 novembro 1977 (Pórticos principal e lateral da Igreja Matriz de Alvor)

Enquadramento

Urbano, adossado, destacado. No centro da malha urbana de Alvor, num dos pontos mais elevados da povoação, disfrutando de localização privilegiada em relação a toda a linha de costa circundante. Fachada principal abrindo para rua estreita que separa a Igreja do início do declive em direcção ao mar. Fachada S. abrindo para adro relativamente amplo, tendo em consideração que a densa malha urbana da vila não permite a existência de espaços públicos de alguma dimensão. Fachada lateral N. adossada a um Morábito (v. PT050811010059) e vários anexos. Fachada posterior abrindo para pequeno pátio público.

Descrição Complementar

EPIGRAFIA: Pinho Leal e Américo Costa referem a existência de várias sepulturas no pavimento da igreja uma delas coma inscrição "Aqui jaz o grande Alvaro de Ataíde pae de Tristão de Ataíde".

Utilização Inicial

Religiosa: igreja paroquial

Utilização Actual

Religiosa: igreja paroquial

Propriedade

Privada: Igreja Católica (Diocese do Algarve)

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 16 / 18

Arquitecto / Construtor / Autor

PINTOR: Joaquim José Rasquinho

Cronologia

1495 - Morte do rei D. João II em Alvor; 1497, a partir de - Álvaro de Ataíde é alcaide-mor da vila; Séc. 16, anos 20 - construção da igreja sob os auspícios dos Ataíde, alcaides-mores da vila, sendo provável que tenha sido erigida por Álvaro de Ataíde (filho); Séc. 16, 1.ª metade - Carta do Bispo do Algarve para o rei, para ajudar a acabar a igreja de Alvor e outras; 1573, 24 e 25 de janeiro - D. Sebastião visita Alvor e as casas (então arruinadas) onde falecera D. João II; a alcaidaria-mor de Alvor pertencia então ao conde de Odemira; 1585, 13 dezembro - foral da vila; 1683, 04 fevereiro - carta régia de D. Pedro II pela qual a vila de Alvor é novamente erigida em condado, na pessoa de Francisco de Távora, nobre que ocupara altos cargos e se distinguira na Batalha de Montes Claros; o título passou depois para Bernardo de Távora e Luís Bernardo de Távora em quem se extinguiu devido ao processo dos Távora em Belém; todavia, a supressão do condado não impediu que a rentável alcaidaria-mor continuasse na Casa de Cadaval; 1773 - o termo de Alvor foi integrado como aldeia e freguesia no concelho de Portimão; 1775 - danos provocados pelo sismo; 1778 - a Família Cunha e Costa entra na posse da Capela de Nossa Senhora do Rosário; Séc. 18 - reconstrução do imóvel, edificação da torre sineira e feitura dos retábulos, nomeadamente a tela do retábulo-mor por Joaquim José Rasquinho; Séc. 18 - 19 - provável data de entaipamento da comunicação entre a Capela de Nossa Senhora do Verde e a nave com colocação do retábulo lateral da Epístola; Séc. 19 - membros da família Abreu fazem-se sepultar na Capela de Nossa Senhora do Verde; 1816 - inscrição na porta E. de acesso ao perímetro exterior da igreja; 1857 - arranque do brasão dos Cunha e Costa da Capela de Nossa Senhora do Rosário; obras não discriminadas, a cargo de um Sr. Maravilhas, de Portimão, que também promoveu obras em outros templos da região; provavelmente data desta época a feitura ou reconstrução do altar colateral da Epístola e a intervenção da fachada principal ao nível do frontão; 1948 - Câmara de Portimão pretende realizar obras; 1969 - estragos provocados pelo sismo; 1972 - Paroquianos de Alvor reclamam uma intervenção no edifício; Câmara de Portimão expressa o seu desagrado por algumas construções efectuadas em redor da Igreja; projecta-se a ampliação do adro e estudo da envolvente; Séc. 20, anos 70 - durante as obras restauro, destruição do coro-alto e guarda-vento; 1973 - previsão de demolição de alguns telhados e reconstrução de outros e reparação geral de coberturas, pavimentos, rebocos e vãos, portas e caixilhos; 1977, 20 de Abril, Maria Helena Mendes Pinto, conservadora-ajudante encarregada da secção de mobiliário do Museu Nacional de Arte Antiga informa o Director-Geral do Património Cultural, da necessidade urgente de suspender os trabalhos de restauro em curso, a cargo da Paróquia, dado que estão a disvirtuar completamente a talha dos altares: "os retábulos já desatrosamente "restaurados" apresentam agora um fundo colorido de vermelho ginga. sa talha dourada totalmente entupida por uma excessiva camada de preparo e certas imagens desses altares foram ou estão a ser repintadas de modo a parecerem manequins. Há ainda apossibilidade de salvar o retábulo do altar-mor com o seu camarim policromado, o altar de N.ª Senhora do Rosário onde as obras mal se iniciaram e não deixar que se repinte o camarim e colunas do antigo altar do santíssimo. Nos anexos da igreja há a lamentar a nova pintura de tom uniforme dos tectos da sacristia e do salão paroquial, outrora com decoração policromada"; 1977, Julho suspensas as obras em curso na igreja pela Direcção-Geral do Património Cultural; 2001 - construção de prédio com 9m de altura na zona de protecção do imóvel.

Dados Técnicos

Estrutura mista

Materiais

Alvenaria caiada e rebocada; cantaria; madeira; talha; mosaico; azulejo; vidro; telha

Bibliografia

COSTA, Américo, Dicionário Corográphico de Portugal, vol. IX, 1929-1949; LAMEIRA, Francisco Ildefonso, A talha no Algarve durante o Antigo Regime, Faro, Câmara Municipal de Faro, 2000; LEAL, Pinho, Portugal Antigo e Moderno, vol. 4, Lisboa, 1874; LOPES, João Baptista da Silva, Corografia ou Memória económica, estatística e topográfica do reino do Algarve, Lisboa, Academia das Ciências de Lisboa, 1841; OLIVEIRA, Francisco Xavier d'Ataíde, A monografia de Alvor, 3ª ed., Faro, Algarve em Foco, 1993 (ed. original Porto, 1907); RAMOS, Manuel Francisco Castelo, Vãos arquitectónicos do tardo-gótico algarvio, 3 vols (texto policopiado - dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa), Lisboa, 1986; IDEM, "Três obras-primas do mestre manuelino de Alvor" in Actas do 6º Congresso do Algarve, vol. I, Montechoro, Racal Clube, 1990, pp.39-44; IDEM, "O manuelino algarvio" in O Algarve. Da Antiguidade aos nossos dias, coord. Maria da Graça Maia Marques, Lisboa, Colibri, 1999, pp.227-232 ; SMITH, Robert C., "A sixteenth century manueline doorway in the Algarve" in Congresso do Mundo Português, vol. V, Lisboa, pp.135 - 168; TIAGO, João, "Prédio pode ter afectado património em Alvor", Barlavento, 10/05/2001.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DSARH; DGARQ/TT: Cartas Missivas, maço 2, doc. 162

Intervenção Realizada

DGEMN: 1969 - obras de conservação e consolidação na sequência do sismo; 1972 - demolição do coro-alto, guarda-vento, pavimento geral da igreja (de madeira e de ladrilho hidráulico na capela-mor), mesas de altar e substituição dos bancos; 1973 - reconstrução telhado nave central; previsão de demolição de alguns telhados e reconstrução de outros e reparação geral de coberturas, pavimentos, rebocos e vãos, portas e caixilhos; 1974 - restauro de alguns altares; Paróquia de Alvor *2: 1976 - 1977 - rodapé de papel plastificado a imitar azulejo nas paredes da nave; pintura do tecto da capela-mor; repintura dos altares e imagens; pintura dos tectos da sacristia e do salão paroquial ocultando a primitiva decoração policromada; DGEMN: 1977 - reconstrução da porta travessa e colocação de porta de madeira nova, almofadada; pintura da porta principal; 1979 - 1981 - demolição parede de tijolo e retiar janela existente para abertura de vão de porta antigo junto à sacristia; reparação das coberturas e anexos; substituição do pavimento de mosaico da capela-mor por lagedo de pedra da região; mudança do local do púlpito que "está prejudicando coluna da nave central para junto de uma parede"; remodelação de sancas da capela-mor para colocação de iluminação; reparação da porta lateral; pintura a tinta de água dos tectos da nave e capela-mor compreendendo raspagem de paramentos; caiação de paredes; electrificação sancas da capela-mor; pintura de portas, caixilhos e gradeamentos; pintura a tinta de óleo em tectos de madeira;1980 - intenção de colocação de um reposteiro na entrada principal, semelhante ao da Sé de Silves; 1982 - obras de beneficiação; reparação da instalação eléctrica.

Observações

*1 - O altar da Epístola esconde muito provavelmete a primitiva comunicação da antiga Capela de Nossa Senhora do Verde para a nave; *2 - a obra de restauro foi dirigida por Joaquim da Silva Pereira, afilhado do Prior da igreja entretanto falecido.

Autor e Data

João Neto 1991 / Paulo Fernandes 2001 / Rosário Gordalina 2006

Actualização

 
 
 
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