Ermida de Nossa Senhora Pilar / Santuário de Nossa Senhora do Pilar

IPA.00002818
Portugal, Faro, Silves, União das freguesias de Algoz e Tunes
 
Capela barroca, de planta longitudinal de nave única, com cobertura em falsa abóbada de berço e com cúpula hexagonal sobre a capela-mor. Retábulo de transição do estilo nacional para o joanino, com tribuna central, ladeada por painéis e colunas torsas, com o ático em arquivoltas unidas no sentido do raio e aletas decoradas com acantos.
Número IPA Antigo: PT050813020013
 
Registo visualizado 1600 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Templo  Capela / Ermida  

Descrição

Planta longitudinal de nave única com capela-mor quadrangular; dependência rectangular anexa ao corpo da ermida, do lado poente. Fachada principal de dois panos, correspondentes à igreja e ao anexo. No principal, abre-se o portal de verga direita coroado por uma cornija saliente, ladeado por duas pequenas janelas de recorte semelhante. O remate é feito por uma empena ladeada por duas sineiras de perfil semi-circular; o outro pano é rasgado por uma porta simples. Os alçados laterais têm dois panos, sem embasamento, e são rematados pelo beiral do telhado. A cobertura é em telhado de duas águas no corpo da ermida, de seis águas sobre a capela-mor e de uma água na dependência anexa. O INTERIOR é abobadado em canhão e a capela-mor tem uma cúpula hexagonal. Retábulo-mor com tribuna central, ladeado por dois apainelados decorados com acantos, circunscritos por colunas torsas ostentando pâmpanos, as quais se prolongam no ático em duas arquivoltas, ligadas no sentido do raio. Entre estas últimas, acantos enrolados. Sobre o fecho do ático, uma coroa aberta. Lateralmente, duas aletas, decoradas com acantos. Na base da estrutura, a ladear o altar rectangular, surgem azulejos de padrão, composto por um 4x4, apresentando moldura com padrão de 2x2, ambos com motivos fitomórficos. Na tribuna, a imagem do orago.

Acessos

EM 526-1, na direcção da Guia, num desvio à esquerda a 300m do cruzamento.

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º45/93, DR, 1.ª série-B, n.º 280 de 30 novembro 1993

Enquadramento

Periurbano, isolado num alto de um outeiro, com vista magnífica que abrange a província alentejana.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Religiosa: capela

Utilização Actual

Religiosa: capela

Propriedade

Privada: pessoal singular

Afectação

Sem afetação

Época Construção

Séc. 18

Arquitecto / Construtor / Autor

Cronologia

Séc. 18, 1.º quartel - execução do retábulo-mor e da imaginária que o integra; 1769 - a ermida está situada no sítio da Amoreira, cujo prazo foi constituído nesta data, ao Alferes José Vieira. Era senhorio directo deste prazo o cabido da Sé de Faro, que anualmente recebia o foro de 66 alqueires de trigo; 1960 - 1970 - doação do templo à Paróquia de Algoz pela sogra do proprietário do terreno, registado na Caderneta Predial, em nome de Manuel Santos Brás; a Paróquia todavia não procedeu à actualização da respetiva propriedade; 2006, março - furto de colunas do retábulo; 2009, março - furto de duas colunas do retábulo; julho - furto dos painéis dos eixos laterais do retábulo; 2014, 06 outubro - apresentada em Algoz exposição à Assembleia Municipal relativa à degradação e falta de segurança do imóvel; 2015, julho - tecnicos da CMSilves procedem a um levantamento dos riscos e patologias existentes; 2015, finais - reunião entre a autarquia, a Paróquia de Algoz, o proprietário do terreno, o presidente da União de Juntas de Freguesia de Algoz e Tunes e um advogado da Diocese de molde a clarificar e resolver as questões relativas à propriedade do imóvel; 2016, fevereiro - a porta da igreja é arrombada.

Dados Técnicos

Materiais

Cantaria, alvenaria, madeira, telha.

Bibliografia

«10 obras desaparecidas». in Invenire - Revista dos Bens Culturais da Igreja. Lisboa: Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja, janeiro-junho 2012, n.º 4, pp. 54-55; João Baptista da Silva LOPES, Corografia (...) do reino do Algarve, Lisboa, 1841; Francisco de Ataíde OLIVEIRA, A Monografia de Algôs, Lisboa, 1905; LAMEIRA, Francisco I.C., Itinerário do Barroco no Algarve, Faro, 1988; LAMEIRA, Francisco I.C., A Escultura Barroca Algarvia, [dissertação de Mestrado], Lisboa, 1989; LAMEIRA, Francisco I.C., Inventário Artístico do Algarve - a talha e a imaginária, Faro, 2000.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

Autor e Data

João Neto 1991

Actualização

Paula Figueiredo 2001
 
 
 
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