Núcleo urbano da cidade da Guarda

IPA.00028093
Portugal, Guarda, Guarda, Guarda
 
Núcleo urbano sede distrital. Cidade situada em colina na fronteira da Beira. Cidade medieval de fundação régia com castelo e cerca urbana, integrando judiaria.
Número IPA Antigo: PT020907420331
 
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Registo

 
Conjunto urbano  Aglomerado urbano  Cidade  Cidade medieval  Cidade fortificada  Régia (D. Sancho I)

Descrição

Núcleo urbando de fundação medieval, com castelo e cerca urbana, estruturado longitudinalmente pela Rua Direita, que ligava a porta junto ao antigo convento de Santa Clara, a vasta área da Praça Velha e Catedral, a desparecida igreja de Santa Maria do Mercado e a igreja matriz de São Vicente. O eixo da Rua Direita integra várias ligações transversais às principais portas da muralha urbana. Praça Luís de Camões (Praça Velha): planta trapezoidal quase trinagular, formando um ligeiro declive, enquadrado a N. por correnteza de edifícios alpendrados, denominados "Balcões"; edifícios de três pisos, com a mesma cércea e vãos regulares, mas de perfis distintos, alguns construídos no séc. 17, outros já modificados no séc. 18 e 19, três deles formando um alpendre, sustentado por colunas toscanas de granito; alguns ostentam a Cruz de Malta. No lado oposto, a ampla mole da Sé da Guarda (v. PT020907420002), edifício de construção medieval, junto à qual surge a escultura dedicada a D. Sancho I (v. PT020907420032), fundador da cidade. No lado E., a antiga Casa da Câmara (v. PT020907420006), casas seiscentistas, de cérceas e vãos regulares, em cantaria de granito aparente e com janelas rematadas por cornijas salientes, onde se integra uma casa brasonada (v. PT020907420317) e um edifício neoromânico (v. PT020907420323). No lado O., várias casas abastadas (v. Pt020907420319), destacando-se a presença do Solar dos Mendonça Póvoas (v. PT020907420314), de construção seiscentista.

Acessos

A23, A25, EN16

Protecção

Inclui Sé da Guarda (v. PT020907420002) / Castelo da Guarda (v. PT020907420003) / Pelourinho da Guarda / Cruzeiro da Guarda (v. PT020907420004) / Paços do concelho da Guarda (v. PT020907420006) / Chafariz de Santo André (v. PT020907420016) / Igreja e Edifício da Misericórdia da Guarda (v. PT020907420017) / Igreja Paroquial de São Vicente (v. PT020907410021) / Edifício com janela Manuelina na Rua Francisco dos Passos (antiga Rua Direita), nº. 41 a 45 (v. PT020907410024) / Edifício na Rua de D. Sancho I, nº. 9 a 13 (v. PT020907410011) / Antigo Paço Episcopal e Seminário / Museu da Guarda (v. PT020907420020) / Casa na Rua dos Clérigos, nº. 7 (v. PT020907420012) / Edifício no Largo de São Vicente, nº. 1 e 2 (v. PT020907410013) / Edifício na Rua Francisco dos Passos, nº. 26 a 28 (v. PT020907410014) / Edifício na Rua de D. Sancho I, nº. 15 a 19 e Largo do Paço do Biu (v. PT020907410023) / Edifício na Rua Francisco dos Passos, nº. 15 - 19 (v. PT020907410018) / Edifício na Rua de D.Sancho I, nº. 18 - 22 e Largo do Paço do Biu (v. PT020907410019) / Solar na Rua do Encontro (v. PT020907420022) / Convento de São Francisco da Guarda / Arquivo Distrital da Guarda (v. PT020907420025)

Enquadramento

Urbano. Montanhoso. A cidade da Guarda situa-se na Beira Alta, na transição da paisagem da Serra da Estrela para o Planalto da Beira Transmontana, distando do limite do Parque Natural da Serra da Estrela apenas de 1 km. É a cidade mais alta de Portugal, implantada sobre o último esporão N. da Serra da Estrela, entre as cotas 1000 e 1050 m. A SO. é visível o relevo da Cordilheira Central e a O. o vale encaixado do Mondego. Para E., a paisagem é caracterizada por um vasto planalto, pontuado por afloramentos rochosos e cursos de água. O uso do solo é essencialmente florestal, alternando as plantações de pinheiros e eucaliptos com as áreas de mato e pastagens. O município da Guarda é limitado pelos concelhos de Pinhel a NE., Almeida a E., Sabugal a SE., Belmonte e Covilhã a S., Manteigas a O. e Celorico da Beira a NO.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Não aplicável

Utilização Actual

Não aplicável

Propriedade

Não aplicável

Afectação

Não aplicável

Época Construção

Séc. 12 / 13 / 16 / 17

Arquitecto / Construtor / Autor

Cronologia

879 - D. Afonso III das Astúrias manda construir um castelo na Serra da Estrela para servir de atalaia e vigia, donde surge o toponímo de Guarda; 1199 - D. Sancho I funda a diocese da Guarda e nesse mesmo ano tem autorização do Papa Inocêncio III para transferir a diocese de Idanha para a nova cidade da Guarda; 1199, 26 Novembro - D. Sancho I concede foral à Guarda; 1221 - D. Afonso II doa à Ordem dos Templários a Cabeça do Touro (Vila de Touro); séc. 13 - documentada a primeria comunidade judaica na Guarda; 1255, 25 Março - Afonso III concede carta de feira à cidade da Guarda; 1383 - o alcaide-mor da Guarda era Álvaro Gil de Cabral trisavô de Pedro Álvares Cabral; 1465 - delimitação da Judiaria, conforme as indicações do IV Concílio de Latrão, com a construção de duas portas, a da R. de São Vicente e outra a N., que fechavam durante o período nocturno; 1496 - decreto régio de expulsão dos judeus; Época medieval - começa a funcionar no local um mercado; construção da sé; séc. 17, início - construção dos edifícios na ala N. e grande parte dos existentes no lado E na Praça Velha e provável edificação da Casa da Câmara; 1706 - a cidade da Guarda é cabeça de Comarca; 1880 - o nome Praça do Mercado foi alterado para Praça Luís de Camões; 1900 - o mecado deixou de funcionar no local, tendo sido transferido para a Praça da Boavista ou Praça Nova do Mercado; arborização da zona; 1910 - a Praça Velha funcionava como Passeio Público; 1956 - colocação da estátua de D. Sancho na Praça.

Dados Técnicos

Não aplicável

Materiais

Não aplicável

Bibliografia

AFONSO, Virgílio, Toponímia Histórica da Guarda, Câmara Municipal da Guarda, 1984; ALMEIDA, João de, Roteiro dos Monumentos de Arquitectura militar do concelho da Guarda, 2ª edição, 1943; ALMEIDA, Maria Luísa, Foral e Foros da Guarda, Centro de Viseu da Universidade Católica Portuguesa,1992; COSTA, Carvalho da, Corografia Portuguesa, Tomo II, p.331, Lisboa, 1706; GOMES, Rita Costa, Guarda Medieval, Posição, Morfologia e Sociedade 1200-1500, Lisboa, Sá da Costa, 1987; Mapa de Arquitectura da Guarda, s.l., ARGUMENTUM - Edições, Estudos e Realizações, 2003; MILHEIRO, Fernando, Polis, Plano Estratégico da Guarda, Lisboa, 2000; PIRES, Célio Rolinho, Aguarda, No Caminho do Estremo, Por terras de Aquém Cim-Coa, Forais e Costumes, Viseu, Eden Gráfico, S.A., 2004; RODRIGUES, Adriano Vasco, Monografia Artística da guarda, 3ª edição, Câmara Municipal da Guarda, s.d.; Mapa de Arquitectura da Guarda, Argumentum, 2003.

Documentação Gráfica

DGOTDU: Arquivo Hstórico (Anteplano Geral de Urbanização da Guarda, Arq. João António de Aguiar, 1949; Plano Geral de Urbanização da Cidade da Guarda, PROFABRIL - Centro de Projectos, 1974); planta in MARQUES, A. H. de Oliveira, GONÇALVES, Iria, ANDRADE, Amélia Aguiar, Atlas das Cidades Medievais Portuguesas (Séculos XII-XV), Lisboa, Centros de Estudos Históricos da Universidade Nova de Lisboa, 1990, vol. I, p. 35

Documentação Fotográfica

Documentação Administrativa

DGARQ/TT: Memórias paroquiais, vol. 18, nº 117, p. 631 a 650; DGOTDU: Arquivo Hstórico (Anteplano Geral de Urbanização da Guarda, Arq. João António de Aguiar, 1949; Plano Geral de Urbanização da Cidade da Guarda, PROFABRIL - Centro de Projectos, 1974)

Intervenção Realizada

CMG, séc. 20, anos 90 - obras de renovação da Praça Velha, com projecto do Arq. Camilo Cortesão: repavimentação da praça em cantaria de granito, formando superfície desnivelada, com alguns degraus, onde se integram vários canteiros em betão.

Observações

EM ESTUDO

Autor e Data

Paula Figureiredo 2008 / Anouk Costa, Cláudia Morgado, Rita Vale 2010

Actualização

 
 
 
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