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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Igreja paroquial
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Descrição
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Planta poligonal composta por nave, capela-mor, capelas adossadas, torre sineira e anexos. Frontaria com portal em arco de querena constituído por troncos entrelaçados, ladeado por 2 toros torcidos continuados em arco policêntrico ornado com cogulhos e rematado por Cruz de Cristo; entre vão e arco policêntrico apresenta armas nacionais ladeadas por 2 esferas armilares; a N. encosta-se 1 torre e edifícios anexos. INTERIOR: na nave com paredes revestidas a azulejos azuis e brancos abrem-se 2 capelas que apresentam aberturas por 2 pilastras caneladas sobre pedestais com entablamento e cobertura em cúpula; a do lado da Epístola é a do Sacramento; arco da capela-mor é constituído por toros torcidos e ladeado por 2 altares em madeira dourada e policromada; capela-mor com paredes cobertas por azulejos semelhantes aos da nave e capela do Sacramento; cobertura da capela-mor em abóbada estrelada com nervuras ligadas entre si por nervura quadrifoliada; retábulo do altar-mor apresenta tríptico com painel central representando Nossa Senhora da Graça e volantes com a Conversão de São Paulo e a Queda de Simão Magno; o púlpito do lado do Evangelho é circular e decorado com pilastras e nichos vazios. |
Acessos
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Ega, Rua da Igreja, Largo de São Martinho |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 40 361, DG, 1ª série, n.º 228 de 20 outubro 1955 |
Enquadramento
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Urbano, destacado, implantado na encosta do morro sobranceiro à vila, envolvido por habitações e vegetação, na proximidade do Paço dos Comendadores (v. IPA.00002803). |
Descrição Complementar
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Existência de órgão. |
Utilização Inicial
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Religiosa: igreja paroquial |
Utilização Actual
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Religiosa: igreja paroquial |
Propriedade
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Privada: Igreja Católica (Diocese de Coimbra) |
Afectação
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Sem afetação |
Época Construção
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Séc. 16 / 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITETO: Diogo de Castilho (séc. 16). MESTRE DE OBRAS: Marcos Pires (séc. 16). |
Cronologia
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1128 - doação aos Templários pela rainha D. Teresa da vila de Soure e terras entre Coimbra e Leiria, território então despovoado e de domínio muçulmano; Ordem do Templo vai fundando após aquela data as igrejas de Ega, Redinha e Pombal; 1206 - composição põe termo a conflito entre aquela Ordem e bispos, por motivo dos direitos eclesiásticos; 1231, 1 Setembro - dado foral à vila pelo Mestre Estevão de Belmonte; 1508, 26 fevereiro - visitação da Ordem da Cristo, sendo comendador Frei Fernando de Sousa, onde acharam por capelão Afonso Rodrigues; a capela-mor da igreja é de abóbada, escorada por contrafortes, muito bem reparada nos telhados e por dentro é toda pintada a fresco; a capela-mor tem a imagem de Nossa Senhora com o Menino, de vulto, ladeada pelas de São Pedro e São Paulo, também de vulto, enquadrados por pintura mural, onde se regista a quinta angústia; tem acesso por arco de pedraria pintada, encimado pelas imagens do Crucificado, Nossa Senhora e São João, ladeado por dois altares com as paredes pintadas e com imagens de vulto; o corpo da igreja tem as paredes pinceladas, cobertura de madeira e telha vã; tem a um canto uma boa pia batismal e uma pia de água benta; tem dois portais com alpendres telhados e junto ao principal um campanário com um bom sino; no interior, duas campainhas; em termo de alfaias, foram encontradas uma cruz de prata branca, um cálice de prata com patena, velho, e um novo, de prata dourada com sua patena, oferecido pelo comendador; uma custódia de prata, uma caldeira de água benta, 2 castiçais de folha da Flandres e alguma paramentaria em veludo; mandam fazer novo altar com mais 2 palmos, o supedâneo com um degrau, ladrilhar e lajear a capela-mor; uma sacristia no lado direito da ousia, onde se colocará um armário para guardar as alfaiais; cobrir o altar com frontal; o comendador disse que tinha comprado azulejos para o altar, sendo mandado colocá-los de imediato ou que colocasse frontal; 1514 - foral manuelino; 1522 - auto de penhora dos bens do arquitecto Marcos Pires revelam ser o autor das obras da igreja; 1543 - pintura do tríptico da capela-mor por Diogo Contreiras; séc.16, meados - mestre Diogo de Castilho continua a obra de Marcos Pires; execução da abóbada da capela-mor; 1543 - feitura do retábulo do altar-mor mandado executar pelo comendador D. Afonso de Lencastre; 1869 - obras profundas, nomeadamente na frontaria; retirada a rosácea; séc.20, década de 40 - descobertas pinturas quinhentistas no arco triunfal sob revestimento de azulejos e altares colaterais. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Alvenaria de pedra (paredes), madeira de pinho (tecto), tijoleira recente (pavimento), madeira de castanho (portas). |
Bibliografia
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CONCEIÇÂO, Augusto dos Santos, Monografia de Condeixa, Coimbra, 1983; COSTA, Américo, Dicionário Corográfico, Lisboa, 1909; DIONÍSIO, Santana, Guia de Portugal, vol.1, Lisboa; DIAS, Pedro, A Arquitectura de Coimbra na Transição do Gótico para a Renascença1490-1540, Coimbra, 1982; IDEM, O Manuelino, in História da Arte em Portugal, vol.5, Lisboa, 1986; HAUPT, Albrecht, Arquitectura do Renascimento em Portugal, Lisboa, 1986; Plano Director de Condeixa-a-Nova, Condeixa-a-Nova, 1992; PEREIRA, Paulo, História da Arte Portuguesa, vol.II, Lisboa, 1995; SANTOS, Reinaldo dos Santos, O Manuelino, Lisboa, 1952; VITERBO, Francisco de Sousa , Dicionário Histórico e Documental dos Arquitectos, Engenheiros e Construtores Portugueses, vol.II, Lisboa, 1904; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/73666 [consultado em 11 agosto 2016]. |
Documentação Gráfica
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DGPC: DGEMN:DREMC |
Documentação Fotográfica
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DGPC: DGEMN:DREMC, SIPA |
Documentação Administrativa
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DGPC: DGEMN:DREMC; DGLAB/TT: Memórias Paroquiais de 1758, vol. 13, mç. 4; Ordem de Cristo, Livro 132 das Visitações do Convento |
Intervenção Realizada
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DGEMN: 1964 - assentamento da cobertura da nave; 1967 - reconstrução do pavimento e rebocos interiores, reassentamento de azulejos; 1976 - assentamento de portas e vitrais; 1977 - recuperação dos tectos da nave e da sacristia; conservação e restauro dos elementos dos altares laterais desmontados há cerca de 30 anos; conservação de pinturas murais; conservação e restauro de 5 pinturas sobre madeira pertencentes aos altares laterais; 1998 - montagem dos 2 altares laterais, remodelação da instalação eléctrica, execução de drenagens e arranjos exteriores, reparação de rebocos exteriores e pintura; obras de conservação: substituição do soalho do coro apodrecido, execução de porta de acesso ao coro, pintura de paredes interiores, caixilhos e portas; tratamento das pinturas murais do arco triunfal, apenas com operações de conservação, dado os retábulos serem recolocados no seu local de origem. |
Observações
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Autor e Data
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João Cravo e Horácio Bonifácio 1992 / Teresa Furtado 2000 |
Actualização
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