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Conjunto urbano Aglomerado urbano Cidade Vila medieval Vila fortificada Régia (D. Afonso III)
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Descrição
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Acessos
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São Dinis, Avenida da Noruega, Rua Miguel Torga, Largo Conde de Amarante |
Protecção
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Inclui Capela de São Brás e o túmulo de Teixeira de Macedo (v. PT011714230002) / Igreja e antigo convento de São Domingos - Sé de Vila Real (v. PT011714230005) / Pelourinho de Vila Real (v. PT011714230009) / Casa de Diogo Cão (v. PT011714230017) / Edifício da Junta Distrital de Vila Real (v. PT011714230023) / Igreja de São Paulo (v. PT011714240165) / PP - Plano de Pormenor (Centro histórico de Vila Real), Declaração n.º 307/2003, DR, 2.ª série, n.º 232 de 7 de outubro 2003 |
Enquadramento
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A cidade situa-se num planalto a 450m de altitude, na margem direita do rio Corgo, cercado pelas serras do Marão e do Alvão. A envolvente é marcada pela paisagem agressiva das serras com os seus matos e florestas e o vale verdejante e fértil caracterizado por uma cultura diversificada de hortas e pomares. Vila Real nasce num pequeno promontório situado na confluência dos dois rios Corgo e Cabril, estes afluentes do Douro fertilizam a planície que se distingue pelos seus recursos hídricos. Devido à sua situação geográfica Vila Real tem um clima muito rigoroso no inverno com temperaturas frequentemente abaixo dos 0ºC e um verão muito quente. Apesar das condições climatéricas a cultura da vinha nesta região desenvolve-se em socalcos nas vertentes abruptas ao longo do rio Corgo. Vila Real é a capital de distrito e sede de concelho constituído por 20 freguesias. O município é limitado a N. pelos concelhos de Ribeira de Pena e de Vila Pouca de Aguiar, a E. por Sabrosa, a S. pelo Peso da Régua, a SO. por Santa Marta de Penaguião, a O. por Amarante e a NO. por Mondim de Basto. |
Descrição Complementar
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Não aplicável |
Utilização Inicial
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Não aplicável |
Utilização Actual
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Não aplicável |
Propriedade
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Não aplicável |
Afectação
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Não aplicável |
Época Construção
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Séc. 13 / 16 / 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Cronologia
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Séc. 13 - a população da vila de Panóias, capital da civitas Panóias, pede a D. Afonso III, que lhe desse uma nova vila; 1272, 7 Dezembro - D. Afonso III, em Santarém, concede foral para que se fundasse uma nova "poba" e muda o nome para Vila Real de Panóias; no entanto, este foral não surtiu efeito e não atraiu população; 1289, 4 Janeiro - D. Dinis concede foral a Vila Real de Panóias, e encarrega o seu clérigo Pêro Anes Foucinha de efectuar todas as trocas, composições e compras em seu nome com os diversos proprietários, fidalgos, eclesiásticos ou outros para se fundar a "pobra" de Panóias; séc. 13 / 14 - construção das muralha circundando a vila com as pedras vindas de Panóias; 1293, 4 Fevereiro - confirmação do foral por D. Dinis; séc. 13 - D. Dinis doa a vila a sua mulher a rainha Santa Isabel, Vila Real também pertenceu à rainha D. Brites, mulher de D. Afonso IV e ainda a D. Leonor Teles mulher de D. Fernando I; séc. 14, inícios - provável construção da Igreja de São Dinis; 1421 - D. João I confirma a autorização da edificação do Mosteiro de S. Domingos, demarcando-se o respectivo local, que abrangia uma pequena parte do Rossio e diversas casas e chãos a expropriar; 1422, 9 Dezembro - a Câmara e o povo de Vila Real doam terreno para o Mosteiro de S. Domingos no rossio, mais tarde, designado de Campo do Tabolado, e um anel de água que corria desde o Seixo até ao local; 1509 - D. Afonso V faz a doação de Vila Real a Dom Pedro de Menezes, 3º Marquês de Vila Real, seguido de seu filho Pedro Menezes e neto Miguel Meneses; 1515, 22 Junho - concessão de foral novo por D. Manuel; 1527 - no Cadastro do Reino mandado realizar por D. João III, sabe-se que a vila era do marquês de Vila Real; existia uma boa cerca no interior da qual e no arrabalde viviam 478 famílias; 1576 - o 5º Conde de Vila Real é o D. Manuel de Noronha Meneses; 1641 - é condenado à morte o marquês por traição e é extinta a Casa de Vila Real, a vila passa a pertencer à Casa do Infantado, sendo usufrutuário o Infante D. Pedro, futuro rei de Portugal; séc. 18 - construção da actual casa da Porta da Vila por José Constantino Lobo Tavares de S. Paio; 1758, 3 Março - segundo o relato do P. José F. Esteves de Carvalho, nas Memórias Paroquiais da freguesia de São Dinis, os muros da vila velha estavam na sua maior parte reduzidos a ruínas, só se conservando um grande pano com uma porta para S. e O., e para o N. um outro pano com uma torre e um "fortim"; crescendo a vila para N.; séc. 19, início - depois do liberalismo, Vila Real passa a sede de distrito; 1816 - O General Francisco da Silveira Pinto da Fonseca, Conde de Amarante, manda construir o seu Palácio; 1817, Março - início da construção do hospital da Misericórdia, demolindo-se uma das torres que defendia a principal porta da muralha; 1834, 18 Março - extinção da Casa do Infantado; 1840 - compra do Palácio do Conde de Amarante pelo Estado, apeando-se o brasão, esquartelado com as armas dos Taveiras, Pimentel, Fonseca e Teixeira, que se transferiu para o Jardim da Carreira 1894 - a Vila Real recebe iluminação eléctrica, tendo sido a primeira cidade do país a inaugurar uma rede de distribuição de energia a partir de uma central hidroeléctrica, o que se deve a Karl Emílio Biel; 1924 - é sagrada como Catedral da nova diocese de Vila Real, criada em 1922, a Igreja do Mosteiro de S. Domingos, 1925, 20 de Julho - elevação a cidade por lei nº 1804; séc. 20, 1º quartel - Abertura da Av. Carvalho Araújo; 2004, 25 agosto - declaração da área crítica de recuperação e reconversão urbanística (ACCRU) do centro urbano da cidade de Vila Real, pelo Decreto n.º 23/2004, DR n.º 200, 1.ª série-B; 2013, 28 janeiro - criação da União das Freguesias de Vila Real (São Dinis, Nossa Senhora da Conceição e São Pedro), por agregação das mesmas, pela Lei n.º 11-A/2013, DR, 1.ª série, n.º 19. |
Dados Técnicos
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Não aplicável |
Materiais
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Não aplicável |
Bibliografia
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CAPELA, José Viriato, BORRALHEIRO, Rogério, MATOS, Henrique, As Freguesias do Distrito de Vila Real nas Memórias Paroquiais de 1758. Memórias, História e Património, Braga, 2006; CORREIA, Azevedo de, Vila Real de Trás-os-Monstes, Porto, 1970; COSTA, Carvalho da, Corografia Portuguesa, Lisboa, 1706, Tomo I, p. 515. |
Documentação Gráfica
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DGEMN:DREMN, DGEMN:DSID; DGOTDU: Arquivo Histórico (Estudo Prévio - Plano de Urbanização de Vila Real, Arq. João António de Aguiar, 1947; Anteplano de Urbanização de Vila Real de Trás-os-Montes - 1ª, 2ª, 3ª, 4ª Revisão, a.d., 1950, 1956, 1958, 1961; Anteplano de Urbanização de Vila Real de Trás-os-Montes - 5ª Revisão, Arq. João António de Aguiar, 1966) |
Documentação Fotográfica
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DGEMN:DREMN, DGEMN:DSID, IPAE |
Documentação Administrativa
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DGARQ/TT: Memórias paroquiais, vol. 40, nº 251, p. 1511 a 1538; DGEMN:DSARH (Plano geral de Urbanização de Vila Real, DSARH-005-3398/08, Anteplano de Urbanização de Vila Real, DSARH-005-3592/19), DGEMN:DREMN; C.M. Vila Real: Arquivo de Obras |
Intervenção Realizada
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IHRU / DGEMN: 1931/ 1970 - obras de conservação geral na Sé de Vila Real; 1965 - Obras de conservação na Capela de São Brás |
Observações
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Vila Real está geminada com: Osnabrück na Alemanha, Ourense em Espanha, Grasse e Mende em França e ainda em Portugal com Espinho, Oeiras e Portimão. |
Autor e Data
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Anouk Costa, Cláudia Morgado, Rita Vale 2010 |
Actualização
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