Núcleo urbano da cidade de Vila Real

IPA.00027968
Portugal, Vila Real, Vila Real, Vila Real
 
Núcleo urbano sede distrital. Cidade situada em planalto. Vila de fundação régia com cerca urbana; posterior jurisdição senhorial (casa de Vila de Real), integrada mais tarde na Casa do Infantado.
Número IPA Antigo: PT011714230205
 
Registo visualizado 1834 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Conjunto urbano  Aglomerado urbano  Cidade  Vila medieval  Vila fortificada  Régia (D. Afonso III)

Descrição

Acessos

São Dinis, Avenida da Noruega, Rua Miguel Torga, Largo Conde de Amarante

Protecção

Inclui Capela de São Brás e o túmulo de Teixeira de Macedo (v. PT011714230002) / Igreja e antigo convento de São Domingos - Sé de Vila Real (v. PT011714230005) / Pelourinho de Vila Real (v. PT011714230009) / Casa de Diogo Cão (v. PT011714230017) / Edifício da Junta Distrital de Vila Real (v. PT011714230023) / Igreja de São Paulo (v. PT011714240165) / PP - Plano de Pormenor (Centro histórico de Vila Real), Declaração n.º 307/2003, DR, 2.ª série, n.º 232 de 7 de outubro 2003

Enquadramento

A cidade situa-se num planalto a 450m de altitude, na margem direita do rio Corgo, cercado pelas serras do Marão e do Alvão. A envolvente é marcada pela paisagem agressiva das serras com os seus matos e florestas e o vale verdejante e fértil caracterizado por uma cultura diversificada de hortas e pomares. Vila Real nasce num pequeno promontório situado na confluência dos dois rios Corgo e Cabril, estes afluentes do Douro fertilizam a planície que se distingue pelos seus recursos hídricos. Devido à sua situação geográfica Vila Real tem um clima muito rigoroso no inverno com temperaturas frequentemente abaixo dos 0ºC e um verão muito quente. Apesar das condições climatéricas a cultura da vinha nesta região desenvolve-se em socalcos nas vertentes abruptas ao longo do rio Corgo. Vila Real é a capital de distrito e sede de concelho constituído por 20 freguesias. O município é limitado a N. pelos concelhos de Ribeira de Pena e de Vila Pouca de Aguiar, a E. por Sabrosa, a S. pelo Peso da Régua, a SO. por Santa Marta de Penaguião, a O. por Amarante e a NO. por Mondim de Basto.

Descrição Complementar

Não aplicável

Utilização Inicial

Não aplicável

Utilização Actual

Não aplicável

Propriedade

Não aplicável

Afectação

Não aplicável

Época Construção

Séc. 13 / 16 / 19

Arquitecto / Construtor / Autor

Cronologia

Séc. 13 - a população da vila de Panóias, capital da civitas Panóias, pede a D. Afonso III, que lhe desse uma nova vila; 1272, 7 Dezembro - D. Afonso III, em Santarém, concede foral para que se fundasse uma nova "poba" e muda o nome para Vila Real de Panóias; no entanto, este foral não surtiu efeito e não atraiu população; 1289, 4 Janeiro - D. Dinis concede foral a Vila Real de Panóias, e encarrega o seu clérigo Pêro Anes Foucinha de efectuar todas as trocas, composições e compras em seu nome com os diversos proprietários, fidalgos, eclesiásticos ou outros para se fundar a "pobra" de Panóias; séc. 13 / 14 - construção das muralha circundando a vila com as pedras vindas de Panóias; 1293, 4 Fevereiro - confirmação do foral por D. Dinis; séc. 13 - D. Dinis doa a vila a sua mulher a rainha Santa Isabel, Vila Real também pertenceu à rainha D. Brites, mulher de D. Afonso IV e ainda a D. Leonor Teles mulher de D. Fernando I; séc. 14, inícios - provável construção da Igreja de São Dinis; 1421 - D. João I confirma a autorização da edificação do Mosteiro de S. Domingos, demarcando-se o respectivo local, que abrangia uma pequena parte do Rossio e diversas casas e chãos a expropriar; 1422, 9 Dezembro - a Câmara e o povo de Vila Real doam terreno para o Mosteiro de S. Domingos no rossio, mais tarde, designado de Campo do Tabolado, e um anel de água que corria desde o Seixo até ao local; 1509 - D. Afonso V faz a doação de Vila Real a Dom Pedro de Menezes, 3º Marquês de Vila Real, seguido de seu filho Pedro Menezes e neto Miguel Meneses; 1515, 22 Junho - concessão de foral novo por D. Manuel; 1527 - no Cadastro do Reino mandado realizar por D. João III, sabe-se que a vila era do marquês de Vila Real; existia uma boa cerca no interior da qual e no arrabalde viviam 478 famílias; 1576 - o 5º Conde de Vila Real é o D. Manuel de Noronha Meneses; 1641 - é condenado à morte o marquês por traição e é extinta a Casa de Vila Real, a vila passa a pertencer à Casa do Infantado, sendo usufrutuário o Infante D. Pedro, futuro rei de Portugal; séc. 18 - construção da actual casa da Porta da Vila por José Constantino Lobo Tavares de S. Paio; 1758, 3 Março - segundo o relato do P. José F. Esteves de Carvalho, nas Memórias Paroquiais da freguesia de São Dinis, os muros da vila velha estavam na sua maior parte reduzidos a ruínas, só se conservando um grande pano com uma porta para S. e O., e para o N. um outro pano com uma torre e um "fortim"; crescendo a vila para N.; séc. 19, início - depois do liberalismo, Vila Real passa a sede de distrito; 1816 - O General Francisco da Silveira Pinto da Fonseca, Conde de Amarante, manda construir o seu Palácio; 1817, Março - início da construção do hospital da Misericórdia, demolindo-se uma das torres que defendia a principal porta da muralha; 1834, 18 Março - extinção da Casa do Infantado; 1840 - compra do Palácio do Conde de Amarante pelo Estado, apeando-se o brasão, esquartelado com as armas dos Taveiras, Pimentel, Fonseca e Teixeira, que se transferiu para o Jardim da Carreira 1894 - a Vila Real recebe iluminação eléctrica, tendo sido a primeira cidade do país a inaugurar uma rede de distribuição de energia a partir de uma central hidroeléctrica, o que se deve a Karl Emílio Biel; 1924 - é sagrada como Catedral da nova diocese de Vila Real, criada em 1922, a Igreja do Mosteiro de S. Domingos, 1925, 20 de Julho - elevação a cidade por lei nº 1804; séc. 20, 1º quartel - Abertura da Av. Carvalho Araújo; 2004, 25 agosto - declaração da área crítica de recuperação e reconversão urbanística (ACCRU) do centro urbano da cidade de Vila Real, pelo Decreto n.º 23/2004, DR n.º 200, 1.ª série-B; 2013, 28 janeiro - criação da União das Freguesias de Vila Real (São Dinis, Nossa Senhora da Conceição e São Pedro), por agregação das mesmas, pela Lei n.º 11-A/2013, DR, 1.ª série, n.º 19.

Dados Técnicos

Não aplicável

Materiais

Não aplicável

Bibliografia

CAPELA, José Viriato, BORRALHEIRO, Rogério, MATOS, Henrique, As Freguesias do Distrito de Vila Real nas Memórias Paroquiais de 1758. Memórias, História e Património, Braga, 2006; CORREIA, Azevedo de, Vila Real de Trás-os-Monstes, Porto, 1970; COSTA, Carvalho da, Corografia Portuguesa, Lisboa, 1706, Tomo I, p. 515.

Documentação Gráfica

DGEMN:DREMN, DGEMN:DSID; DGOTDU: Arquivo Histórico (Estudo Prévio - Plano de Urbanização de Vila Real, Arq. João António de Aguiar, 1947; Anteplano de Urbanização de Vila Real de Trás-os-Montes - 1ª, 2ª, 3ª, 4ª Revisão, a.d., 1950, 1956, 1958, 1961; Anteplano de Urbanização de Vila Real de Trás-os-Montes - 5ª Revisão, Arq. João António de Aguiar, 1966)

Documentação Fotográfica

DGEMN:DREMN, DGEMN:DSID, IPAE

Documentação Administrativa

DGARQ/TT: Memórias paroquiais, vol. 40, nº 251, p. 1511 a 1538; DGEMN:DSARH (Plano geral de Urbanização de Vila Real, DSARH-005-3398/08, Anteplano de Urbanização de Vila Real, DSARH-005-3592/19), DGEMN:DREMN; C.M. Vila Real: Arquivo de Obras

Intervenção Realizada

IHRU / DGEMN: 1931/ 1970 - obras de conservação geral na Sé de Vila Real; 1965 - Obras de conservação na Capela de São Brás

Observações

Vila Real está geminada com: Osnabrück na Alemanha, Ourense em Espanha, Grasse e Mende em França e ainda em Portugal com Espinho, Oeiras e Portimão.

Autor e Data

Anouk Costa, Cláudia Morgado, Rita Vale 2010

Actualização

 
 
 
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