Pelourinho de Alvito

IPA.00000279
Portugal, Beja, Alvito, Alvito
 
Arquitectura político-administrativa e judicial, manuelina. Pelourinho de pinha cónica helicoidal com decoração de meias esferas, assente em soco quadrangular de dois degraus, de onde evolui a coluna de fuste canelado, com base facetada côncava. Pelourinho simples, com interesante decoração no remate, cujo fuste aparenta mais uma coluna clássica do que uma estrutura formal do estilo manuelino. Mantém os ferros de sujeição, com decoração curva.
Número IPA Antigo: PT040203010013
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Judicial  Pelourinho  Jurisdição senhorial  Tipo pinha

Descrição

Estrutura em cantaria de calcário, composta por soco de dois degraus quadrangulares escalonados, o primeiro encaixado no pavimento calcetado, onde assenta base oitavada levemente côncava com rebordos irregulares salientes, inferiormente quadrada com chanfros cantonais em forma de garra, da qual se eleva fuste poliédrico de doze faces lisas, com terço superior desgastado aparentando um cilindro, encimado por quatro ferros de sujeição postos em cruz, de terminais em anzol. Não possui capitel e o remate é em pinha cónica helicoidal com faixas preenchidas por meias esferas, finalizando em elemento torso de toros lisos enroscados em sentido inverso, de topo esferóide inferiormente quadrilobado.

Acessos

Praça da República

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 23 122, DG, 1.ª série, n.º 231 de 11 outubro 1933

Enquadramento

Urbano, isolado. Implantação harmónica e destacada, num pequeno largo plano calcetado e parcialmente ajardinado, em frente ao castelo, circundado por murete baixo de tijolo e faixa relvada.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Judicial: pelourinho

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Autarquia local, Artº 3º, Dec. nº 23 122, 11 Outubro 1933

Época Construção

Séc. 16 (conjectural)

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

1249, Julho - foral dado por D. Afonso III, elevando Alvito à categoria de vila; 1261 - concessão do couto do Alvito a Estêvão Anes; 1280, 01 Agosto - a vila foi doada aos frades trinos e, nessa qualidade, o Prior da Ordem concedeu-lhe novo foral; 1289, 16 Junho - confirmação do foral por D. Dinis; 1387 - toma posse da vila a família Lobos da Silveira, sendo seu primeiro senhor Diogo Lopes Lobo; 1475, 27 Abril - concessão da Baronia do alvito a D. João Fernandes da Silveira; 1516, 20 Novembro - concessão de foral novo por D. Manuel, onde consagra o direito a ter assento e voto em Cortes, propiciando, naturalmente, a construção do pelourinho manuelino; 1758, 02 Junho - nas Memórias Paroquiais, assinadas por Frei Ambrósio Brochado, é referido que a povoação é do donatário Conde D. José Lobo da Silveira; a povoação tem 390 fogos; 1766, 03 Maio - carta do título de Marquês do Alvito a D. José António Francisco Lobo da Silveira; 1788, 11 Junho - D. Maria I dá ao 2.º marquês do Alvito, D. Fernando José Lobo da Silveira Quaresma, o título de Conde; 1884 - pintura a óleo feita pelo futuro rei D. Carlos, reproduzindo o Pelourinho, que então se erguia do lado S. da Praça da Rainha, actualmente Praça da República; c. 1890 - derrube do Pelourinho e dispersão dos fragmentos pelo castelo e pela Câmara, posteriormente usados para a reconstrução do monumento; 1980, 25 de Janeiro - Despacho de classificação como IIP.

Dados Técnicos

Sistema estrutural autónomo.

Materiais

Degraus e estrutura em cantaria de calcário; ferros de sujeição de ferro forjado.

Bibliografia

CARDOSO, Nuno Catarino, Pelourinhos do Alentejo e Algarve, Lisboa, 1936; COSTA, Padre António Carvalho da, Corografia Portuguesa, vol. II, Braga, 1868, p. 326; ESPANCA, Túlio, Inventário Artístico de Portugal, Distrito de Beja, Lisboa, 1993; LEAL, Augusto Soares A. B. de Pinho, Portugal Antigo e Moderno, Vol. I, Lisboa, 1873, p. 180; MALAFAIA, E.B. de Ataíde, Pelourinhos Portugueses - tentâmen de inventário geral, Lisboa, Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1997; MANIQUE, Luís de Pina, A Arte Manuelina na Arquitectura de Alvito, Lisboa, 1949.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

DGARQ/TT: Memórias Paroquiais (vol. 3, n.º 49, fl. 365-370)

Intervenção Realizada

PROPRIETÁRIO: séc. 20, final - arranjo da zona envolvente.

Observações

Autor e Data

Isabel Mendonça 1993 / Lina Oliveira 2007

Actualização

 
 
 
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