|
Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Igreja paroquial
|
Descrição
|
Planta composta, com nave única em cruz latina, precedida por nártex, torre sineira quadrada e dependências de apoio adossadas a N. e à capela-mor, de planta quadrada. Volumes articulados com coberturas diferenciadas em telhados de 2 e 1 água. Nártex comprido, precedido por escadas com azulejos no espelho, terminado em empena e aberto por 5 arcos ultrapassados. Igreja também terminada em empena, com pequena janela sobre o nártex e com portal simples de verga recta. Torre sineira com cobertura piramidal. Alçados laterais com embasamento pintado. Paredes interiores pintadas de branco, coro-alto, 2 capelas colaterais com frontaleira de talha dourada sobre o arco pleno, lambril de azulejos e pinturas, que se estendem pela abóbada, e retábulos, também de talha. Púlpito redondo, de mármore, no lado do Evangelho. Cornija, arco triunfal e abóbada de berço da nave pintados, esta última em caixotões com figurações alusivas a Cristo e à Virgem. As pinturas estendem-se ainda pelo transepto e cruzeiro onde se representam corpos com inscrições latinas, arquitecturas perspectivadas e ornatos naturalistas. Capela-mor com retábulo de talha e abóbada de berço com medalhão central figurando o Coração da Virgem. |
Acessos
|
Largo da Igreja |
Protecção
|
Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 67/97, DR, 1.ª série-B, n.º 301 de 31 dezembro 1997 |
Enquadramento
|
Urbano, isolado, implantação harmónica. Ergue-se no principal largo da povoação, rodeada por habitações de arquitectura popular e tendo fronteiro cruzeiro singelo. |
Descrição Complementar
|
|
Utilização Inicial
|
Religiosa: igreja paroquial |
Utilização Actual
|
Religiosa: igreja paroquial |
Propriedade
|
Privada: Igreja Católica (Diocese de Évora) |
Afectação
|
Sem afectação |
Época Construção
|
Séc. 17 / 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
|
|
Cronologia
|
Séc. 13, último terço - construção da capela pelo cavaleiro D. Gonçalo, durante o reinado de D. Afonso III; 1290 - sepultamento de D. Gonçalo na capela; posteriormente foi recebendo alguns melhoramentos; séc. 14 - grandes reformas; séc. 18 - execução das pinturas murais, a mando do prior Manuel Ramos, que paroquiou a freguesia entre 1703 / 1718; 1728 - Prior licenciado Manuel Rodrigues Ramalho encontrou a lápide da fundação na parede do lado do Evangelho, junto à entrada; 1867 - data da legenda dos sinos da torre. |
Dados Técnicos
|
Estrutura mista. |
Materiais
|
Alvenaria rebocada, cantaria, mármores, azulejos, pinturas murais, talha. |
Bibliografia
|
Memórias Paroquiais de 1758, vol. 32º, fl. 787, A.N.T.T., Lisboa; ANSELMO, Pe A. J., O Concelho de Borba, 1907, p. 41; Guia de Portugal, vol. II, p. 115; BRANCO, Fernando Castelo, Pinturas Murais da Igreja de Santiago de Rio de Moinhos, Sep. do Instituto Português de Arqueologia, História e Etnografia, 1970; ESPANCA, Túlio, Inventário Artístico de Portugal, vol. IX, Lisboa, 1978. |
Documentação Gráfica
|
|
Documentação Fotográfica
|
IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
|
IGRU: DGEMN/DSID |
Intervenção Realizada
|
|
Observações
|
Os sinos têm a seguinte inscrição: "IHS. MARIA JOZ E. 1867". Gravado em caracteres góticos, a pedra da fundação tem a seguinte inscrição latina: "EGO. DOMs: GVNSALVS / HEDIFICAVI: ISTAM: EL / LESIAN: SCI: IACOBI.AD / LAUDEM: ET: HONOREM / DNI: NRI: IHU: ET: BTE: / VIRGINIS: MARIE: GENI / TRICIS: SUE: ET IPE:DONUS / GUNSALVUS: FECIT: HIC: VITAM / ES: FINIVIT: ET: EST: SE / PULTUS : IN DEXTERA P / ARTE: ECLIE : REGNAN / TE: IN: PORTUGALIA: DI / ONISIO : VI : REGE: EISD / EM: REGNI: ACTUM ES / T: HOC: IN MENSE: OCTO / BRIS: ERA: M: CCC XXVIII". A sua tradução é : "Eu D. Gonçalo edifiquei esta igreja de Santiago para louvor e honra de Nosso Senhor Jesus Cristo e da bem aventurada Virgem Maria sua Mãe. E o próprio D. Gonçalo aqui viveu e morreu e foi sepultado na parte direita da igreja, reinando em Portugal D. Dinis, sexto rei do mesmo reino. Fez-se isto no mês de Outubro da era de 1328". |
Autor e Data
|
Paula Noé 1996 |
Actualização
|
|
|
|