Estação Ferroviária de Lardosa

IPA.00027666
Portugal, Castelo Branco, Castelo Branco, Lardosa
 
rquitectura de transportes, oitocentista. Estação de caminhos-de-ferro intermédia de 3.ª classe, constituída pelo edifício de passageiros, composto por três volumes, apresentando o módulo central com dois pavimentos, segundo a configuração das estações do Caminho de Ferro do Douro, por um armazém de planta rectangular e com rampa de acesso no lado N., rasgada por amplos vãos rectangulares, o depósito de água, circular e as instalações sanitárias geminadas e com acesso lateral. O cais é duplo, servindo duas linhas. O edifício principal tem cunhais de cantaria e remate em platibanda plena do mesmo material, com o corpo central rasgado por janelas de peitoril em arco abatido, o mesmo perfil apresentado pelas portas do piso inferior; no centro, a zona de entrada de passageiros e bilheteira, ficando no lado direito o gabinete do chefe da estação.
Número IPA Antigo: PT020502110229
 
Registo visualizado 102 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Transportes  Apeadeiro / Estação  Estação ferroviária  

Descrição

Conjunto edificado composto pelo edifício de passageiros, de planta rectangular simples, formando três volumes escalonados, com coberturas diferenciadas em telhados de quatro e três águas, surgindo, no lado direito, as instalações sanitárias, rodeadas de espaço ajardinado, de planta rectangular simples e cobertura homogénea em telhado de duas águas, o fosso com placa de virar máquinas, surgindo, no lado oposto, o armazém, de planta rectangular e cobertura a duas águas e o depósito de água, de planta circular e cobertura plana, fornecido por um poço e uma nora, situados na zona posterior. EDIFÍCIO DE PASSAGEIROS com fachadas rebocadas e pintadas de branco, percorridas por embasamento de cantaria e silhar de azulejos em monocromia branco e com molduras azuis, flanqueadas por cunhais em cantaria e rematadas em friso, cornija e platibanda plena. Fachada principal, virada a O., com o corpo central de dois pisos divididos por friso de cantaria, cada um deles rasgados por três vãos em arco abatido e moldura recortada em cantaria, os inferiores correspondentes a portas e os superiores a janelas de peitoril, com as molduras a prolongarem-se inferiormente formando falsos brincos, todos com caixilharias de alumínio lacado de branco e azul e vidro simples. Os corpos laterais possuem duas portas semelhantes às anteriores, a do lado direito correspondente à zona de entrada dos passageiros. Fachadas laterais semelhantes, parcialmente rebocadas e com silhar de azulejos iguais aos da fachada principal, onde surge a inscrição "LARDOSA". Fachada E. semelhante à fachada principal. INTERIOR com a sala de passageiros e bilheteira, om as paredes rebocadas e pintadas de branco, com tectos planos e pavimento em ladrilho cerâmico. O cais é composto por duas plataformas, pavimentadas a calçada de calcário e com remate em cantaria, que servem duas linhas férreas, com passagens pedonais entre elas. O do lado E. possui um abrigo, de feitura recente, em metal e vidro. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS, protegidas por dois muros exteriores, om fachadas revestidas a azulejo em monocromia, branco, com molduras em azul, percorridas por embasamento de cantaria, tendo cunhais em cantaria, sendo protegidas por ampla aba corrida de madeira. A fachada virada a E. é cega, possuindo a inscrição "RETRETES SENHORAS HOMENS", com as fachadas N. e S. semelhantes, em empena, revestida superiormente a madeira, com porta de verga recta e moldura de cantaria, estando o pano cego revestido a azulejo. Junto, o DEPÓSITO de água, cilíndrico, com fachadas rebocadas e pintadas de branco, percorridas por faixa amarela, com remate em cantaria e porta de verga recta com moldura do mesmo material. No lado oposto o ARMAZÉM, de planta rectangular simples, com cobertura a duas águas, que se prolongam em amplas abas corridas, assentes em estruturas laterais de madeira, tudo pintado de azul, com as fachadas assentes em plataforma de cantaria de granito aparente, rebocadas e pintadas de branco, rasgadas superiormente, formando um respiradouro. Fachadas viradas a E. e O. rasgadas por um porta rectilínea e com folhas metálicas pintadas de azul; as fachada lateral S. possui amplo vão rectilíneo com moldura de cantaria com acesso por rampa, surgindo, na oposta, porta semelhante às anteriores. Junto a este, o fosso, com máquina de viragem metálica.

Acessos

Avenida Nuno Álvares Pereira. WGS84: 39º59'19.15''N., 7º26'27.59''O.

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Urbano, isolado, implantado numa zona plana, rodeado de alguns edifícios residenciais. A fachada principal abre para um amplo largo, onde é possível estacionar viaturas para transporte de passageiros ao local.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Transportes: estação ferroviária

Utilização Actual

Transportes: estação ferroviária

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 19 / 20

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

1876 - o engenheiro Sousa Brandão estuda a ligação de Lisboa à Europa, ao longo do Tejo, cujo projecto cruzava a fronteira em Monfortinho; 1883 - decisão da construção da linha da Beira Baixa; 1891, 09 Abril - a Companhia Real assume a posse da linha e construção da Covilhã à Guarda; séc. 20, final - arranjo do edifício de passageiros.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes.

Materiais

Estrutura em alvenaria de granito e betão, rebocada e pintada; cunhais, embasamento, frisos, cornijas em cantaria de granito; coberturas de betão, rebocadas e pintadas; pavimento em ladrilho cerâmico e em calçada nos cais; coberturas em telha; caixilharias em alumínio lacado e vidro simples no edifício principal, sendo de madeira e vidro simples nos edifícios desactivados.

Bibliografia

GOMES, Gilberto, Ao longo dos rios, a caminho do mar. Notas sobre a estação ferroviária da Covilhã na linha da Beira Baixa, in Monumentos, n.º 29, Lisboa, Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana, 2009, pp.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: SIPA

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

PROPRIETÁRIO: séc. 20, final - arranjo do edifício de passageiros, com tratamento de rebocos e pinturas, colocação de novas janelas e portas e remodelação do interior; colocação de um novo relógio; limpeza dos azulejos e tratamento das madeiras das instalações sanitárias; pintura dos frisos e cornijas.

Observações

Autor e Data

Paula Figueiredo 2002 / 2009

Actualização

 
 
 
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