Conjunto Industrial da Fonte do Lameiro / Fiação Alçada e Fábrica Alçada e Pereira

IPA.00027496
Portugal, Castelo Branco, Covilhã, União das freguesias de Covilhã e Canhoso
 
Arquitectura industrial, do séc. 20. Conjunto de três edifícios de planta rectangular simples, dois funcionando como zona de fiação, existindo, no lado oposto, a fábrica de tecidos. São simples, com amplos vãos rectilíneos e interior descaracterizado. A fábrica ostenta a fachada principal mais elaborada, com cunhais e remates em cantaria de granito, possuindo a entrada protegida por pequeno telheiro, parcialmente desaparecido. Na zona da fiação, mantém-se uma antiga chaminé, com base e tubo de tijolo, tendo acesso por porta em arco de volta perfeita, com a moldura formada pelas aduelas.
Número IPA Antigo: PT020503190252
 
Registo visualizado 372 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Conjunto arquitetónico  Edifício e estrutura  Extração, produção e transformação  Fábrica  Fábrica têxtil  

Descrição

Conjunto de três edifícios, dois deles actualmente separados, mas formavam uma unidade, sendo a zona de fiação, tendo, no lado oposto da Ribeira da Degoldra, uma ampla construção, a fábrica de transformação. Todos possuem plantas rectangulares simples, o do lado esquerdo com cobertura homogénea em telhado de duas águas, com dois a três pisos e fachadas rebocadas e pintadas de branco, rasgadas por vãos rectilíneos; no lado direito, porta de verga recta, de acesso a um bar, que liga a uma zona em alvenaria de granito aparente, com porta e portão, encimados por onze amplos vãos rectilíneos, parcialmente desactivada. O edifício fronteiro, funciona como galeria de exposições temporárias, de planta rectangular, expandindo-se até à zona modernizada da Ponte do Rato, tendo, no extremo, uma chaminé em tijolo, com base paralelepipédica do mesmo material, com acesso por vão em arco de volta perfeita com moldura formada pelas aduelas. O interior possui amplos vãos rectilíneos e alguma maquinaria da antiga fiação, que funcionava a vapor. No lado oposto, o amplo edifício da transformação, em cantaria de granito aparente, parcialmente rebocada a cimento, evoluindo em quatro e dois pisos, adaptando-se ao desnível do terreno, rasgada uniformemente por janelas rectilíneas. Fachada principal, virada a E., antecedida por átrio murado a cantaria, com algumas árvores, com cunhais em cantaria e remate em friso, cornija e beirada simples, com acesso por porta no lado esquerdo, ladeado e encimado por janelas rectilíneas.

Acessos

Rua Marquês de Ávila e Bolema. WGS84: 40º16'41.06''N., 7º30'42.43''O.

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Peri-urbano, isolado e destacado, situado na zona das antigas fábricas, junto à Ribeira da Degoldra, em zona de ligeiro declive. Nas imediações, situam-se a Ponte do Rato, um dos pólos da Universidade da Beira Interior (v. PT020503190006) e a Empresa Transformadora de Lãs / Pólo da Universidade da Beira Interior (v. PT020503190233). Nas imediações, a Igreja de Nossa Senhora de Fátima (v. Pt020503190134).

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Extração, produção e transformação: fábrica

Utilização Actual

Comercial: estabelecimento de restauração / Cultural e recreativa: galeria / Devoluto

Propriedade

Pública: municipal / Privada: pessoa singular

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

PROJECTO MUSEOLÓGICO: Sítios e Formas - Projecto e Consultadoria, Unipessoal Lda (2006).

Cronologia

Séc. 20, anos 30 - construção da tinturaria Francisco Mendes Alçada; 1937 - construção da Fábrica Manuel Maria Antunes; 1938 - construção da Fábrica José Paulo de Oliveira Júnior; 1947 - construção, na zona, do bairro operário da Fábrica Alçada; 1946 - construção da fábrica de transformação, Francisco Mendes Alçada, que acabaria numa sociedade entre a família Pereira e Alçada; década de 90 - a fábrica e fiação encontravam-se desactivadas, tendo, parte da fiação sido adquirida pela Câmara da Covilhã para instalação de uma galeria de exposições; aproveitamento de algumas das construções e do pátio da fiação para abrir uma via pública; 2000, 04 agosto - Despacho de abertura do processo de classificação do imóvel; 2004, 28 junho - proposta da DRCastelo Branco de classificação como Imóvel de Interesse Público; 2006, Abril - conclusão da transformação da tinturaria em espaço museológico, por Sítios e Formas - Projecto e Consultadoria, Unipessoal Lda; 2009 - a fábrica encontra-se em venda; parte da fiação está alugada, funcionando um bar e oficinas; 2009, 23 outubro - caduca o processo de classificação conforme o Artigo n.º 78 do Decreto-Lei n.º 309/2009, DR, 1.ª série, n.º 206, alterado pelo Decreto-Lei n.º 265/2012, DR, 1.ª série, n.º 251 de 28 dezembro 2012, que faz caducar os procedimentos que não se encontrem em fase de consulta pública.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes autónomas.

Materiais

Estrutura em alvenaria e cantaria de granito, parcialmente rebocadas; caixilharias metálicas e vidro simples; coberturas em telha; chaminé em tijolo.

Bibliografia

FERNANDES, José Manuel, "Covilhã, uma leitura de síntese: estrutura urbana, conjuntos edificados e arquitecturas, sua evolução", in Monumentos, n.º 29, Lisboa, Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana, 2009, pp. 40-53; FOLGADO, Deolinda, "Covilhã a cidade que foi fábrica", in Monumentos, n.º 29, Lisboa, Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana, 2009, pp. 88-97; MILHEIRO, Ana Vaz, "Por uma cidade amável. Espaços Públicos e Programa Polis na Covilhã", in Monumentos, n.º 29, Lisboa, Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana, 2009, pp. 54-61.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: SIPA

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Nada a assinalar.

Observações

EM ESTUDO

Autor e Data

Paula Figueiredo 2009

Actualização

 
 
 
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